Edição: 290

Diretor: Mário Lopes

Data: 2025/1/22

Objetivo era aumentar a população em 400 famílias

Município de Óbidos apresenta medidas de apoio e incentivo à reabilitação urbana

Filipe Daniel e Telmo Félix

Esclarecer os munícipes quanto às políticas públicas municipais de apoio e incentivo à reabilitação e regeneração urbana no concelho de Óbidos foi o grande objetivo da sessão dirigida esta quarta-feira, 15 de janeiro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, por Telmo Félix, vereador com os pelouros do Planeamento e Gestão Urbanística, Regeneração e Requalificação Urbana.

“Pretendemos dar nota daquilo que são as políticas públicas municipais e os instrumentos que temos ao dispor neste domínio, com enfoque nos princípios, objetivos e nos principais benefícios – fiscais e financeiros – associados às Áreas de Reabilitação Urbana (ARU)”, esclareceu o vereador, no decorrer da sua apresentação subordinada ao tema “As Áreas de Reabilitação Urbana no Concelho de Óbidos”. “Referimo-nos, por exemplo, ao IMI, IMT, IRS, ao IVA das empreitadas, e também à isenção de taxas municipais quando referentes a ações de reabilitação no concelho”.

Neste momento, existem 22 ARU, tendo o município, em 2024, criado três novas (Aldeia da Lapinha, Casais da Navalha e Navalha e Fraldeu) e unificado outras três (Vau e Casais do Rio, Arelho e Carregal, e Óbidos, Pinhal e Senhora da Pedra), resultando num aumento substancial da área até aqui considerada.

Além das ARU e do Regulamento e Tabela de Taxas e Licenças do Município de Óbidos, também o Plano Diretor Municipal se assume como um instrumento fundamental no que respeita à reabilitação urbana.

“Estamos em fase de revisão, sendo intenção do município passar a avaliar os projetos com base em critérios morfológicos, qualitativos do lugar e da envolvente em que os mesmos se encontram, em detrimento de índices volumétricos diretos e quantitativos”. “Será uma alteração muito relevante para renovar os espaços e trazer novas famílias para Óbidos”, apontou o vereador.

“Com estas políticas públicas municipais, pretende-se uma verdadeira regeneração urbana, através de uma ação integrada entre aquilo que é a iniciativa particular e a iniciativa municipal. Por um lado, a reabilitação das edificações. Por outro, a requalificação dos espaços públicos, seja através de infra-estruturas, equipamentos coletivos ou espaços verdes”.

“Queremos fixar pessoas, aumentar o número de famílias e a massa crítica no concelho, pelo que este é, para nós, um compromisso, mas também um desafio. A regeneração e requalificação urbana é um caminho, que está a ser feito, mas que tem de ser trilhado com um conjunto de medidas que o proporcionem”, referiu.

Criar condições para atrair famílias e captar investimento

As medidas apresentadas esta quarta-feira são apenas algumas das várias medidas que o Município tem ao dispor, quer da população residente, quer de quem pretende investir em Óbidos.

Têm como objetivo disponibilizar habitação e requalificar o património imóvel do concelho, e são um sinal de “embelezamento do nosso património e do nosso território”, sublinhou, na ocasião, Filipe Daniel, presidente da Câmara Municipal de Óbidos.

“Numa altura em que a Habitação se tornou um tema estruturante no que se refere ao desenvolvimento e à dinâmica dos territórios, entendemos que, mais do que fazer uma dispersão ainda maior daquilo que é o aglomerado populacional do concelho de Óbidos, devemos criar medidas que visem a recuperação e a requalificação do património imóvel existente”.

“Tínhamos um objetivo de crescimento, para a próxima década, de fixar 400 famílias no nosso território. Com os últimos indicadores dos Censos de 2021 e até 2023 (não temos ainda os dados de 2024) crescemos 1.372 pessoas (recenseadas) no concelho. Ou seja, uma evolução de 11,5% relativamente aos últimos Censos (11.922 habitantes no município).”

Segundo o edil, “aquele que era o objetivo de crescimento (de 400 famílias) está a esta altura praticamente atingido, se considerarmos uma família composta por um casal com dois filhos. Mas para estes desafios, e para respondermos à dinâmica e ao desenvolvimento do setor empresarial – que gera emprego, capta recursos e investimento – é preciso continuar a criar condições de habitação”.

    Fonte: GCI|CMO

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