Edição: 289

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/12/3

Assinalando o 100.º aniversário da Fundação da Liga dos Combatentes e os 103 anos da Batalha de La Lys

Presidente da República inaugura Memorial aos Antigos Combatentes Batalhenses

Paulo Batista Santos, Marcelo Rebelo de Sousa e Chito Rodrigues na revista aos antigos combatentes em parada

O Presidente da República, presidiu esta sexta-feira, dia 9 de abril, às Cerimónias Comemorativas do 100.º aniversário da Fundação da Liga dos Combatentes, do 103.º aniversário da Batalha de La Lys e do Dia do Combatente na Batalha, realizadas no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha.

Marcelo Rebelo de Sousa presidiu também à cerimónia de inauguração do Memorial ao Combatente da Batalha, instalado no Jardim do Condestável, junto ao Mosteiro da Batalha, mas optou por não discursar.

O Memorial ao Combatente é uma obra do Município da Batalha que visa recompensar os combatentes naturais da Batalha que honraram Portugal. A iniciativa foi do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, sendo o projeto da Arquitecta Patrícia Soares, da Direção-geral do Património Cultural. Neste Dia do Antigo ​Combatente, estes heróis batalhenses foram relembrados, homenageados e agraciados pelo esforço prestado no cumprimento do serviço militar e na defesa da Pátria.

O Memorial aos Antigos Combatentes Batalhenses fica relacionado com o Mosteiro da Batalha e integrado nos caminhos pedestres, integrado numa zona arborizada a sudoeste sob a alçada do Santo Condestável Nun´Álvares. As alterações de paz e a Liga dos Combatentes estão representadas na calota em pedra natural quartzite azul imperador polido com 1,80 m de diâmetro. Em redor desta peça central desenvolvem-se em leque 4 países ancorados e uma faixa em aço pintado. Os países representados são Angola (granito Zimbawé), Moçambique (mármore travertino encarnado), Guiné (mármore verde Guatemala) e França (calcário amarelo imperial), onde são homenageados os 12 combatentes homenageados neste dia.

Do Programa oficial, constou a concelebração eucarística, pelos combatentes falecidos, presidida pelo Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, D. Rui Valério, seguido de Cerimónia Militar evocativa, deposição de coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido na Sala do Capítulo e Cerimónia de Inauguração do Memorial aos Combatentes Batalhenses no Jardim do Condestável.

Presentes estiveram anda o Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante Silva Ribeiro, o presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista Santos, a secretária de Estados dos Recursos Humanos e Antigos Combatentes, Catarina Sarmento e Castro, o Chefe de Estado-Maior da Armada, Almirante António Mendes Calado, o Chefe de Estado-Maior do Exército, General José Nunes da Fonseca, o Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, General Joaquim Nunes Borrego, o presidente da Liga dos Combatentes, Tenente-general Joaquim Chito Rodrigues, o presidente da Assembleia Municipal da Batalha, Júlio Órfão, a presidente da Junta de Freguesia da Batalha, Rosa Abraúl, e o diretor do Mosteiro da Batalha, Joaquim Ruivo.

Inauguração do Memorial ao Combatente da Batalha

Na sua intervenção na cerimónia de inauguração do Memorial ao Combatente da Batalha, Paulo Batista Santos sublinhou que se trata de “uma homenagens aos combatentes e a todos os que deram e dão o melhor de si, até a própria vida por esta pátria que amamos. Curvamo-nos perante o seu esforço, a sua coragem, o seu sacrifício. Sendo a ocorrência de conflitos e de guerras uma constante da história, devemos reconhecer o papel dos combatentes e ter presente que a par da glória dos vencedores e das suas consequências políticas e sociais, a guerra é feita de sacrifícios e da dor, em que muitos sublimam as suas capacidades e sofrem no corpo e na alma o preço do dever cumprido.”

O presidente da Câmara Municipal da Batalha recordou que “hoje combatemos em múltiplas trincheiras: pelas ideias da paz e da liberdade, pela justiça e pelos desfavorecidos, pela soberania e pela independência, pelo progresso e bem-estar dos portugueses, pela saúde e combate à pandemia, e pelo nosso futuro individual e coletivo. Nas dificuldades em que vivemos, não podemos deixar de mobilizar todas as capacidades e garantir que todos os portugueses contam e que, num quadro de exceção, não pode haver hesitações ao nível de apoios públicos para os setores da sociedade que conhecem mais dificuldades.”

O edil defendeu que “é preciso também criar um ambiente de responsabilidade individualidade e social assente nos valores da responsabilidade perante os outros, de solidariedade e, em especial, de humildade de aprender com os erros. Passada a crise, Senhor Presidente, importa erguer Portugal, com sentido da inclusão, sem esquecer ninguém, sem deixar ninguém para trás.”

Paulo Batista Santos considerou que “os combatentes têm esse espírito bem inculcado no seu carácter” e, por isso, “importa que sejam capazes de o disseminar na nossa sociedade e que estejam todos disponíveis para o fazer. É tempo de nos unirmos e nos identificarmos com o que podemos e devemos fazer pelos outros e por Portugal. Cada português tem de ser um combatente por Portugal. Só assim fará sentido o sacrifício de tantos combatentes que nos procederam e que aqui hoje homenageamos.”

 Mário Lopes

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