Edição: 288

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/11/21

Com fundos da Society for Experimental Biology para Disseminação de Ciência

Investigadores do Politécnico de Leiria explicam Biologia e Experimentação a crianças, adultos e seniores

Atividades da equipa de investigadores do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Politécnico de Leiria

Sensibilizar e desmistificar a temática da Biologia Experimental junto da comunidade é o objetivo da equipa de investigadores do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Politécnico de Leiria, Lénia Rato, Inês Morão e Tiago Simões, Sara Novais e Marco Lemos, que, com o apoio da Society for Experimental Biology (SEB), do Reino Unido, vai organizar um conjunto de atividades junto de crianças, adultos e famílias e seniores, em 2023.

As atividades estão inseridas em três ações de comunicação distintas: “Cientistas: porque fazemos experiências?”, para crianças e jovens em idade escolar; “No Museu – Ciência e Sociedade”, para adultos e/ou famílias; “Oceano Sénior – Ciência Azul”, para seniores.

O ano iniciou da melhor forma, quando no dia 5 de janeiro se promoveu uma atividade com 80 crianças do ensino pré-escolar da Escola Básica do Lumiar (Agrupamento de Escolas Virgílio Ferreira), que tiveram a oportunidade de saber algumas curiosidades sobre as tartarugas marinhas, conhecer o seu ciclo de vida e um pouco do que é feito no campo e no laboratório para as estudar e ajudar a proteger.

Inserida na ação “Cientistas: porque fazemos experiências?”, a atividade foi realizada pela investigadora Inês Morão, que estuda os efeitos da poluição nas populações de tartarugas marinhas em São Tomé e Príncipe, onde trabalha em parceria com ONG locais que desenvolvem programas e ações de sensibilização com a população local.

Ao longo de 2023 será promovido um conjunto diversificado de atividades, que serão posteriormente conhecidas nos canais de comunicação do MARE. «Considero a disseminação de Ciência um dever nosso e é uma prioridade no nosso grupo de investigação», refere Lénia Rato, a investigadora que decidiu candidatar-se ao financiamento da SEB e mobilizar a restante equipa.

«Nos dias difíceis – na Ciência, como em tudo – haverá tendência para menosprezar o quão bonita é a nossa profissão. Junto dos pares, confirmamos o trabalho de excelência que se faz em Peniche pelos prémios de produção científica, projetos aprovados, publicações. Nestas atividades, tem sido praticamente unânime o sentimento de energia renovada! É um lado da Ciência que abordamos com igual seriedade, mas acompanhado pelo êxtase das crianças, as perguntas maravilhosas que nos colocam, o ambiente mais informal: um Cientista na Escola! O propósito deste financiamento é, portanto, sobre a alegria na bilateralidade e inspirar», explica.

De acordo com a investigadora, o propósito das ações e atividades passam não só por sensibilizar e desmistificar a temática da Biologia Experimental, como também alertar para a sua importância.

«No grupo liderado pelo Professor Marco Lemos estuda-se o efeito das alterações globais e ecotoxicologia em espécies nativas e não nativas, rotíferos, tartarugas ou tubarões. Há também uma grande aposta no potencial biotecnológico de algas e fungos aplicado à cosmética ou agricultura. O denominador comum? Experimentação. Com fins mais práticos ou teóricos, a experimentação permite-nos endereçar uma miríade de problemas sociais e ecológicos e, idealmente, proporcionar soluções. Reconhecemos a ambiguidade e queremos sensibilizar e desmistificar a temática: é também o propósito da Sociedade que financiou», conclui.

Fonte: Midlandcom

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