Edição: 288

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/11/23

Segundo o Secretariado da Comissão Concelhia de Leiria

PCP defende uma nova estação na Barosa para a Linha de Alta Velocidade

Comboio de alta velocidade

O Secretariado da Comissão Concelhia (CC) de Leiria do PCP reuniu, no dia 20 de dezembro, para discutir e tomar posição sobre a Linha de Alta Velocidade em Leiria, designadamente sobre a localização da Estação e interface com a Linha do Oeste.

Foi efetuada análise e discussão abrangente sobre os principais aspetos a ter em conta: económicos e sociais; de mobilidade; de tempo de percursos; de solos; urbanísticos e de reabilitação urbana; ambientais; de investimento; e de impacte regional.

Para o Secretariado da CC de Leiria do PCP é relevante para o desenvolvimento de Leiria e da sua ligação ao exterior a modernização da rede e do serviço de transporte ferroviário, o que compreende o serviço de alta velocidade em Leiria.

Os desvios para a Linha do Oeste com a manutenção da atual estação, de acordo com a informação que foi disponibilizada, produzem maiores impactes na ocupação de solos agrícolas, ambientais, na propriedade urbana, designadamente habitações e unidades económicas e nas soluções de engenharia e respetivo valor de investimento.

 

A Estação de Caminho de Ferro de Leiria encontra-se numa área urbana da periferia oeste da cidade com uma densidade de ocupação de edificado assinalável, há muito consolidada, com uma via de acesso a partir do centro da cidade já subdimensionada para as necessidades presentes, e sem áreas do domínio público ou do domínio privado do município suficientemente amplas ou expansíveis para uma boa receção e distribuição do tráfego que potencialmente venha a surgir.

Pela orografia da zona e natureza do solo e subsolo a oeste, onde se situa o Vale do Lis, colocam-se acrescidos desafios geofísicos às obras de construção dos desvios ferroviários e das ligações rodoviárias a partir da freguesia da Barosa que permitam acesso de Marinha Grande e, via A8 e A17, Alcobaça, Batalha, Pombal e Porto de Mós.

Segundo o Secretariado da Comissão Concelhia (CC) de Leiria do PCP, o serviço de alta velocidade deve ter o mínimo de constrangimentos possível a interferir na rapidez das viagens. Por isso, havendo disponibilidade e recursos para o efeito, deve ser evitada a necessidade de efetuar desvios para a Linha do Oeste a canalizar tráfego para e da Estação em funcionamento (a sul e norte).

Para o PCP, o serviço de alta velocidade deve servir Leiria e toda a região e deve ser encarado dessa forma no plano das infraestruturas a construir.

Assim sendo, “a Estação de Alta Velocidade em Leiria deve estar facilmente acessível à população e empresas do concelho de Leiria, dos concelhos da Marinha Grande, Alcobaça, Batalha, Pombal e Porto de Mós por via rodoviária, através do sistema viário principal e complementar já existente, o que pode tornar muito relevante no sistema de distribuição de tráfego o nó da A8 em Albergaria.”

Para o Secretariado da Comissão Concelhia (CC) de Leiria do PCP, a estação de Leiria deve constituir-se como a interface entre a Linha de Alta Velocidade e a Linha do Oeste, simplificando a vida aos utentes do serviço ferroviário e potenciando ambas.

Em termos gerais e abstratos, a localização da Estação no contexto urbano seria, para o PCP, a solução ideal para servir a cidade e o concelho, como aconteceu ao longo de um século com a estação ora em serviço. Porém, tudo ponderado, o Secretariado da CC de Leiria do PCP entende que a solução que menos dificuldades apresenta e que melhor está em condições de servir Leiria, concelho e região, é a solução de uma nova estação na Barosa.

Todavia, o PCP não se pronuncia sobre as hipóteses concretas de traçado e localização de estação apresentadas, cuja escolha deve ser firmemente ancorada em fatores técnicos e da realidade objetiva existente.

Se a escolha recair em nova estação na Barosa, o Secretariado da CC de Leiria do PCP considera essencial a construção da via norte da circular externa de Leiria entre os Pinheiros e a nova estação, com ligação ao nó de acesso à A8 em Albergaria, Marinha Grande, e à EN 109 na zona do Falcão, Gândara dos Olivais.

A circular externa de Leiria tem de ser completada com o troço da A8 entre o nó da Albergaria e o acesso à A1 (inclui o IC36) – com a isenção do pagamento de portagem – e daí até à ZICOFA pela via de acesso de Leiria Norte à A1, constituindo-se como alternativa e complemento do saturado troço da EN 242, mas sem prejuízo das obras necessárias nesta via e na sua inserção na cidade de Leiria e de hipotética construção de sistema de transporte ligeiro não rodoviário.

Em qualquer circunstância, impõe-se a realização de operações de planeamento do território na zona da Barosa e na Sismaria, sob pena de ocorrerem fortes fatores de especulação imobiliária e a intensificação da urbanização desregrada.

Para a CC de Leiria do PCP, se a Estação de Leiria for desativada deve ser preservada como monumento histórico da cidade, para desempenhar um importante papel social, cultural e económico no desenvolvimento da cidade.

Comentários:

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Pedro

Ora muito bem, para o PCP e só construções, estação estradas/variantes/nó de acesso/circulares externas. já agora, a direção do PCP sabe mesmo onde fica a estação actual?! Já me esquecia, nesta altura de eleições todos conhecem e percebem de "comboios"