Edição: 288

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/11/21

NERLEI foi a anfitriã da apresentação do novo projeto de transformação digital

Politécnico de Leiria e TICE mostram as mais-valias para a região com o Polo de Inovação Digital CONNECT5

Patrícia Henriques e Rui Batista

O Polo de Inovação Digital Connect5 foi apresentado com um workshop intitulado “Os Desafios para a Transformação Digital”, no dia 20 de outubro, no auditório da Nerlei – Associação Empresarial da Região de Leiria, integrando o roadshow de apresentação do Connect5, que se realiza em diferentes cidades. A iniciativa teve a parceria do Politécnico de Leiria e o Pólo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica – TICE.PT, com o apoio da Nerlei.

Na sessão de abertura, António Poças, presidente da Nerlei, introduziu o projeto, que se pode tornar diferenciador para a região, e salientou o papel da Associação neste projeto, desafiando a um novo encontro daqui a um ano para prestar contas sobre o que foi feito e alcançado.

Nuno Gonçalves, vogal do Conselho Diretivo do IAPMEI – Agência para Competitividade e Inovação, abordou a importância «da capacitação dos colaboradores para aceder às tecnologias com possibilidade de as incorporar nas suas empresas». Realçou também que é uma das formas das empresas ficarem ligadas às suas congéneres europeias. Nuno Gonçalves sublinhou ainda a questão das agendas mobilizadoras, que são projetos muito disruptivos do que tem sido na prática. «Nunca as empresas falaram tanto do sistema científico e tecnológico com estas agendas: estão mais orientadas para fazer projetos em que se diferenciam muito.»

Pedro Assunção, vice-presidente do Politécnico de Leiria, destacou que a instituição «vai ser um parceiro que irá alavancar algumas das ações que se irão concretizar no domínio da inovação digital das empresas. Do ponto de vista da academia, temos muito para aprender e esperamos dar algum apoio às empresas no conhecimento que temos vindo a acumular, nomeadamente da área digital, da transformação digital, que é nuclear no seio do Politécnico, no ensino e na investigação».

No que se refere à área da transformação digital, Pedro Assunção afirmou que «com as tecnologias associadas a este projeto (IoT, robótica, sistemas cloud, segurança), que também lecionamos, pretendemos envolver não só os estudantes, mas também os professores. Esperamos que o Politécnico seja um contribuinte digital na região de Leiria e também no consórcio criado. Este é um desafio de um dos elementos core da nossa atividade: os recursos humanos. Importa que o projeto tenha recursos humanos qualificados e técnicos para atingir os objetivos. Não se trata só de comprar equipamento, mas de formar estudantes de e para o próprio projeto.»

O diretor operacional do TICE.PT, Vasco Lagarto, defendeu que «as entidades, com o seu espírito de dinamismo, os seus objetivos, a sua criatividade e a sua estratégia devem ser realmente a alavanca para se apoiarem. Não vamos fazer muita coisa, mas vamos promover para que se faça muita coisa. Temos é que ter a cooperação das entidades que se queiram juntar nesta iniciativa. Queremos ser um ponto de apoio, mas a alavanca tem de ser vossa. A transferência de conhecimento faz-se com as pessoas.»

Luís Miguel Silva, project manager do TICE.PT, apresentou o Connect5, dando destaque aos Digital Innovation Hubs (DIH) – Polos de Inovação Digital, que são espaços que visam ajudar pequenas e médias empresas e a administração pública na adoção do digital, com a prestação de cinco serviços nucleares: testar antes de investir; suportar a incubação; fomentar relacionamento; apoiar no financiamento; e formar no digital. O Connect5 é um dos 10 Polos de Inovação Digital que constituem a Rede Nacional de Digital Innovation Hubs com acesso à Rede Europeia de Digital Innovation Hubs (EDIH).

O consórcio é composto por 12 entidades especializadas nas áreas das tecnologias da informação, comunicação e eletrónica, nomeadamente o Cluster TICE.PT, os Centros de Interface CeiiA, o Instituto de Telecomunicações, o Colab DTx e as instituições de ensino superior: Politécnico de Leiria, Universidade de Aveiro, Universidade da Beira Interior, Universidade de Coimbra, Universidade do Minho, Universidade do Porto, Politécnico do Porto e Politécnico de Viseu.

A iniciativa na Nerlei terminou com uma mesa redonda subordinada ao tema “Desafios para Transformação Digital”, com moderação de Rafael Caldeirinha, docente do Politécnico de Leiria, e as participações de José Carlos Caldeira, Board Member do European Factories of the Future Research Association (EFFRA), Patrícia Henriques, responsável de Marketing e Inovação da Solancis, António Relvas, diretor de Inovação da Tekever, e Rui Batista, Digital Food Product Manager da Lusiaves.

Nesta partilha de experiências, concluiu-se que ainda há muito para fazer, mas a região está no bom caminho na área das tecnologias e da digitalização, não ficando atrás das empresas congéneres europeias. Tem aprendido a adequar as tecnologias aos diferentes setores de atividade, melhorando os processos, em que é fulcral a capacitação dos recursos humanos, sem perder o foco na competitividade e nos desafios futuros que as tecnologias aportam.

    Fonte: Midlandcom

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