Centro Hospitalar de Leiria continua condicionado pelo combate à pandemia
Afluxo anormal de utentes condiciona acesso às Urgências do Hospital de Leiria
2021-09-11 12:05:38
O combate à pandemia, em que o Centro Hospitalar de Leiria (CHL) continua na linha da frente (quinta-feira tinha internados 45 doentes com COVID-19 e esta sexta-feira tem internados 37 doentes, dos quais três ventilados), bem como uma anormal afluência às urgências, está a condicionar a capacidade de resposta deste serviço, com os utentes, especialmente os triados com pulseira verde e azul (não urgentes), a terem de esperar mais tempo do que normal para serem atendidos.
Acresce que há uma efetiva e conhecida situação de escassez de recursos humanos e em particular de pessoal médico, a que o Centro Hospitalar de Leiria é alheio, pois trata-se de um problema nacional de falta de profissionais, em especial fora dos grandes centros urbanos. Para que se constate a real situação, no concurso para médicos de várias especialidades que foi lançado em julho, para 36 vagas, até agora só foi possível ocupar 19 vagas. Decorrem ainda algumas avaliações, mas é certo que não vai ser possível colmatar uma grande parte das vagas abertas.
Assim, há que fazer uma ainda mais rigorosa gestão dos recursos existentes, pelo que se solicita:
- Os utentes devem dirigir-se ao Serviço de Urgência apenas em casos mesmo urgentes.
- No seu próprio interesse, os utentes devem adotar as medidas já divulgadas em situações anteriores, utilizando de forma correta as urgências hospitalares. Recorda-se que, em caso de doença, o primeiro contacto deverá ser para a Linha SNS 24 – 808 24 24 24, que disponibiliza aconselhamento e encaminhamento em situação de doença e medicação;
- Os utentes devem recorrer aos Cuidados de Saúde Primários, dirigindo-se ao seu Centro de Saúde para serem assistidos pelo seu médico de família, ou pelo seu médico assistente, ou para serem observados na Consulta Aberta.
Doentes não urgentes são quase metade
O Serviço de Urgência Geral do CHL continua a ter uma percentagem muito significativa de utentes não urgentes e doentes pouco urgentes (cerca de 40%) que o procura, o que dificulta a resposta efetiva aos doentes que necessitam de cuidados de saúde. A ida à Urgência sem indicação médica e em casos não urgentes propicia a acumulação de pessoas nos serviços, o que gera o aumento anormal dos tempos de espera.
O CHL foca sempre a sua ação nos seus utentes, procura ir ao encontro das suas necessidades e dar a resposta mais adequada, cumprindo rigorosamente a sua missão, o que tem merecido a confiança dos nossos doentes e reconhecimento de toda a nossa comunidade, pela dedicação e qualidade dos cuidados essenciais que presta. Relembra ainda que continua a trabalhar em todas as frentes, tendo aumentado no primeiro semestre deste ano a sua atividade assistencial, no que se refere às consultas externas e cirurgias.
No primeiro semestre de 2021, em comparação com o período homólogo de 2020, o CHL diminuiu a lista de espera para cirurgia em 13,4% e para primeira consulta em 5,9%, e aumentou em 23,8% o número de cirurgias e em 34,3% o número de consultas realizadas Face ao período pré-Covid, correspondente ao primeiro semestre de 2019, em 2021 verifica-se igualmente uma diminuição da lista de espera para cirurgia em 23%, estando a lista de espera para primeira consulta em linha com 2019, apenas com um ligeiro acréscimo de 0.6%.
Comparativamente ao primeiro semestre de 2019, o CHL registou também um aumento em 14,4% do número de cirurgias e em 27,9% do número de consultas realizadas em 2021, em período homólogo.
Fonte: Midlandcom
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