Edição: 288

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/11/21

Diretor reconduzido traça objetivos para o novo mandato na ESTG de Leiria

Carlos Capela quer elevar qualidade da formação e melhorar lugar da Escola Superior de Tecnologia e Gestão no ranking

Carlos Capela

Elevar a qualidade da formação ministrada na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Politécnico de Leiria, promovendo a inovação de metodologias de ensino adequadas às particularidades de cada área científica, de modo a posicionar a Escola «no ranking que merece», é um dos principais desígnios de Carlos Capela para o novo mandato enquanto diretor da ESTG. A cerimónia de tomada de posse decorreu no dia 20 de abril, no auditório 1 do Edifício B da Escola.

«Pretendo continuar a promover um Projeto de Escola que, com a participação de todos, tenha como principais objetivos uma atuação de grande proximidade com a comunidade académica, a melhoria contínua das formações ministradas, a afirmação da ESTG como parceiro estratégico por parte de entidades externas e como uma instituição de referência no domínio da investigação técnica e científica», afirmou Carlos Capela.

«Ao iniciar este segundo mandato como diretor da ESTG, estou ainda mais ciente das responsabilidades e dos desafios que o mesmo acarreta. Tenho a meu cargo uma enorme responsabilidade, ao dirigir a maior escola do Politécnico de Leiria e uma das maiores escolas a nível nacional entre os seus pares. Atualmente com cerca de 6.400 estudantes e 500 colaboradores, ministra 62 cursos de diferentes níveis, incluindo o primeiro doutoramento ministrado em Portugal no ensino superior politécnico», apontou o diretor, destacando a heterogeneidade da Escola.

«Fico muito satisfeito por ver a ESTG crescer. Mas fico naturalmente preocupado, pois o crescimento só será sinónimo de sucesso se acompanhado das condições adequadas. Neste momento, tenho consciência de que temos de aumentar os recursos humanos e os recursos físicos, pois necessitamos de um novo edifício pedagógico e da criação de laboratórios essenciais às aulas práticas. Comprometo-me a reclamar, nos locais próprios, mais autonomia financeira, para dar resposta célere às necessidades desta casa.»

Durante o seu discurso de tomada de posse, Carlos Capela enumerou também aquelas que serão as linhas de atuação da direção para os próximos quatro anos, onde, além de pretender elevar a qualidade da formação ministrada, ambiciona «repensar a oferta formativa, adaptada à premente transição digital e ambiental e às necessidades do mercado», bem como «refletir sobre as necessidades de implementar novas metodologias de ensino e de avaliação».

Maria Gorete Marques, Fernando Silva e Carlos Capela

«Queremos ainda promover ações que fortaleçam o reconhecimento da comunidade sobre a ESTG, levando esta a ser considerada, pelos futuros estudantes, ainda com maior expressão, como primeira escolha em todos os níveis de ensino e em todos os regimes de ingresso, bem como promover o sucesso escolar, tratando as causas do insucesso. Pretendemos criar mais oportunidades para o desenvolvimento de competências transversais, nos estudantes, professores, técnicos e administrativos, assim como continuar a apostar na integração dos nossos diplomados no mercado de trabalho e prosseguir com o permanente diálogo entre a comunidade académica e a comunidade envolvente», afirmou Carlos Capela.

Reforçar a criação de condições que permitam captar financiamento externo, dar continuidade à dinamização dos processos de internacionalização e de mobilidade internacional de estudantes, professores, técnicos e administrativos, pugnar pela abertura célere de concursos para professores, técnicos e administrativos, criar espaços letivos, laboratoriais e de apoio aos estudantes, adotar medidas que tornem o campus mais saudável e sustentável, estudando a criação de novos espaços verdes e de lazer, e a colocação de postos de carregamento de veículos elétricos e de painéis fotovoltaicos, são outros objetivos da direção.

Como subdiretores da ESTG para os próximos quatro anos mantêm-se os professores Marisa Dinis, Maria Gorete Marques e Fernando Silva.

