Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/19

Movimentos independentes prometem ganhar peso político no País e contam com Aurélio Ferreira

+MpM promete para a Marinha Grande a revolução tranquila de Rui Moreira no Porto

Aurélio Ferreira

O +MPM – Movimento pela Marinha apresentou, no dia 19 de junho, o atual vereador independente e empresário Aurélio Ferreira como candidato a presidente da Câmara da Marinha Grande e o empresário Jorge Santos, ex-presidente da NERLEI, atual diretor-geral da VIPEX, administrador na Garval e membro da Direção da Associação Industrial Portuguesa, como mandatário. A sessão, que teve lugar no Auditório da Resinagem, na Marinha Grande, contou com as presenças e os apoios dos presidentes das Câmaras Municipais do Porto, Rui Moreira, que já lançou a sua recandidatura, e de Vila Nova de Cerveira, Fernando Nogueira, também eleito numa candidatura independente.

Jorge Santos elogiou o trabalho incansável de Rui Moreira, Fernando Nogueira e Aurélio Ferreira e outros autarcas na defesa dos movimentos independentes, que podem agora voltar a candidatar-se em condições de paridade com os partidos, apesar de algumas injustiças permanecerem, como a não isenção de IVA, de que os partidos sempre beneficiaram.

Relativamente à Marinha Grande, “temos o sonho de viver numa cidade melhor, moderna, desenvolvida, dinâmica, que proporcione uma melhor qualidade de vida às pessoas”, referiu Jorge Santos, aproveitando para traçar um paralelo com a Cidade Invicta, revelando que a sua segunda cidade é o Porto, onde comprou uma residência há cerca de 15 anos. “Nessa altura, a cidade estava como o centro da Marinha Grande hoje. A pior que vi foi Beirute a seguir à guerra: casas a cair, telhados a cair, ervas por todo o lado. O Porto dos últimos 4 ou 5 anos não tem nada a ver com isso e é um mostruário de sucesso.”

O mandatário recordou ainda que Vila Nova de Cerveira tem uma Bienal de Artes Plásticas há muitos anos e que a Marinha Grande também já teve a sua Bienal de Arte e Design, lamentando que os executivos socialistas marinhenses a tenham extinguido, garantindo ao mesmo tempo que o +MpM irá fazê-la reviver. Jorge Santos informou ainda que a arquitecta marinhense Ana Patrício Bonifácio tem tido uma participação muito ativa na Bienal de Vila Nova de Cerveira e espera voltar a ver o seu trabalho na sua terra natal.

Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira recordou conhecer Aurélio Ferreira desde o início das lutas dos movimentos independentes em 2012 e 2013 e afirmou estar presente como amigo, recordando-o sempre persistente, atento e disponível para ajudar.

Rui Moreira

Fernando Nogueira não se considera um político, garantindo que exerce a função em prol da cidadania e que “os partidos são fundamentais na democracia, mas não são donos da democracia.”

O autarca minhoto sublinhou o espírito de aglutinação presente nos movimentos independentes que inclui pessoas de vários quadrantes políticos e considerou que o MpM tem o mesmo espírito como prova a agregação de outros movimentos independentes (+Concelho) e, por isso, garante que “com a vitória do Aurélio, quem vai ganhar é a Marinha Grande”.

Também Rui Moreira destacou as qualidades de Aurélio Ferreira: lealdade, persistência e coragem.

Para o presidente da Câmara Municipal do Porto, “a Marinha Grande tem um potencial enorme, basta estarmos neste edifício, temos aqui toda uma museologia ligado áquilo que foi a indústria. Aqui há uns anos dizia-se que a indústria na Marinha Grande ia desaparecer, mas não desapareceu. Portanto, as cidades têm sido capazes de mudar, só que aqui há mais oportunidades. Eu não me vou meter na vossa política local, tenho a certeza que vocês, cidadãos daqui, que fazem as vossas escolhas, saberão, com os mesmos recursos fazer melhor e isso é cidadania. Por isso, muito boa sorte! Espero que consigam atrair os marinhenses para o vosso projeto e lá para o princípio da noite de 26 de setembro, espero ligar ao Aurélio a dar-lhe os parabéns.”

