O arquiteto Jorge Mangorrinha apresenta, na Galeria de Exposições do Espaço Turismo das Caldas da Rainha, de 9 a 30 abril, a instalação “Viagem ao Centro da Cidade”, que inclui também Fotografia, Poesia e Música, como expressões íntimas da criação do Autor. Na montagem foi introduzida uma componente de Pintura, com uma intervenção intitulada “100/Sem Aquistas”. Esta é a primeira intervenção artística depois do encerramento da Galeria, que irá abrir também aos sábados.

Viagem ao Centro da Cidade, de Jorge Mangorrinha

A Viagem ao Centro da Cidade é um percurso minimalista, que conjuga o discurso expositivo linear mais convencional e a ideia de uma instalação, com atmosfera e cenografia, onde se reforça a natureza performativa, site-specific. O diálogo entre os conteúdos, que constituem a exposição – Instalação, Fotografia, Poesia e Música, como expressões íntimas da criação do Autor –, origina, em paralelo, uma outra obra, esta experienciada por cada visitante de modo diferente.

A Instalação é, talvez, provocatória pelo temp(l)o da água à espera de que as coisas aconteçam. A Fotografia é resultante de uma escolha quase impossível entre milhares de imagens capturadas na caminhada pelo burburinho ou pelo silêncio deste e de outros centros. A Poesia é exposta como manifesto à terra-natal e à sua raiz. A Música é a expressão da união das águas entre cidades-irmãs. Esta impressão poética, fotográfica e musical é a expressão concisa Do Eterno Retorno.

 

Jorge Mangorrinha nasceu nas Caldas da Rainha, a 1 de julho de 1965, na maternidade do Montepio Rainha D. Leonor, filho de alentejanos, o pai, funcionário público e músico, a mãe, curadora da vida doméstica. Nas Caldas da Rainha, estudou até ingressar no ensino universitário. Tem um percurso profissional e académico multifacetado: licenciatura em Arquitetura, mestrado em História Regional e Local (especialização em Património), doutoramento em Urbanismo e pós-doutoramento em Turismo. Exerce em Lisboa e é autor de obras que expressam a sua diversidade formativa, ensaística e profissional. Medalha de Mérito da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Prémio José de Figueiredo da Academia Nacional de Belas-Artes e Louvor do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Presidiu à Comissão Nacional do Centenário do Turismo em Portugal (1911-2011). Escreve textos de opinião, técnicos e científicos, bem como canções, através dos seus poemas e letras inspirados no que lhe tem sido chão.