Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/19

Formação geral e formação específica, que inclui várias especialidades médicas

Centro Hospitalar de Leiria recebe 59 novos médicos internos

Receção aos novos médicos internos

O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) recebeu, no dia 2 de janeiro, 59 novos médicos internos, sendo 38 internos de formação geral e 21 internos de formação específica, que agora iniciam o seu plano formativo na instituição. Os jovens médicos vão ser acolhidos na formação especializada pelas especialidades de Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia Geral, Gastrenterologia, Ginecologia/Obstetrícia, Medicina Física e Reabilitação, Medicina Intensiva, Medicina Interna, Ortopedia, Pediatria, Pneumologia e Psiquiatria; e na formação geral em blocos formativos comuns a todos nas áreas de Cirurgia Geral, Medicina Interna, Pediatria e Cuidados de Saúde Primários.

A sessão de boas-vindas decorreu no auditório do Hospital de Santo André (HSA), em Leiria, com uma mesa redonda sobre o tema “O Internato Médico em Portugal: onde estamos, para onde vamos”, moderada pelo médico Rui Gameiro, com as intervenções de Miguel Coelho, diretor de Serviço de Cirurgia Geral, de Ana Araújo, coordenadora e orientadora de formação do Serviço de Medicina Intensiva,  de Diana Fernandes, orientadora de formação do Serviço de Medicina Interna, de Cátia Domingues, interna da formação especializada de Anestesiologia no CHL, e Carolina Almeida, interna da formação especializada de Psiquiatria, também no CHL. Além do acolhimento aos novos internos, foram transmitidas algumas mensagens pertinentes, como o doente deve ser o foco, o cuidar dos doentes com dedicação, humanismo e competência, e a capacidade de ser humilde, porque a humildade é a única base sólida de todas as virtudes.

Após uma palestra sobre as “Metas internacionais de Segurança do Doente”, apresentada pela enfermeira Teresa Peralta, foi o momento oficial de dar as boas-vindas aos novos médicos internos. Diogo Simas, médico interno e representante da Comissão de Internos, foi o primeiro a intervir, destacando a importância da Comissão durante o internato. Salvato Feijó, diretor clínico do CHL, também acolheu os novos médicos. «Penso que terão todas as condições para fazer o vosso internato. Bem-vindos a esta casa! Têm o nosso apoio e contributo para a vossa formação.»

Rui Passadouro, presidente da Sub-Região de Leiria da Ordem dos Médicos, realçou que «estamos aqui sempre convosco, pois a formação é uma das grandes áreas da Ordem. Esperamos que tenham uma formação de muita qualidade, e desafio-vos a ser muito exigentes convosco. Parabéns pela vossa escolha!»

Licínio de Carvalho, presidente do Conselho de Administração do CHL, após os agradecimentos aos presentes, falou para os novos internos. «Espero que validem a escolha do local da vossa formação. Espero que o CHL e os Serviços, direção médica, direção clínica e direção do internato médico, e todos nós consigamos corresponder a todas as vossas expectativas. A experiência tem-nos mostrado que os nossos internos são muito bons médicos, pois concluem o internato médico com as melhores notas a nível nacional. Temos muito orgulho na capacidade formativa do CHL, é um ponto de referência formativo, não em tanta dimensão como gostaríamos, mas é com orgulho que vos posso dizer que este campo de formação tem sido reconhecido.» E o presidente terminou desejando que «se sintam felizes na cidade e no centro hospitalar, e que no final optem por ficar a trabalhar na região e no CHL. Desejo o maior sucesso na vossa formação, porque se for bem-sucedida, é porque também nós tivemos sucesso nessa formação».

Os jovens internos do CHL assistiram virtualmente em direto à sessão nacional de boas-vindas a todos os novos internos, feita a partir do Centro Hospitalar e Universitário de Cova da Beira, onde interveio Fernando Araújo, presidente da Direção Executiva do SNS, destacando que «O SNS três gerações diferentes de médicos: geração x, geração y e geração z», explicando as características de cada uma e indicando que todas fazem parte das organizações atuais. Advogou uma mudança nas políticas de recursos humanos, nomeadamente alterações nos concursos e na formação. «Os médicos devem ter voz e ideias. Não se resignem. Obrigado e bom ano!»

Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, sublinhou que os internos «são o principal fator do SNS. Sem médicos internos, está condenado a ficar desatualizado. Esta vossa entrada no internato tem duas dimensões importantes: estar a fazer a vossa formação continuada no SNS, geral e especializada, onde estão a aprender, mas também a ensinar. Os internos não têm sido devidamente valorizados, e fazem parte das equipas do bloco operatório, da urgência, fazem parte integrante da equipa e são absolutamente essenciais.»

Ricardo Mestre, secretário de Estado da Saúde, falou nesta sessão, indicando que «o número de jovens que hoje inicia a sua formação geral e específica é o maior dos últimos largos anos: 3.877 jovens. Temos vários desafios naquilo que é a resposta em cuidados de saúde. O primeiro deles, a evolução das necessidades em saúde da nossa população. Mais necessidades e população mais exigente, todos nós cada vez temos expectativas mais elevadas e isso também é um desafio que nos deve guiar naquilo que é o nosso trajeto comum de saúde. Um terceiro desafio tem a ver com a organização na prestação de cuidados, temos mais necessidade de investir na promoção da saúde e prevenção da doença; e um quarto desafio, com a utilização de recursos escassos, muito pressionados pela inovação tecnológica e pela transição digital».

O secretário de Estado da Saúde ainda destacou que «temos três prioridades muito claras: responder às necessidades de acesso da população ao SNS, o que ajuda fazer uma melhor gestão, reforçar respostas em várias áreas para um acesso mais qualificado; valorizar mais os profissionais de saúde, nomeadamente a valorização salarial, mais acesso à formação geral e especializada, a hierarquização das carreiras e medidas de conciliação entre a vida profissional e pessoal; outra prioridade é o investimento no SNS: nos recursos humanos e continuar a investir na requalificação das infraestruturas do SNS.»

Dirigindo-se aos jovens médicos, Ricardo Mestre afirmou que «vocês vão assumir um papel decisivo naquilo que é o cumprimento deste caminho, quer enquanto clínicos, quer enquanto líderes e de pessoas que participarão de forma ativa na construção da decisão em saúde, na reconstrução e na reformulação do Serviço Nacional de Saúde, e por isso vocês são um ativo fundamental do SNS. Desejo que tenham uma profícua e longa carreira profissional, rumo ao sucesso e que hoje seja apenas o primeiro dia de um rumo aprofundado de sucesso pessoal, profissional e do SNS como um todo».

Fonte: Midlandcom

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