A finalizar, Aurélio Ferreira referiu que, “nos oito anos que este projeto tem, reconheço que foi um trabalho imenso que nós tivemos, mas foi muitíssimo gratificante. Fomos permanentemente avaliados e a avaliação foi feita não por nós próprios, mas pelos munícipes. Confesso que estou muito agradado com tão grande mobilização à nossa volta, e sobretudo com os apoios de incentivo que temos recebido ultimamente. E é isso que nos dá o sinal de que o nosso trabalho que realizámos está no caminho certo.”

Fernando Nogueira, Aurélio Ferreira, Jorge Santos e Rui Moreira

Por outro lado, “sinto-me honrado por os marinhenses me terem escolhido para vereador e desde a primeira hora senti que devia retribuir essa confiança. Sinto que é uma obrigação de quem está em funções públicas prestar contas aos seus eleitores. Por isso, demos regularmente informações do que mais significativo acontecia e do que tínhamos decidido nos órgãos, sobretudo, na Câmara e, sobretudo, justificar quais eram as nossas tomadas de posição e, para isso, enviámos um memorando a milhares de pessoas. “

Contudo, garante, “o projeto está muito longe de estar terminado. É urgente que algo aconteça porque as soluções do passado se mostraram incapazes de resolver os problemas do presente e do futuro. O nosso grande desafio é projetar uma visão de futuro para o nosso concelho, que possa ser executada com um projeto ambicioso mas realista.”

Aurélio Ferreira quer “um concelho que seja um espaço de inclusão, seguro e fraterno. Que seja também um concelho próspero, inovador e criador de riqueza e que as empresas e os seus trabalhadores possam estabelecer um equilíbrio entre o trabalho e o lazer. Queremos uma terra em que os munícipes gostem de trabalhar, de viver e se sintam felizes. A base do nosso projeto é o de 2013, com a mesma ambição, mas com uma diferença fundamental, o conhecimento e a experiência de dois mandato e a certeza de que juntos vamos conseguir.”

O projeto do +MpM está estruturado em quatro eixos;

  • Reforçar a competitividade para melhorar o emprego e o desenvolvimento económico;
  • Apostar na qualidade de vida, apoiando a coesão social, focando-se na educação, na tecnologia e inovação, na juventude, na cultura, no desporto e, fundamentalmente, na solidariedade;
  • Promover o domínio territorial, com planeamento e sustentabilidade, com uma boa gestão de infraestruturas: saneamento básico e equipamentos, ordenamento do território, ambiente e segurança;
  • Implementar um modo de governação moderna, assente numa liderança forte. Uma administração virada para o cidadão, onde os trabalhadores se motivem para a execução deste projeto, com lideranças intermédias, dinâmicas e motivadas.

Sessão decorreu no Auditório da Resinagem

Segundo Aurélio Ferreira, “a grande dificuldade que tem existido nos executivos municipais é a incapacidade de executar obra, algumas extremamente necessárias à população, que deveriam ter sido realizadas nas últimas décadas. As taxas de execução de capital rodam os 30% e mantemos mais de 14 milhões de euros em depósitos bancários à ordem, quando os munícipes reclamam faltarem infraestruturas fundamentais.”

Assim, não há piscina no concelho, não há um mercado condigno, não há infraestruturação da zona industrial, nem eixos rodoviários que organizem o trânsito e retirem os veículos da cidade. “Passam diariamente 600 camiões do centro da cidade porque não há variantes”, reclama o candidato independente.

A gestão da água é outra das dores de cabeça dos marinhenses. “Ainda esta semana tivemos três dias sem água porque há roturas”, um castigo impiedoso para quem chega a casa depois de um dia de trabalho e não encontra um pingo de água na torneira. A demora na resposta às solicitações dos munícipes é outro dos constrangimentos que o atual vereador quer resolver.

Por fim, dois pontos de honra de Aurélio Ferreira são a requalificação e reabertura ao público das piscinas oceânicas de São Pedro de Moel e o regresso da Bienal de Artes Plásticas e Design à agenda cultural da Marinha Grande.

Mário Lopes 

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