Edição: 289

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/12/21

Município apresentou plano de ação na área do Ambiente

Município de Leiria quer cluster empresarial de ambiente a produzir hidrogénio e biometano

O Município de Leiria apresentou esta sexta-feira, dia 7 de outubro, um Plano de Ação, Valorização e Sustentabilidade Ambiental, com um conjunto de 10 ações, com o objetivo de dar resposta aos desafios atuais e futuros na área do ambiente, integradas numa estratégia que visa garantir um futuro sustentável para o concelho.

Entre as ações apresentadas, encontra-se a captação e promoção de investimentos para o desenvolvimento de um cluster empresarial de valorização energética e orgânica de efluentes no concelho, dando um forte contributo para a resolução do destino a dar aos efluentes do setor agropecuário e para a despoluição da bacia hidrográfica do rio Lis, um processo que já se encontra em curso com projetos nas áreas do hidrogénio e da produção de biometano.

Está ainda prevista a criação de um Gabinete Municipal de apoio à captação e promoção de investimentos, com identificação de territórios prioritários para a instalação destas infraestruturas.

Na sessão, presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, defendeu que, no concelho de Leiria, a aposta no ambiente é decisiva para a elevação do patamar de qualidade de vida oferecido à população.

“A lógica da economia circular, nos dias que estamos a viver, tornou-se uma realidade evidente”, afirmou Gonçalo Lopes, considerando que o atual contexto permite encarar com mais confiança os investimentos na valorização dos resíduos agropecuários, que podem gerar valor acrescentado para a economia.

O presidente da Câmara Municipal realçou que a oportunidade de negócio é efetiva, deixando um apelo ao compromisso dos agentes económicos do setor agropecuário no sentido de assegurarem o fornecimento dos efluentes de modo a garantir a produção de energia, e a fixação de empresas desta área no concelho.

O plano contempla ainda a realização de um estudo técnico e económico para tratamento e valorização de efluentes agropecuários, com caracterização das infraestruturas existentes e quantidade e qualidade do efluente produzido, tal como dos processos de tratamento e encaminhamento atuais.

A criação de um sistema de incentivos à adoção de práticas alternativas aos espalhamentos de fertilização de terrenos agrícolas, visando a implementação de tecnologias já existentes e testadas com bons resultados nos territórios, está também contemplado.

O mapeamento de áreas agrícolas para valorização orgânica é outra aposta do Município, com identificação de zonas tampão e de proteção a aglomerados, linhas de água e infraestruturas nevrálgicas e críticas de acordo com a Lei em vigor, tal como a implementação do Plano Estratégico de Reabilitação de Linhas de Água (PERLA) de Leiria, com monitorização da qualidade da água com especial incidência no rio Lis, Lena e ribeira do Sirol.

A promoção de boas práticas de valorização orgânica em áreas agrícolas, com uma campanha com foco nas áreas onde existem explorações agropecuárias e o reforço das ações de monitorização e vigilância pelo Serviço Municipal de Vigilância Ambiental, em articulação com as forças de segurança e DRAPC, com recurso a equipas no terreno e drones (UAV), imagens de satélite e deteção remota são outras iniciativas deste plano.

Parque de Resíduos

A implementação de uma rede de Parques de Resíduos no concelho, recolha dedicados para monstros, resíduos de construção e demolição (RCD), resíduos verdes, resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE) é outra ação de uma estratégia que aposta ainda no aumento da valorização de biorresíduos através de recolha seletiva e na elaboração do Mapa de Ruído, Mapa de Zonas de Conflito Acústico e Plano Municipal de Redução de Ruído do Município de Leiria.

Na apresentação, o vereador com a pasta do Ambiente, Luís Lopes, fez um balanço do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nesta área, em que se destaca a atividade do Serviço Municipal de Vigilância Ambiental, que registou, desde a sua criação, em fevereiro de 2021, mais de 750 ocorrências, seja no acompanhamento de vistorias a explorações pecuárias, vigilância e fiscalização do rio Lis e afluentes, descargas de efluentes no solo, poluição e descargas em recursos hídricos e pragas e doenças.

Luís Lopes destacou ainda a adesão de cerca de 80% da população de Regueira de Pontes ao projeto Reciclar, tal como o programa de incentivo à compostagem doméstica, que envolve a entrega de cerca de 2000 equipamentos, a intervenção em 30,523 km em linhas de água e ainda o trabalho na área da educação ambiental.

    Fonte: DCRP|CML

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