O ministro da Economia, Pedro Reis, inaugurou esta sexta-feira, dia 28 de março, o Panorama – Pavilhão Multiusos de Alcobaça. A obra, com projeto do arquiteto Hélder Delgado, orçada em 4,7 milhões de euros, demorou cerca de quatro anos a ser construída pelo Grupo Nova Gente, a partir do antigo pavilhão MercoAlcobaça. A nova sala de visitas do concelho de Alcobaça tem duas salas, tendo a maior cerca de 2 mil metros quadrados e bancadas amovíveis com capacidade para mais de 2 mil lugares sentados e a menor cerca de 700 metros quadrados. O parque de estacionamento passa a estar localizado nas traseiras, com entrada junto ao Continente e ao Centro Hospitalar de São Francisco. Nuno Gonçalves, músico do grupo The Gift, será o diretor artístico do Panorama.

Na sua intervenção, perante algumas centenas de alcobacenses que fizeram questão de marcar presença, o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, que começou por recordar o potencial económico e cultural do concelho, da cerâmica à maçã de alcobaça, do mito da paixão de D. Pedro e D. Inês de Castro ao Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, Património Mundial da UNESCO, considerou que “este novo espaço que estamos a inaugurar será um verdadeiro símbolo desta nossa cultura e desta nossa identidade. Este novo espaço permite-nos dar continuidade á afirmação de Alcobaça enquanto polo artístico e desportivo da região e do país.”

Por sua vez, Nuno Gonçalves recordou ter nascido e crescido em Alcobaça, cidade onde estudou e começou a carreira no Bar Ben, sublinhando que “o Panorama quer ser um marco na cultura, no desporto e na economia local. Quer trazer grandes artistas, grandes eventos, quer fazer com que Alcobaça seja mais visitada, mais ousada e mais aproveitada.”

O diretor artístico e programador do Panorama lembrou ainda que “estando nós a pouco mais de uma hora de Lisboa, o Panorama pode ser uma alternativa para produtores de evento começarem a descentralizar espetáculos, eventos corporativos e desportivos. Este aspeto é também de extrema importância do ponto de vista da rentabilidade financeira do espaço.”

Nuno Gonçalves terminou a sua intervenção garantindo que “o Panorama casa com tudo e casa com todos. A partir de hoje, quem passa por Alcobaça não passará sem aqui tocar, não passará sem aqui jogar, não passará sem aqui ganhar, não passará sem aqui voltar.”

O primeiro-ministro, cuja presença havia sido anunciada no evento, não esteve presente por ter sido acometido de doença súbita, que o levou ao serviço de urgência do Hospital de Santa Maria. Por isso, coube ao ministro da Economia substituir-se ao primeiro-ministro na intervenção, que fez de improviso. Pedro Reis referiu que “não há economia sem Cultura. As grandes economias são aquelas que se alavancam na Cultura e não o contrário. Há muita economia sem Cultura, mas sempre que há Cultura há futuro.”

De referir que a inauguração só terminou à noite, após o espetáculo musical “Mar de Camões”, no Panorama, com Kátia Guerreiro, Joana Amendoeira, Filipe Gonçalves, Elisa Rodrigues, Selma Uamusse, Natália Luiza, Baltazar Marçal e Tiago Torres da Silva, inserido nas comemorações dos 500 anos do nascimento de Luiz Vaz de Camões e na programação do “Festival Inspira: Arte, Literatura e Paixão”, que decorre de 24 de março a 6 de abril.

      Mário Lopes