Promover o espírito empresarial através da capacitação de jovens estudantes e/ou empreendedores com vista ao incremento da qualidade do emprego e à criação de empresas inovadoras é o grande objetivo do projeto Link Me Up – 1000 ideias, coordenado pelo Instituto Politécnico de Leiria.

A apresentação dos resultados finais deste projeto decorreu na sede do Politécnico de Leiria na presença de António Costa Silva, ministro da Economia e do Mar, de Pedro Nuno Teixeira, secretário de Estado do Ensino Superior e de Joaquim Mourato, diretor-geral do Ensino Superior.

Na sessão de apresentação o presidente do Politécnico de Leiria enalteceu o projeto que pretende “promover o espírito empresarial através da capacitação de jovens estudantes e empreendedores, visando o incremento da qualidade de emprego, o estímulo ao empreendedorismo e a criação de empresas inovadoras”.

Carlos Rabadão não deixou de dar os parabéns aos envolvidos, porque o Link Me Up – 1000 Ideias, venceu recentemente o primeiro lugar da Fase Nacional do EEPA 2023 – European Enterprise Promotion Awards, na Categoria “Promoção do Espírito de Empreendedorismo”, naquele que é um concurso lançado pela Comissão Europeia, que decorreu nos 27 Estados membros da União Europeia, bem como nos 11 países associados do programa COSME – Programa para a Competitividade das Empresas e das PME.

“Este prémio é o reconhecimento do grande trabalho feito. É uma grande distinção. Este prémio é de todos os envolvidos e esta distinção reflete o esforço incansável dos politécnicos do consórcio e da nossa dedicação à comunidade empresarial e ao ensino superior em prol do desenvolvimento regional e nacional”, afirmou Carlos Rabadão.

A Susana Rodrigues, professora do Politécnico de Leiria, coube a apresentação deste trabalho, que teve três anos de duração. A coordenadora do Link Me Up – 1000 Ideias começou por salientar que o projeto resultou de um “consórcio que juntou 13 politécnicos” portugueses (de Beja, de Bragança, de Castelo Branco, do Cávado e do Ave, de Coimbra, de Guarda, de Leiria, de Portalegre, do Porto, de Santarém, de Tomar, de Viana do Castelo e de Viseu) e “teve dois eixos: a cocriação de inovação e um concurso de ideias” com “um investimento de quase seis milhões de euros”.

Conforme explicou Susana Rodrigues, o Link Me Up foi concebido para reforçar a cooperação destas instituições, enquanto agentes de promoção do empreendedorismo qualificado, de ideias de negócio, de cocriação com o meio empresarial, envolvendo professores, estudantes e empresas/organizações.

A coordenadora do projeto frisou que se objetivo era apoiar “1000 ideias, apoiaram-se 1706”, tendo participando 13.328 estudantes nas ações do projeto, dos quais 313 estrangeiros. No total, 1269 jovens/empreendedores disseram que pretendem criar o próprio emprego e 81 por cento dos jovens que participaram encontram-se mais capacitados por terem participado nas ações do projeto. Participaram 46 empresas/organizações internacionais, da Europa, dos Estados Unidos da América e de África e realizaram-se 722 visitas a empresas/organizações, 467 visitas a centros de investigação, dando a conhecer aos “estudantes a realidade empresarial e aproximando-os da ciência e inovação” e do mundo de trabalho.

Foram desenvolvidos 479 protótipos (soft prototyping) e concretizaram-se 156 testes (provas de conceito e/ou testes de protótipo). Foram criadas 21 empresas, designadamente em atividades de consultadoria em informática, e em atividades de consultadoria para os negócios e gestão, permitindo criar ou melhorar a oferta e responder aos desafios da sociedade.

Presente nesta sessão, o ministro da Economia e do Mar felicitou o projeto e defendeu a necessidade de novas ideias “para transformar o modelo económico”, revelando o seu desejo: “O meu sonho é registarmos uma patente por dia. Essa é uma grande meta que gostava de ver à frente e, depois, conseguirmos transformar as patentes em negócios em desenvolvimento, de atividades em empresas que solucionem os muitos problemas que nós temos”.

Fazendo um paralelismo com o Link Me Up, António Costa Silva afirma que os trabalhadores com formação superior, tornam as empresas “mais dinâmicas, mais inovadoras e mais competitivas”, daí que sejam necessárias ideias, porque “uma ideia pode mudar o Mundo. Precisamos de novas ideias para dinamizar a economia circular; de novas ideias para transformar o modelo económico; de novas soluções para transformar a economia. As ideias são absolutamente fulcrais. Muitos parabéns pelo prémio recebido”.

Pedro Nuno Teixeira também manifestou o “apreço pelo projeto Link Me Up”, afirmando que “foi um estímulo”. Para o secretário de Estado do Ensino Superior, este o projeto foi “muito importante, porque procurou exatamente mexer (…) na dimensão pedagógica, mas também, como integrar o processo de ensino/aprendizagem num conjunto de objetivos, nomeadamente de cocriação, seja no contexto das instituições de ensino superior seja com os parceiros”, garantindo que este projeto “reafirma a centralidade dessa missão ao nível das instituições de ensino superior”. Mas, o governante não tem dúvidas que é preciso mais investimento: “Só conseguimos ter uma trajetória de futuro em termos do país, se continuarmos a investir mais em termos de ensino superior e da ciência”.

Como orador da sessão, esteve também Joaquim Mourato que garantiu que o Link Me Up “reforçou a ligação entre o ensino, a academia e o mundo empresarial, com um pendor internacional, sendo um projeto transformador”. O diretor-geral do Ensino Superior aproveitou a ocasião para apresentar o programa Impulso Mais Digital, sendo “um estímulo à modernização da rede de ensino superior e à modernização das suas práticas pedagógicas, com a criação de centros de excelência e inovação, num investimento de 20 milhões de euros”.

      Fonte: Midlandcom