Edição: 289

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/12/27

PCP apresentou soluções para o distrito de Leiria que a maioria PSD/CDS recusou

PCP apresentou soluções para o distrito de Leiria que a maioria PSD/CDS recusou

Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP

No debate para o Orçamento do Estado de 2025 o Grupo Parlamentar do PCP apresentou um conjunto de propostas – face a problemas estruturais com que há largos anos o distrito de Leiria se confronta -, inserido na intervenção mais geral do PCP que se expressou em mais de 500 propostas apresentadas apontando uma política diferente para o País.

Entre as propostas relacionadas com o distrito de Leira destacam-se: a eletrificação e modernização, sucessivamente adiada, da Linha do Oeste numa aposta clara na mobilidade ferroviária e a construção do Hospital do Oeste, exigindo avanços com urgência, recusando a entrega deste hospital a uma nova Parceria Público Privada e o investimento nos hospitais e centros de saúde da região.

Destaque ainda para a despoluição do rio Lis, intervindo no tratamento e efluentes decorrentes da produção suinícola e apoiando este sector quanto aos investimentos necessários; a requalificação do porto da Nazaré, investindo nesta importante infraestrutura de apoio à pesca na região; o investimento no Pinhal do Leiria, cujos impactos do último grande incêndio estão ainda longe de estar ultrapassados.

Todas estas propostas foram recusadas pela conjugação de votos pelos deputados do PSD, CDS e do PS, incluindo pelos deputados eleitos pelo distrito de Leiria.

O Grupo Parlamentar do PCP apresentou ainda uma proposta visando a requalificação do IC8 – envolvendo os concelhos de Ansião e Pombal – que foi aprovada, pelo que o PCP não deixará de acompanhar a sua implementação não permitindo que, à semelhança de outras medidas aprovadas na Assembleia da República, o governo ignore esta decisão.

O PCP sublinha que “a proposta de Orçamento aprovada, que entrará em vigor a 1 de Janeiro, não só não responde aos problemas do País, como será mais um instrumento ao serviço dos lucros dos grupos económicos a quem este orçamento serve.”

A Direção da Organização Regional de Leiria do PCP sublinha que “este orçamento, ao mesmo tempo que insiste numa política de baixos salários e pensões, de degradação dos serviços e do investimento públicos, consagra: uma descida do IRC para as grandes empresas que custará mais de 350 milhões de euros por ano; 1800 milhões de euros de benefícios fiscais para os grupos económicos; mais de 1500 milhões de euros para parcerias público privadas, entre dezenas de medidas de favorecimento do grande capital.”

O orçamento do Governo PSD/CDS foi viabilizado pela abstenção do PS, mas, para o PCP, “por essa via, possibilitou o voto contra do Chega e da IL, apesar destes estarem de acordo com a política em curso.”

O PCP garante que continuará a intervir no distrito de Leiria, em defesa do aumento dos salários e das pensões, pela valorização dos serviços públicos, pelo direito à habitação, por mas justiça fiscal, em defesa da produção nacional, dos pequenos agricultores e empresários, por uma vida melhor para os trabalhadores e o povo do distrito de Leiria.

    Fonte: GI|DORLei|PCP

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