Também o presidente do Conselho de Representantes da ESTG, João Poças Santos, proferiu algumas palavras durante a cerimónia, destacando a ligação da Escola à região, ao tecido empresarial e às instituições. «Esta Escola procurou, desde sempre, inserir-se numa vertente de forte ligação à comunidade onde nos situamos. E, cada vez que pedimos à comunidade regional e instituições o seu apoio, temos sempre conseguido esse reconhecimento e ajuda, o que nos deixa muito gratos», enalteceu.

João Poças Santos destacou ainda o modelo de funcionamento do Politécnico de Leiria, assente num sistema democrático. «Nem todas as instituições têm este modelo, um modelo de democracia interna, em que os diretores de cada escola são eleitos pelos representantes da comunidade académica. Esta experiência de democracia participativa é também uma mensagem educativa que damos aos nossos estudantes. É uma aprendizagem, numa altura em que a participação e a democracia são tão importantes», sublinhou.

Já Rui Pedrosa, presidente do Politécnico de Leiria, começou por destacar os desafios provocados pela pandemia, bem como os desafios hoje colocados pelo contexto de guerra na Ucrânia, que «implicam uma comunidade académica unida, ao serviço da comunidade». «Só com mais conhecimento, literacia e educação conseguimos ter contextos que possam evitar situações como esta que hoje vivemos.»

Para o presidente do Politécnico de Leiria, além dos desafios enfrentados atualmente, existem também «imensas oportunidades», como a transformação do ensino superior, e dos processos de ensino-aprendizagem em particular. «Temos que acelerar os processos de flexibilidade curricular centrados nos estudantes e acelerar a inovação pedagógica. O Politécnico de Leiria tem de estar sempre um passo à frente na ousadia de ter formações inovadoras como as que temos tido. Temos de continuar a ser pioneiros, nomeadamente no ensino e na oferta formativa, bem como reforçar os contextos de internacionalização.»

«É necessário termos cada vez mais investigação e inovação com impacto no contexto da nossa região, com as nossas empresas, com as nossas entidades de saúde, com outras entidades das áreas económica, artes, cultura e desporto», afirmou Rui Pedrosa, realçando as oportunidades do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

«Temos neste momento algumas oportunidades que surgiram de forma atípica e inesperada, mas que temos de saber agarrar em conjunto. No PRR temos, por exemplo, os programas “Impulso Jovens STEAM” e “Impulso Adultos”, onde o Politécnico de Leiria tem 8,7 milhões de euros para executar. É uma grande oportunidade que temos nas nossas mãos e que foi agarrada, mas que agora tem de ser concretizada. Estamos também a trabalhar numa oportunidade, que ainda não tinha acontecido nos últimos 20 anos, de requalificar as nossas residências de estudantes e ampliar a nossa oferta. Também no PRR temos várias agendas de inovação, digital innovation hubs e laboratórios colaborativos com financiamento. Os desafios são enormes, mas as oportunidades também, e temos de as agarrar, executar, construir e, em conjunto, cocriar cada vez mais oportunidades», referiu o presidente da instituição.

Destacando que o Politécnico de Leiria é uma «instituição global com foco regional, onde as pessoas contam muito», Rui Pedrosa sublinhou igualmente o investimento feito na valorização dos recursos humanos, «como nunca aconteceu com esta dimensão e volume de concursos de professores, investigadores e técnicos». «Temos de ter a capacidade de aumentar e reforçar as receitas próprias, porque sabemos que muito dificilmente teremos algum passo de magia que resulte num grande reforço resultante do Orçamento de Estado. Só vamos conseguir valorizar ainda mais as pessoas se aumentarmos as receitas próprias, tivermos mais projetos e serviços, e aumentarmos o número de estudantes nacionais e internacionais.»

«A ESTG é particularmente importante para este processo. Apenas juntos conseguiremos que o Politécnico de Leiria seja, cada vez mais, uma instituição de ensino superior pública de referência nacional e internacional, aberta, plural e voltada para o mundo», rematou o presidente.

       Fonte: Midlandcom

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