Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/19

Considerando leviana a decisão do ministro do Ambiente

Presidente da Câmara da Batalha apela à intervenção do primeiro-ministro na suspensão do projeto da ETES do Lis

António Costa

Em ofício dirigido esta quarta-feira, dia 14 de abril, ao ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, o autarca da Batalha é perentório sobre a decisão de suspender a construção da estação de tratamento de efluentes suinícolas (ETES) em Leiria, considerando que, “com o devido respeito, a solução agora apresentada por V. Exa, é uma não solução, agrava o problema e prolonga no tempo as graves consequências ambientais para a região de Leiria”.

“Porque saberá o Senhor Ministro e os poucos deputados eleitos pelo PS que defendem esta decisão, que os sítios de sempre para a descarga de efluentes suinícolas são o rio Lena, o rio Lis e a ribeira dos Milagres, com elevada carga poluente para a bacia hidrográfica do Lis, para além dos terrenos do vale do Lena e do Lis, saturados de tanta “valorização agrícola” que V. Exa. preconiza”, acrescenta Paulo Batista Santos, presidente da Câmara da Batalha.

Recorde-se que o ministro João Matos Fernandes foi ouvido esta terça-feira na Comissão de Agricultura e Mar, na Assembleia da República, sobre a poluição na bacia hidrográfica do Lis, onde em resposta a requerimento do Bloco de Esquerda, veio afirmar que mudou de opinião sobre a construção de uma Estação de Tratamentos de Efluentes Suinícolas (ETES) em Leiria, dizendo que não é solução e preconizando como opção ideal a designada valorização agrícola, ou seja espalhamentos dos efluentes, embora na sua opinião se deva recomendar aos suinicultores que não deve acontecer “sempre no mesmo sítio”.

Situação da maior gravidade que leva o autarca da Batalha a exigir que o ministro do Ambiente delegue este dossier a outro membro do Governo ou ao próprio primeiro-ministro, António Costa, referindo na sua missiva que “pela gravidade do exposto, pela leviandade como muda de opinião e sobretudo pela manifesta incapacidade em lidar com este problema que afeta mais de 200 mil cidadãos que vivem nesta região, deverá V. Exa. ponderar abster-se de intervir no assunto e delegar em quem no Governo, desde logo a intervenção do Senhor Primeiro-Ministro, tenha capacidade de decisão e sensibilidade ambiental para contribuir para a solução deste grave problema ambiental da região de Leiria”, refere o edil da Batalha.

    Fonte: MB

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