O Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) vai iniciar a empreitada de conceção-construção para adaptação do antigo Convento de Santo Estêvão, na cidade de Leiria, numa nova residência de estudantes com capacidade para 101 camas. A consignação da obra realizou-se na sexta-feira, 13 de junho, em Leiria, representando um investimento de 5,6 milhões de euros, com financiamento de 3,8 milhões de euros no âmbito do Plano Nacional de Alojamento no Ensino Superior (PNAES), integrado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A obra de adaptação do antigo Convento de Santo Estêvão para residência de estudantes, prevista ficar concluída até ao final de março de 2026, contempla a preservação das suas fachadas e da sua história, transformando este edifício num espaço acolhedor, integrador e marcante na vida académica dos seus residentes.

A reabilitação do edifício permitirá disponibilizar 101 novas camas, distribuídas por 62 quartos de diferentes tipologias. A nova residência contemplará ainda áreas de convívio, cozinhas, bar, sala de estudo e biblioteca, lavandaria, arrumos, área de receção, entre outras.

“Com esta intervenção pretendemos não só dar resposta às necessidades de alojamento, como criar uma solução inovadora no contexto local, através de um projeto em constante diálogo entre história e inovação, e entre passado e futuro, garantindo-se um equilíbrio entre as novas áreas a serem criadas e as áreas que serão recuperadas no edifício”, explicou José Frade, vice-presidente do Politécnico de Leiria.

Situado em plena zona histórica de Leiria e classificado como património de interesse municipal, o Edifício de Santo Estêvão, também conhecido como a antiga Escola do Magistério Primário de Leiria, tem igualmente um simbolismo histórico para o Politécnico de Leiria, uma vez que acolheu, no final dos anos 80, os primeiros cursos da atual da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais. Já na década de 90, iniciaram-se igualmente, neste edifício, os primeiros cursos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, onde funcionou até 1995, voltando ainda depois a ser ocupado pela antiga ESEL (Escola Superior de Educação de Leiria).

“Esta obra reveste-se de um forte simbolismo”, afirmou José Frade, assegurando que, com a requalificação do edifício, “pretende-se fazer justiça à sua história”. “Queremos que este edifício constitua o palco de novas memórias e vivências. Será efetuada uma intervenção que defina cuidadosamente uma nova etapa do seu percurso, acolhendo uma nova geração de estudantes.”

Além da adaptação do Edifício de Santo Estêvão, estão também a decorrer, em Leiria, as empreitadas de renovação do complexo de residências e de construção da residência ‘Nova Leiria’, junto aos Serviços Centrais do IPLeiria. Com a concretização destas três obras, a instituição reforça a oferta de alojamento na cidade de Leiria, que passará a contar com 724 camas em edifícios próprios do Politécnico de Leiria, às quais se somam ainda as 12 camas dos Apartamentos João 21, numa parceria com o município de Leiria.

“Com esta intervenção alcançam-se dois objetivos importantes: o reforço da oferta de alojamento em Leiria e a reabilitação de um edifício histórico e valioso na nossa cidade. É uma intervenção que vai valorizar muito o nosso centro, a nossa história e a nossa identidade”, afirmou Gonçalo Lopes, presidente da Câmara Municipal de Leiria, acrescentando que, “indiretamente, a criação de mais camas para estudantes do ensino superior permite não só aumentar a atratividade do Politécnico de Leiria, mas também ampliar as respostas às famílias que precisam, em virtude do próprio crescimento populacional que temos registado”.

Recorde-se que o Politécnico de Leiria é a instituição de ensino superior em Portugal com mais projetos em curso de renovação e construção de residências de estudantes, no âmbito do Plano Nacional de Alojamento no Ensino Superior.

A instituição possui nove candidaturas aprovadas no âmbito do PRR – cinco para adaptação, aquisição e renovação de residências e quatro para construção de novas residências –, que contemplam 13 edifícios localizados em quatro cidades (Caldas da Rainha, Leiria, Peniche e Pombal), sendo ainda copromotora de mais três residências de estudantes, numa colaboração estabelecida com os municípios da Batalha, Marinha Grande e Torres Vedras. Com estas ações, a instituição passará a disponibilizar aos estudantes, a partir de 2026, um total de 1.373 camas, mais 670 que as atuais.

Fonte: On-It!