O ministro da Economia, Pedro Reis, presidiu esta sexta-feira, dia 28 de março, às cerimónias de abertura da Área de Localização Empresarial da Benedita, a maior obra de sempre do Município de Alcobaça. Em substituição do Primeiro-Ministro Luís Montenegro, ausente por motivos de saúde, Pedro Reis destacou na Benedita a “capacidade extraordinária das gentes desta região de arriscar e de construir o futuro. É realmente notável a vocação exportadora destas empresas, assim como a forte ligação entre a economia e a educação que vos caracteriza, através da interação entre o Externato Cooperativo da Benedita e o tecido empresarial.”

O presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Hermínio Rodrigues destacou “o papel essencial do Externato Cooperativo, ao longo das últimas seis décadas. O empreendedorismo social do Externato está assim na génese do empreendedorismo empresarial da freguesia mais industrializada do país. A ALEB foi pensada para que esta grande capacidade dos beneditenses pudesse ser potenciada. Foi essa a grande visão do Dr. José Gonçalves Sapinho à qual o meu antecessor, o Dr. Paulo Inácio, se dedicou de corpo e alma.”

O autarca recordou tratar-se da “maior obra de sempre da Câmara Municipal de Alcobaça, mais de 9,5 milhões de euros de investimento, financiados por verbas comunitárias em 40%. A ALEB é prova viva que o desenvolvimento não é inimigo da natureza, estando perfeitamente enquadrada no Parque Natural das Serras d’Aire e Candeeiros. Com uma localização privilegiada no território nacional, as recentes obras de requalificação do IC2, tornam o acesso à zona industrial da Benedita ainda mais fácil e seguro, nomeadamente para sul, na direção da A1, A15 e A8, esperando que o mesmo possa acontecer brevemente para norte.”

Para a presidente da Junta de Freguesia da Benedita, Maria de Lurdes Pedro, “o sentimento que nos une é a gratidão. A Benedita e os beneditenses têm a sua identidade, mas a Benedita é também Alcobaça, é também Região Oeste. Hoje é dia de agradecermos à Câmara Municipal de Alcobaça, em particular, ao sr. Presidente Hermínio Rodrigues. O caminho foi longo mas está cumprido.”

Depois do grande sucesso da 1ª hasta pública (realizada em fevereiro), com 18 dos 21 lotes alienados, foi lançada esta semana a 2ª hasta pública com 22 lotes a concurso. “Estou certo de que rapidamente atingiremos os 75% de lotes vendidos, o que nos permitirá avançar para o lançamento da 2ª fase da ALEB”, projetou o edil.

O autarca dedicou também um especial agradecimento a Isabel Damasceno, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, “uma amiga do concelho de Alcobaça que muito nos apoiou na concretização destes dois grandes projetos para o concelho de Alcobaça: a ALEB e o Panorama”

Duas obras que, para o ministro da Economia, Pedro Reis, são “a prova viva do grande espírito de iniciativa dos alcobacenses. Uma comunidade que encara de frente o presente e assume o seu futuro com coragem e determinação, sem ficar à espera pelas agendas de terceiros. Uma mentalidade empreendedora e construtiva que apenas reforça a nossa grande responsabilidade, enquanto governantes, de estar à altura das suas expetativas.”

     Sobre a ALEB

Localizada na Quinta da Serra (junto ao IC2, na Benedita), a ALEB conta com uma área de 53,7 hectares dividida em 73 parcelas que se destinam à instalação de indústria, logística, armazenagem, comércio e serviços.

Trata-se de uma infraestrutura com dimensão e impacto regional, mas que dará um novo impulso ao sul do concelho de Alcobaça, onde estão instaladas várias empresas de renome nacional e internacional, que dão cartas em diversos setores como a cutelaria, o calçado, a marroquinaria, a extração da pedra, entre muitos outros.

A ordenação do tecido industrial da freguesia é, pois, um desejo de décadas por parte dos empresários beneditenses.

Trata-se da maior obra de sempre da Câmara Municipal de Alcobaça: mais de 9.5 milhões de euros de investimento.

Ao longo de duas décadas, o projeto foi superando difíceis etapas e procedimentos burocráticos, obtendo pareceres favoráveis de todos os organismos responsáveis pelo licenciamento ambiental e gestão territorial, nomeadamente a CCDR-LVT, as Infraestruturas de Portugal, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e a Agência Portuguesa do Ambiente.

 

Fonte: TF e GRPC|CMA