Edição: 288

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/11/23

Cela e São Martinho do Porto são as freguesias mais afetadas

Falta de médicos no concelho de Alcobaça volta a preocupar o executivo municipal

Reunião da Câmara Municipal de Alcobaça de 10 de agosto

A falta de médicos em algumas das unidades de cuidados de saúde primários do concelho de Alcobaça, como por exemplo Cela e São Martinho do Porto, volta a preocupar o executivo municipal de Alcobaça, que voltou a abordar o assunto na reunião de Câmara de 10 de agosto. Segundo os autarcas, apesar da responsabilidade não ser do município, este é “um problema que atinge todos” e é “dramático” sendo urgente uma solução, admitindo-se “uma posição firme” do município junto da ARS de Lisboa e Vale do Tejo ou Ministério da Saúde.

Segundo o vereador do CDS, Carlos Bonifácio, “nós temos infraestruturas e não temos médicos” e, se os utentes servidos por USF – Unidades de Saúde Familiar “estão a salvo, quem está fora está metido no cabo dos trabalhos. Isto é absolutamente dramático.”

O vereador lembra que “não é a Câmara Municipal que resolve o problema, mas é ela que vai ser mediadora e tentar resolver. Esta situação arrasta-se há tempo demais. Estamos a recorrer a médicos de empresas de trabalho temporário numa situação de absoluta precariedade”, uma situação que entende ser “apenas um remendo”.

A preocupação é também partilhada pelo vice-presidente da Câmara, que presidiu à reunião, em substituição de Paulo Inácio. Segundo Herminio Rodrigues, o problema “vai acentuar-se” num período em que os médicos estão de férias, outros estão em situação de reforma. Para Hermínio Rodrigues, a solução poderá “passar pela criação de USF” também nesses locais.

Por sua vez, César Santos referiu que além de garantir vagas e a substituição dos médicos em situação de reforma, o município de Alcobaça deve “pensar como cativar” os profissionais para o concelho, pois “a dificuldade é atrair um profissional para uma vaga onde possa fazer carreira”, dando exemplo de municípios que “ofereceram habitação e outros privilégios que trazem mais-valia prática e financeira” aos clínicos.

    Mónica Alexandre

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