Edição: 288

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/11/21

Devido ao encerramento temporário do serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia do Centro Hospitalar do Oeste

PCP chama ministro da Saúde ao Parlamento por causa da assistência às grávidas no Oeste

Manuel Pizarro

O PCP tem vindo a alertar para a difícil situação no que respeita ao adequado acompanhamento da gravidez, ao acesso a serviços de obstetrícia, particularmente os serviços de urgências, à qualidade e disponibilidade dos blocos de partos.

Preocupações que resultam da evidência de que a saúde materna está hoje confrontada com graves problemas, que têm vindo a agudizar-se e para os quais são necessárias respostas urgentes, bem como a adoção de medidas estruturais que ponham fim à progressiva diminuição da assistência prestada no SNS.

Para o PCP, “o agora anunciado o encerramento temporário, a partir de 1 de Junho, do serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia do Centro Hospitalar do Oeste (a funcionar no Hospital das Caldas da Rainha) a pretexto de obras de requalificação não está desligado das dificuldades gerais nesta especialidade que tem levado ao funcionamento de serviços em sistema rotativo.”

É uma evidência, como há muito o PCP vem alertando, que são necessárias obras de requalificação deste serviço, o que já não considera compreensível é que tal implique o encerramento do serviço no Centro Hospital do Oeste (obrigando à deslocação das utentes para o Hospital de Leiria), bem como que tal encerramento seja anunciado com apenas cinco dias antecedência.

As obras serão suportadas, em parte, pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha o que revela, “por um lado, a persistência na falta de investimento por parte do Governo e, por outro lado, o desvio de meios da autarquia para competências que deviam ser asseguradas pelo Estado Central e que vão fazer falta nas outras respostas que a Câmara Municipal das Caldas da Rainha deve assegurar.”

Simultaneamente, o PCP exige a intervenção urgente e organizada nas instalações do atual Centro Hospitalar, investindo nos edifícios, em novos equipamentos e na contratação dos profissionais necessários, de forma a garantir uma adequada prestação de cuidados de saúde de qualidade.

Para o PCP, a decisão de manutenção dos encerramentos rotativos destas urgências e a opção de recorrer aos grupos privados para suprir as necessidades, traz à evidência a opção de continuar a transferir recursos públicos para o sector privado, não atuando onde é necessário, designadamente na captação e fixação dos profissionais de saúde no SNS.

Ao mesmo tempo que se exige a intervenção urgente nas instalações do atual Centro Hospitalar, investindo nos edifícios, em novos equipamentos e na contratação dos profissionais necessários, o PCP reafirma a necessidade da construção, sem mais adiamentos do novo Hospital do Oeste.

Nesse sentido, o Grupo Parlamentar do PCP tomou a iniciativa, no dia 26 de maio, de chamar à Assembleia da República o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

    Fonte: GI|DORLei

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