PSD apresentou uma moção sobre o tema logo a abrir a Assembleia Municipal
Deputado da CDU de Alcobaça vota a favor de moção que condena a invasão da Ucrânia
2022-02-27 11:55:57
A Assembleia Municipal de Alcobaça aprovou esta sexta-feira, dia 25 de fevereiro, por unanimidade, uma moção apresentada pela bancada do PSD condenando a invasão da Ucrânia pela Rússia. Apesar das resistências que a direção do PCP tem revelado em classificar a intervenção militar da Federação Russa na Ucrânia como uma invasão, o deputado eleito pela CDU como independente na Assembleia Municipal de Alcobaça foi claro e direto na condenação, classificando a Rússia como “uma ditadura”.
António Raposo afirmou que acompanha as preocupações de todos os eleitos sobre esse conflito e que “deplora” os ataques da Rússia à Ucrânia, pedindo “a cessação rápida do conflito e o regresso às negociações de paz.”
Sublinhando que esta intervenção militar foi ditada por uma ditadura, António Raposo lamentou que a União Europeia tenha ficado demasiado dependente da energia russa, procurando maximizar os lucros com a compra de energia o mais barata possível. O deputado da CDU recordou que não foi o povo russo a beneficiar com a venda de petróleo e gás à União Europeia, tendo servido antes para aumentar o setor militar, nem os povos da Europa, que vivem agora uma situação de grande instabilidade política.
Coube à jovem deputada do PSD Susana Coito apresentar a Moção de condenação da invasão russa. Também Pedro Guerra, líder da bancada do PSD condenou a invasão, lamentando que a comunidade internacional “tenha fechado os olhos na Crimeia”, em 2014, quando a Rússia anexou esta província do sul da Ucrânia.
O Partido Socialista, pela voz do líder da bancada, José António Canha, recordou já ter estado na guerra duas vezes, como militar nas ex-colónias portuguesas, e, por isso, sabe o que a guerra custa, aproveitando para defender que “a segurança da União Europeia deve ser repensada.
O deputado do Chega, Pedro Botelho Serra, também condenou a invasão, neste caso em consonância com a direção nacional do partido.
De referir ainda que a posição do deputado da CDU foi saudada pela generalidade das bancadas e pelo presidente da Câmara Municipal, Hermínio Rodrigues, que admitiu não saber como explicar esta guerra aos seus filhos, em pleno Século XXI, mas que a posição de António Raposo sobre esta guerra confirmava a boa impressão que já tinha das suas intervenções desde o início do mandato.
Mário Lopes
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