Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/19

Paulo Inácio fez balanço do mandato

Eleições, balanços e despedidas na última sessão da Assembleia Municipal de Alcobaça

Executivo, Mesa e deputados da Assembleia Municipal

As eleições realizadas a 26 de setembro, o balanço e as despedidas de alguns dos deputados municipais, preencheram a última Assembleia Municipal de Alcobaça, realizada no dia 28 de setembro. Além das despedidas, o presidente cessante da Câmara Municipal, Paulo Inácio falou sobre a situação financeira “positiva” do município, sobre os valores de 4,7 milhões de euros referenciados no PRR – Plano de Recuperação e Resiliência para o Mosteiro de Alcobaça, do projeto de Mobilidade Suave, e desafiou o novo Executivo a lutar pela inserção da requalificação da Linha do Oeste no PRR em vez do anunciado investimento através dos Fundos Comunitários 2030.

Os deputados Clementina Henriques (CDU), Pedro Guerra (PSD), Raul Duarte (PSD), Leonel Fadigas (PS), Rosa Domingues (CDS), Mário Gonçalves (CDS), Luís Polido (PS), Eduardo Romero Marques (PSD), Álvaro Santo (Independente) e também o presidente da Assembleia Municipal, Luís Félix Castelhano (PSD), agradeceram a forma “elevada” como decorreram as sessões da Assembleia e a oportunidade de representarem quem os elegeu.

O deputado Mário Gonçalves (CDS) agitou a sessão quando referiu “a frieza dos números” eleitorais, considerando que “mais de 51% dos votantes não aprovaram a maioria eleita”, “os números da abstenção” e lembrando que “a maioria indigitada para governar durante os próximos quatro anos não mereceu a aprovação de cerca de 77% dos eleitores do concelho de Alcobaça”. Em resposta Pedro Guerra (PSD) classificou a intervenção de Mário Gonçalves como “vergonhosa”.

Já Paulo Inácio afirmou estar “muito satisfeito com a vitória do PSD” e adiantou que “não vou pedir desculpas por ter ido três vezes a julgamento do povo de Alcobaça e ter saído vencedor por três vezes”, o que mostra que “se fez trabalho com qualidade” assegurando ainda que “o novo Executivo também garante essa continuação”.

O edil referiu ainda que, enquanto na Câmara Municipal “houve uma bipolarização” com a eleição apenas de elementos do PSD e PS, na Assembleia Municipal haverá “maior pluralidade democrática”. O autarca referiu em jeito de balanço que sai de “consciência tranquila” porque “dei o melhor de mim ao meu concelho” acrescentando que “representar o povo de Alcobaça foi o maior privilégio e a maior honra que tive na minha vida” e que, “mesmo enquanto cidadão, direi sempre sim a Alcobaça”.

Em relação ao único ponto da ordem de trabalhos, relativo à atividade municipal do município no último trimestre, Paulo Inácio referiu que neste momento a situação financeira do município é “positiva” havendo um saldo de “21,5 milhões de euros” tendo o município inclusive já pago “1,5 milhões de euros em relação à ALEB” e “2 milhões de euros nas obras da Avenida Joaquim Vieira Natividade e do pavilhão Multiusos”, verbas que o município irá receber através dos fundos comunitários. O autarca adiantou ainda que em relação aos SMAS, falta apenas “pagar duas mensalidades referentes ao caudal mínimo” o que deixa os serviços “sem qualquer dívida” podendo investir na renovação de rede de água e de saneamento.

Já no âmbito do PRR, Paulo Inácio explicou que o município tem já “um valor de 4,7 milhões de euros, articulados com a DGPC para requalificar o remanescente do Mosteiro”, sendo possível que essa verba “ainda venha a aumentar”.

Também sinalizado pelo município para o PRR, está a adaptação do plano estratégico de Alcobaça, onde o “eixo essencial do PRR é a habitação e a acessibilidade da habitação para os jovens”, tendo Paulo Inácio afirmado que “temos que exigir com determinação essas verbas para termos uma habitação acessível para os jovens”.

Outro ponto abordado pelo autarca foi a eletrificação da Linha do Oeste, troço entre Caldas da Rainha e Louriçal, que recentemente viu ser anunciadas verbas no âmbito dos Fundos Comunitários 2030, mas segundo Paulo Inácio “temos que lutar para que passe para o PRR e aí terá que ser executado até 2026”, acrescentando que “não se pode deixar cometer uma injustiça para Alcobaça como quando foi com a construção da A8”, quando começou por ser executada só até Caldas da Rainha.

Em relação ao projeto de Mobilidade Suave, projeto realizado em conjunto entre os municípios de Alcobaça e Nazaré, Paulo Inácio afirmou que este “tem todos os pareceres aprovados” e que os dois municípios solicitaram “uma verba de 5,4 milhões de euros”, além dos 1,5 milhões de euros que o município de Alcobaça pediu para a parte entre a nascente do Rio Alcoa, em Chiqueda, até Alcobaça, parte que ainda está em execução de projeto.

     Mónica Alexandre

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