Capacidades variam de 74% a 99%
Barragens do Rio Tejo aproximam-se do limite mas não se prevê ainda a ocorrência de cheias
2021-02-07 00:58:59
O Serviço Municipal de Proteção Civil de Santarém informou, no dia 6 de fevereiro, que, decorrente da precipitação que se tem sentido no distrito de Santarém, mas essencialmente devido ao início das descargas das barragens espanholas e portuguesas, os níveis hidrométricos e caudais do rio Tejo têm tendência a aumentar.
Em função das condições meteorológicas presentes e previstas e com a informação disponível neste momento, não se prevê que o Rio Tejo, transvase as suas margens, mantendo-se dentro do leito. Contudo, prevê-se que as zonas que se situam dentro desse leito e que são normalmente utilizadas como zonas agrícolas e de pastagem possam ser afetadas, além do aumento dos caudais no Rio Tejo, com potencial impacto nas zonas ribeirinhas.
Capacidade das Barragens da Bacia Hidrográfica do Tejo
Cabril – 76%
Bouçã – 97%
Castelo do Bode – 84%
Belver – 99%
Pracana – 74%
Fratel – 98%
O SMPC recomenda à população a tomada das medidas necessárias de precaução e especial atenção, às possíveis consequências:
Cheias motivadas pelo transbordo do leito de alguns rios:
- O arrastamento e deposição de materiais sólidos pelos cursos de água pode contribuir, significativamente para o acréscimo dos efeitos das cheias. Outros condicionantes, como a falta de obstáculos à progressão da água nas bacias drenantes e a incapacidade de retenção da precipitação no coberto vegetal (como consequência de áreas ardidas) assim como a diminuição da capacidade de vazão das linhas de água e da capacidade de armazenamento nas albufeiras devido ao arrastamento de sólidos (por erosão) desde as bacias drenantes até à linha de água, são fatores associados às inundações por cheias.
- Neste contexto, recomenda-se a adoção, entre outras, das seguintes medidas de precaução:
✓ As populações devem retirar “das zonas confinantes, normalmente inundáveis,
equipamentos agrícolas, industriais, viaturas e outros bens”, e a levarem os animais “para locais seguros, retirando os rebanhos que se encontram nas zonas que serão provavelmente inundáveis”;
✓ É recomendado “não atravessar com viaturas ou a pé estradas ou zonas alagadas”;
✓ Deve manter-se informado através dos Órgãos de Comunicação Social ou dos agentes de Proteção Civil, “desenvolvendo as ações necessárias para a sua proteção, da família e bens”.
✓ Desobstrução de linhas de água principalmente junto a pontes, aquedutos e outros estrangulamentos do escoamento;
✓ Limpeza de linhas de água assoreadas;
✓ Limpeza dos resíduos sólidos urbanos (muitos deles de grandes dimensões) depositados nos troços marginais dos cursos de água;
✓ Evitar cortes rasos de material lenhoso ardido em situações de declive intenso, localizados nas proximidades das linhas de água;
✓ Recolha ou trituração dos resíduos resultantes do corte dos salvados das áreas ardidas localizadas nas margens das linhas de água;
✓ Recolha ou trituração dos resíduos de atividades agrícolas e florestais existentes nas margens das linhas de água;
✓ Verificação (e eventual reparação) de eventuais situações de desmoronamentos das margens das linhas de água, de modo a evitar obstruções ou estrangulamentos;
✓ Inspeção visual de diques, ou outros aterros longitudinais às linhas de água, destinados a resguardar os terrenos marginais;
✓ Identificação de novos “pontos críticos” (aglomerados populacionais, edificações, vias de comunicação, pontes/pontões, etc.).
O Serviço Municipal de Proteção Civil de Santarém está a acompanhar a evolução da subida dos níveis da água no concelho em articulação com o Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém, Agência Portuguesa do Ambiente, Infraestruturas de Portugal, e agentes de Proteção Civil Municipal, e emitirá outros comunicados sempre que tal se revele necessário.
O Serviço Municipal de Proteção Civil apela à atenção de todos para a observância das situações acima descritas, que se adotem e divulguem as medidas preventivas enunciadas, com vista à mitigação dos riscos descritos e por forma a salvaguardar a proteção dos cidadãos e dos seus bens.
Fonte: SMPC|CMS
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