Edição: 286

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/9/8

Parlamento recomendou a construção do Hospital do Oeste no Bombarral

Presidente da Câmara das Caldas contesta recomendação parlamentar sobre novo Hospital

Vítor Marques

A Assembleia da República aprovou um projeto de resolução da Comissão de Saúde, a 4 de julho de 2024, que, no seu ponto 2, recomenda ao governo que “concretize o mais rapidamente possível a construção do novo hospital do Oeste, em cumprimento do estudo já realizado e mantendo a decisão de o construir no local atualmente definido”. Para o presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Vítor Marques, este projeto “não pode receber, por parte dos decisores locais, outra posição que não a de profunda rejeição”. A proposta mereceu aprovação dos grupos parlamentares do Partido Socialista, Bloco de Esquerda, Partido Comunista Português e Livre, e a abstenção do Partido Social Democrata, Chega e Iniciativa Liberal.

Vítor Marques recorda que “a construção do Novo Hospital do Oeste e a definição do seu local de implantação é o assunto mais relevante, de maior impacto económico e social e de maior potencial de desenvolvimento, em muitas décadas, para o concelho de Caldas da Rainha. Sê-lo-ia se Caldas não contasse já com um hospital de referência, é-o, por maioria de razão, quando à construção do novo hospital pode estar associada a perda do atual equipamento hospitalar, cujo raio de abrangência, relembre-se, vai muito além das fronteiras deste concelho.”

O autarca recorda que, na Assembleia da República, nenhuma voz deu corpo às legítimas pretensões de Caldas da Rainha.

A posição do presidente da Câmara de Caldas da Rainha, em representação dos interesses da autarquia e dos Caldenses, é, como não poderia deixar de ser, a de ser contrário a qualquer proposta, resolução, ou decisão que contenha no seu teor a indicação de construção do novo Hospital na localização definida pelo estudo promovido pela CIMOESTE, designadamente no concelho do Bombarral.

A posição do presidente da Câmara de Caldas da Rainha tem sido consistente e irrenunciável, seja quando fala para os Caldenses, seja quando fala com os representantes do Poder Central, tanto no atual quadro político nacional como no anterior, conforme testemunhado por todos quantos o têm acompanhado nas múltiplas ações em prol desta causa, nos últimos anos.

Vítor Marques recorda que a posição do presidente da Câmara e do Movimento que o elegeu não vacilou em qualquer circunstância, por afirmação ou por omissão.

“A nossa posição não se resume a uma defesa territorial cega, antes se encontra defendida em parecer técnico, que aponta graves insuficiências e deficiências nos critérios contidos no estudo contratualizado pela CIMOESTE, parecer esse que o Governo se tem recusado a tomar em linha de conta. É com esta certeza que sublinho a importância de todos os Caldenses se unirem e falarem a uma só voz para defender o que já é seu, que faz parte da sua história e da sua identidade, sem se deixarem distrair pelo que é secundário, em detrimento do que é realmente essencial: a construção urgente do novo hospital do Oeste no nosso território”, conclui.

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