Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/24

Presidente da Iniciativa Liberal visitou a Marinha Grande e Leiria

João Cotrim Figueiredo quer gestão da floresta conciliando valores económicos e ambientais

Dário Florindo e João Cotrim de Figueiredo

O presidente da Iniciativa Liberal visitou na manhã de 25 de Janeiro, o distrito de Leiria. O líder dos liberais iniciou a manhã com uma visita à sede do ICNF na Marinha Grande, seguindo-se uma arruada no centro da cidade de Leiria. João Cotrim de Figueiredo defendeu uma mudança nas políticas florestais, realçando a proposta do partido que pretende a criação de um código da floresta que reúna o interesse económico e ambiental da floresta. O liberal defendeu ao nível da economia o desagravamento fiscal, não só impostos mas também todos os custos ligados a licenciamentos e taxas.

A manhã começou no Parque da Cerca, na Marinha Grande, onde a Iniciativa Liberal fez uma pequena arruada, em passo acelerado, até à sede do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e Floresta. João Cotrim de Figueiredo foi acompanhado por Dário Florindo, cabeça de lista da Iniciativa Liberal pelo círculo eleitoral de Leiria, bem como outros candidatos.

Em declarações aos jornalistas, Cotrim de Figueiredo referiu que “Leiria é um distrito que nos é particularmente caro, onde há um tecido empresarial e uma sociedade bastante dinâmica que se revê naturalmente nos valores liberais”.

Sobre a visita ao ICNF, João Cotrim de Figueiredo referiu que um dos aspectos do programa eleitoral da Iniciativa Liberal é que “nós damos à floresta uma importância particular e achamos que a forma como o Estado tem estado a tentar gerir os problemas ligados com a floresta não é satisfatória e tem produzido maus resultados”.

O candidato liberal quer “juntar as políticas que defendem o valor económico da floresta com as políticas que defendem o valor ambiental da floresta”, e por isso no programa do IL “está claramente a intenção de concentrar toda esta legislação num único código da floresta” que “seja muitíssimo mais simples” e “adote esta lógica contratual, em que os donos das florestas, os proprietários dos terrenos florestais tenham interesse económico, mas com um conjunto de valores ambientais, desde logo a prevenção dos fogos, mas também a floresta enquanto prevenção da erosão dos solos ou da fixação de água nos solos”, explicou.

Segundo Cotrim de Figueiredo, “há muitos valores ambientais que não estão neste momento a ser desenvolvidos porque a legislação é complexa e não incorpora o valor económico dentro dos objetivos ambientais” e, com as atuais “regras e imposições”, os proprietários florestais irão, “ao primeiro constrangimento adicional, deixar de ter possibilidade de cumprir as regras ou vão deixar de ter interesse económico nas explorações. As duas coisas têm que funcionar em conjunto.”

A Iniciativa Liberal defende que o país deveria ir “transitando de um modelo regular com muitas normas e orientações, para um modelo contratual, em que os objectivos económicos e ambientais constassem de acordos, programas ou contratos com as entidades públicas, de forma que os objectivos ambientais que fossem atingidos fossem objeto de atração económica para os proprietários dos terrenos onde há floresta”.

Para João Cotrim de Figueiredo, “Portugal não pode dar-se ao luxo de ter esta política mal coordenada e mal executada, porque a floresta ocupa dois terços do território nacional, com uma estrutura fundiária muito antiga e muito fragmentada, que não se presta nem ao esforço de prevenção nem ao esforço de reflorestação e com uma complexidade absolutamente inacreditável de legislação, que está em vigor e que impede ou impõe determinadas coisas a quem é proprietário de florestas”.

Assim, para os liberais “é fundamental simplificar as regras que se aplicam à floresta e concentrá-la num único código florestal, com esta lógica de tornar os interesses económicos e os interesses ambientais num só”.

Questionado sobre as propostas da Iniciativa Liberal no que se refere à economia, e tendo em conta o forte tecido empresarial do distrito de Leiria, João Cotrim de Figueiredo referiu que a abordagem do partido “à actividade económica é também baseada no desagravamento fiscal e na simplificação fiscal, não só impostos mas também todos os custos ligados a licenciamentos e taxas”.

Cotrim de Figueiredo lembrou a “componente de inovação bastante grande” na zona de Leiria, que trouxe “grande capacidade exportadora”, realçando que “isso merece incentivo e também deve servir como exemplo, um distrito como Leiria, que se foi reinventando ao longo do tempo, que não ficou parado, à custa da iniciativa das pessoas, que não precisava ser tão dificultada” a sua tarefa, acrescentando que “é possível tornar a vida dos empresários mais facilitada”, sobretudo, porque “em Leiria também são essencialmente pequenos e médios empresários”.

Questionado sobre o aumento do preço da energia para as empresas, João Cotrim de Figueiredo afirmou que “os custos energéticos têm aumentado muito e o Governo não fez absolutamente nada, a não ser durante algum tempo dar um pequeno incentivo que está prestes a terminar, sem mexer naquilo que lhe compete, que é a carga fiscal sobre os combustíveis”.

Segundo o líder dos liberais “com 60% ou 50% do combustível representado por impostos a não ser mexido num momento de particular dificuldade, diz tudo sobre a voragem fiscal que este Governo tem tido”.

Cotrim de Figueiredo lembrou ainda que “não são só os custos de combustível que têm subido. Há outras extensões inflacionistas que tem a ver com este retomar da atividade económica a que Portugal tem que estar atento”, recordando que “temos uma dívida pública muito elevada. Os juros da dívida pública tenderão a subir com o aumento sustentado da inflação e isso representa desafios económicos novos para Portugal.”

O candidato liberal referiu não acreditar “que os políticos que nos têm governado tenham suficiente flexibilidade e rasgo para enfrentar estes tempos difíceis que estarão à nossa frente”, apelando assim ao voto na Iniciativa Liberal.

    Mónica Alexandre

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