Pedro Nuno Santos elogia Startup Leiria e propõe choque de produtividade e choque salarial
Pedro Nuno Santos elogia Startup Leiria e propõe choque de produtividade e choque salarial
2024-03-05 19:22:20
O secretário-geral do PS escolheu a cidade de Leiria, no dia 28 de fevereiro, para ações de campanha do Partido Socialista. Pedro Nuno Santos visitou primeiro a Startup Leiria, seguiu-se uma arruada pela Rua Heróis de Angola e um almoço-comício no Jardim Luís de Camões. Acompanhado de militantes históricos do distrito de Leiria, a comitiva contou com as presenças do primeiro candidato pelo distrito, Eurico Brilhantes dias, do presidente da Federação distrital de Leiria e também candidato, Walter Chicharro, e do presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes.
Na sua intervenção, Gonçalo Lopes defendeu que “não podemos voltar ao tempo dos garrotes ou da asfixia. Esta direita que agora veste a pele de cordeiro, é a mesma direita da troika. O PS já mostrou que há outra via: a via do crescimento económico, a via da redução da dívida, a via do aumento dos salários, a via da justiça social e das reformas progressistas. E não estamos a falar de promessas, prometer é fácil. Há uma diferença muito grande entre prometer e fazer. Não nos deixamos enganar, nós fazemos.”
O autarca socialista sublinhou que “fomos nós que colocámos a dívida abaixo de 100% do PIB. Fomos nós que colocámos o País a exportar como nunca antes aconteceu. Fomos nós que colocámos Portugal no pelotão da frente do crescimento económico. E fizemo-lo num tempo difícil. Um tempo em que diziam que vinha aí o Diabo. Nós não entramos num leilão de promessas. Isto que nós fizemos não são promessas, é obra. No dia 10, os portugueses têm de optar entre a responsabilidade e a estabilidade que o PS garante ou a irresponsabilidade, o aventureirismo e o populismo.”
Para Walter Chicharro, “o que está em causa no dia 10 é a defesa dos nossos reformados. A diferença é entre quem anuncia e aumenta pensões e entre quem anuncia que aumenta e logo a seguir as corta. O que está em cima da mesa é a defesa do nosso SNS. O que está em causa é a construção ou não do Hospital do Oeste: O PS já disse que o quer fazer, o PSD tem de estudar.”
O presidente da Federação Distrital de Leiria do PS acrescentou que “o que está em causa no dia 10 é a conclusão da eletrificação da Linha do Oeste A linha do Oeste foi completamente abandonada pelo PSD e que só com o PS e o Pedro Nuno Santos é que teve a possibilidade de ser modernizada. O que está em causa no dia 10 é Leiria fazer ou não parte da linha de Alta Velocidade de modo a conseguir a centralidade que o nosso distrito precisa para se afirmar no mundo.”
O até agora autarca da Nazaré assegura que “o Pedro Nuno é um fazedor. Pedro Nuno faz acontecer. Pedro Nuno não arrasta os pés. Todos sabemos que há uma esmagadora maioria de fazedores de opinião nas televisões portuguesas a tentar destruir a imagem do Pedro Nuno, mas nós não vamos deixar. Está na hora de defendermos as vitórias de Abril.”
Já Eurico Brilhante Dias dedicou parte do seu discurso à Aliança Democrática, considerando que, para Luís Montenegro, o “não é não” tem-se vindo a transformar no “não é não, não respondo”, acusando a AD de ter “pegado no discurso da extrema-direita anti sistema democrático, com um discurso xenófobo e racista. Isso é altamente preocupante”, lamentando que o laço entre a imigração e a insegurança tenha sido construído num comício da Aliança Democrática.”
“Nunca pensámos que um partido democrático fizesse a relação entre gente que procura e tem trabalho, contribui para a Segurança Social, que trabalha e constrói connosco todos os dias este país, e a insegurança ou os problemas de segurança”, criticou o cabeça de lista do PSD por Leiria e líder parlamentar do PS, alertando que “quem faz ìsso é Le Pen, em França, Salvini, em Itália, o Vox, em Espanha, e sabemos bem quem o faz em Portugal. Isso é mesmo o Diabo na nossa democracia.”
Pedro Nuno Santos considerou a Startup Leiria como um bom exemplo do que um futuro Governo do PS pretende fazer e que as políticas públicas podem ajudar os jovens a inovar e a empreender. “Somos o partido do estado social, mas nós sabemos melhor do que eles como é que uma economia cresce e se desenvolve. Não queremos trazer ao país uma aventura fiscal impagável que nos vai trazer austeridade a seguir. Queremos trazer um choque de produtividade e um choque salarial. Temos uma visão e uma estratégia para desenvolver a economia portuguesa. Uma alimenta a outra, ao contrário do que a direita pensa.”
O secretário-geral do PS recordou que “o PSD e a direita sempre combateram o aumento do salário mínimo. Achou sempre que iria prejudicar a economia e aumentar as falências. Nós conseguimos provar que era exatamente ao contrário. Que não só a economia conseguia pagar melhores salários, como pagar melhores salários impulsionaria também as empresas a desenvolverem-se a inovarem e a modernizarem-se. O choque salarial alimenta o choque de produtividade.”
Por isso, salientou, “é que nós aumentámos o salário mínimo de 505 para 820 e queremos ultrapassar nesta legislatura os mil euros. Mas não estamos focados apenas no salário mínimo, queremos também aumentar o salário médio e é por isso negociámos um acordo de rendimentos que permitiria atingir os 1750 em 2027. A ambição do PSD é atingir os 1750 euros em 2020, o que quer dizer que o líder do PSD teria de rever o acordo de rendimentos em baixa. Nós queremos rever o acordo de rendimentos em alta”, defendendo o aumento de salários quer no setor público quer no setor privado.
Para Pedro Nuno Santos, “somos um partido humanista, um país de respeito. Um país de emigrantes, que emigrou para todo o mundo, e de imigrante que chegaram a Portugal para trabalhar e que merecem respeito”, alertando que vários setores económicos paravam se não fosse o valioso trabalho dos imigrantes a impulsionar a economia portuguesa.
Mário Lopes
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