A ópera-tango de Astor Piazzolla “María de Buenos Aires”, com libreto do poeta uruguaio-argentino Horacio Ferrer, tem honras de abertura da edição de 2024 do Festival de Ópera de Óbidos (FOO). Este espetáculo teatral/musical, dirigido por Daniel Schvetz e que conta com nomes como Ana Ester Neves (soprano solista), Christian Luján (barítono solista) e Guido Lisioli (recitante solista), tem lugar no dia 6 de setembro, às 21 horas, na Praça da Criatividade, em Óbidos, seguindo-se uma récita no dia 8 de setembro, às 17 horas, no mesmo local.

No 7 de setembro, o Convento de São Miguel, nas Gaeiras, recebe, a partir das 21 horas, “O Último Canto – Camões e o Destino”, uma ópera de César Viana, com adaptação livre da tradução portuguesa do poema dramático “Camões”, de Vassili Jukovski, por Larysa Shotropa e João Lourenço, e poemas de Luís Vaz de Camões.

O espetáculo assinala os 500 anos do nascimento do mais celebrado poeta português. Este trabalho foi uma encomenda ao compositor César Viana, professor no Instituto Superior Katarina Gurskaya (Madrid) e antigo membro da Direção do Teatro de São Carlos (Lisboa). O elenco conta com grandes artistas do meio operático português.

O segundo fim de semana do Festival de Ópera de Óbidos reserva a grande produção da edição deste ano, “A Filha do Regimento”, de Gaetano Donizetti, com libreto de Jules-Henri Vernoy de Saint-Georges e Jean-François Alfred Bayard. Com encenação de Jorge Balça e com a soprano Beatriz Maia como protagonista, o espetáculo, dirigido por Osvaldo Ferreira (Orquestra Filarmónica Portuguesa), sobe ao palco montado no Convento de São Miguel das Gaeiras no dia 13 de setembro, às 21 horas, com nova récita no dia 15 de setembro, às 17 horas.

O FOO encerra a 14 de setembro, com uma gala de homenagem a Giacomo Puccini no centenário da sua morte (1858-1924), numa produção que terá lugar nos Olhos d’ Água, no Olho Marinho, a partir das 21 horas, com direção musical de Osvaldo Ferreira e a participação da soprano Susana Gaspar e do tenor Luís Gomes.

Após um longo interregno deste evento implementado entre 2004 e 2011, o Festival de Ópera de Óbidos ressurgiu em 2023, numa numa organização da ABA – Banda de Alcobaça Associação de Artes, em parceria estratégica com o Município de Óbidos, com o apoio da República Portuguesa – Cultura / Direção Geral das Artes e com o apoio à produção da Anuartis, o que permitiu voltar a proporcionar um encontro feliz entre a Ópera e a região Oeste, posicionando Óbidos no panorama operático nacional e internacional.

Resultado de uma candidatura à Direção-Geral das Artes, o FOO envolve um investimento, a quatro anos, superior a um milhão de euros, representando cerca de 330 mil euros de investimento, por ano, 80 mil euros dos quais do município.

Os bilhetes estão já à venda nos locais habituais, através da Blueticket e também na bilheteira junto à Porta da Vila, de segunda a domingo, das 10 às 18 horas