Edição: 288

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/11/21

‘Limite’ é o tema das 5 exposições que estarão em diferentes espaços da cidade

Estudantes do Politécnico de Leiria espalham arte pela cidade de Caldas da Rainha

Cartaz

A cidade de Caldas da Rainha vai ser, já a partir de segunda-feira, dia 8 de janeiro, palco de cinco exposições sobre o tema ‘Limite’, realizadas por estudantes da Escola Superior de Artes e Design (ESAD.CR) do Politécnico de Leiria, dos cursos de licenciatura em Design Industrial, Design de Espaços, Design Gráfico e Multimédia, Som e Imagem, e Programação e Produção Cultural, trabalhadas no âmbito da unidade curricular de Espaços Expositivos, entre outubro de 2023 e janeiro de 2024.

Fruto da MenteAlém das LinhasSinestesiaCondenável ou Contornável? e Grito são as exposições que estarão patentes em diferentes locais da cidade caldense.

“Dizer que este exercício teve um Tema-Limite, é quase como dizer que o Tema era Livre. Mas, para se ser livre, é preciso conhecer as condições. Sem o conhecimento do que nos condiciona, não saberemos tão-pouco o que nos liberta. Este exercício teve um deadline, um espaço expositivo e outros limites à partida. E que outras linhas de contenção houve para cada um dos coletivos de estudantes? E como foram tornados visíveis, desenhados e expostos esses limites? O limite tanto determina o fim como a possibilidade de começar”, explica a professora Joana Morais, responsável pelo evento.

No Telheiro do Parque Dom Carlos I será possível encontrar a exposição Fruto da Mente, das estudantes Ana Beatriz Silva, Booz García, Margarida Esteves e Luna Godinho, que partem da ideia de que a mente humana pode ser comparada com uma árvore: “A nossa mente pode ser comparada com uma árvore. Os nossos sonhos e objetivos podem dar frutos se nos esforçarmos para os alcançar. Mas ao mesmo tempo podemos deixar que as nossas próprias raízes (ex. inseguranças e medos) sufoquem as nossas ambições e criem um limite ao seu desenvolvimento”, pode ler-se na sinopse da exposição, que estará aberta ao público entre os próximos dias 8 e 10 de janeiro, das 07h às 22h.

Já nos Silos – Contentor Criativo, também entre os dias 8 e 10, das 10h às 17h, estará patente a exposição Além das Linhas, da autoria de Beatriz Monteverde, Fábio Costa, JP Silva, Mariana Lucas e Samantha Peña, que desafiam o limite das regras.

“É do entendimento geral que a liberdade artística aparenta ter poucos, ou até nenhuns, limites. No entanto, ao debruçarmo-nos realmente sobre a questão, começamos a notar que desde a nossa infância somos condicionados a seguir diversas regras ao criar arte, como pintar dentro das linhas, definir margens para o desenho ou desenhar caras de forma simétrica, todas estas normas evoluem ao longo dos anos, e acabam por se tornar em regras de anatomia e noções de perspetiva, regras que não definem de forma nenhuma o que é e o que não é arte, mas que são utilizadas para nos avaliar ao longo do nosso percurso académico”.

As exposições Sinestesia e Condenável ou Contornável? estarão patentes no Museu Barata Feyo e na Igreja do Espírito Santo, respetivamente, apenas na quarta-feira, dia 10. A primeira estará aberta entre das 09h às 12h30 e das 14h às 17h30, ao passo que a segunda ficará disponível entre as 15h e as 18h.

Da autoria de Alicia Costa, Carolina Lucas, Diogo Nobre, Inês Mota e Nyx Braz, Sinestesia pretende “tratar o tema dos limites da exploração da sinestesia através dos sentidos humanos tais como a visão, o olfato, a audição e o tato”. Serão expostos elementos gráficos, odoríferos, sonoros e outros texturizados, com o propósito de “ativar e explorar a interpretação individual de uma melodia contínua no espaço, associando-a aos elementos mencionados, de forma a que a experiência de cada um seja imersiva”, salienta a sinopse da exposição.

Já a exposição Condenável ou Contornável? convidará o público a mergulhar num debate sobre os limites da violência. “Através de expressões artísticas variadas e notícias que abordam a presença da violência, os próprios espectadores são desafiados a tirar conclusões para determinar quem é a vítima e quem é o culpado”, lê-se na sinopse da exposição, criada pelos estudantes Inês Nunes, Lara Bregieiro, João Santiago, Maria Stoer e Rita Baleia.

Por fim, a exposição Grito, cuja inauguração está marcada para o dia 10, às 19h, estará patente na Casa da Mãe Joana, até ao dia 31 de janeiro. A exposição, que aborda o tema da xenofobia, é da autoria de Eduardo Almeida, Mariana Silva, Marta Oliveira, Miguel Conceição e Rita Henriques, podendo ser visitada até ao final do mês das 14h às 20h, exceto às terças-feiras.

Mais informações sobre o evento e as exposições estão disponíveis em: https://www.ipleiria.pt/esadcr/2024/01/03/5-exposicoes-sobre-limite/.

    Fonte: CA|on-it

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