Edição: 288

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/11/21

Francisco Matos é cabeça de lista à Assembleia Municipal

Carlos Ubaldo é o cabeça de lista do BE à Câmara Municipal das Caldas da Rainha

Carlos Ubaldo

Decorreu sexta-feira, dia 28 de maio, à entrada da Estação Ferroviária, espaço simbólico da luta pela requalificação da linha do Oeste e da luta contra as alterações climáticas, a apresentação da candidatura do Bloco de Esquerda às eleições autárquicas de Caldas da Rainha. Carlos Ubaldo é o cabeça de lista à Câmara Municipal e Francisco Matos é cabeça de lista à Assembleia Municipal. A sessão da candidatura, com o lema “Juntar Forças, Construir o Futuro!”, contou com a presença do deputado eleito por Leiria, Ricardo Vicente, e a apresentação dos candidatos foi feita pela ativista e aderente do Bloco Andreia Galvão.

Biografia de Carlos Ubaldo

Carlos Manuel dos Santos Sousa Ubaldo, 56 anos

Licenciatura em filosofia. Pós graduação em formação pessoal e social. Trabalha na Escola secundária Rafael Bordalo Pinheiro há 32 anos.

Coordenador e participação ativa em vários projetos Erasmus.

Membro dos órgãos sociais da Infancoop durante vários mandatos, inclusive presidente da direção.

Foi responsável pelo Qualifica da escola secundária Rafael Bordalo Pinheiro durante dois anos.

Neste momento, faz parte da equipa Seam Nd ( Sala de Estudo Aprender+ Nacional Digital). Um grupo de seis professores a nível nacional  que apoia a UAARE (Unidade de Apoio aos Alunos Atletas de Alta Competição).

Intervenção de Carlos Ubaldo

O que me liga às Caldas da Rainha?

O que me liga a esta cidade e ao concelho prende-se à naturalidade da minha família materna. A minha mãe nasceu no Casal da Marinha, freguesia de Santa Catarina. (Curiosidade: sede de concelho entre os séc. XIV e XIX). Toda a família materna ali nasceu, viveu e muitos ainda vivem, espalhados pelas freguesias do concelho…

Quando criança, visitava esta cidade, onde durante vários anos viveram os meus avós maternos.  Assim sendo, esta geografia afetiva diz-me respeito desde as mais remotas memórias pessoais.

Aos 24 anos sou colocado como Professor na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro. Um espaço que pela sua relevância na cidade, no concelho e mesmo fora dele, acabaria por criar em mim uma forte ligação a esta terra e a estas gentes. Passaram, entretanto, mais de 30 anos de exercício profissional nesta escola, nesta cidade, onde tive a sorte e o prazer de conhecer e aprender com dezenas de colegas, alguns figuras relevantes na vida local, mas acima de tudo, de ter tido uma pequena parte de responsabilidade, mínima que fosse, na educação e formação de milhares de jovens, hoje cidadãos ativos que vivem neste concelho e que nele deixam a sua marca em diversos campos de atividade.

 Durante mais de uma década estive fortemente ligado a uma das mais conhecidas instituições de ensino e apoio à criança e às famílias: a Infancoop. Voluntariamente, penso ter contribuído para o seu crescimento, qualificação e afirmação incontornável naquele domínio. Foi um trabalho de profundo espírito colaborativo, onde a aprendizagem derivada das relações sociais com as famílias e trabalhadores, assim como das relações institucionais, com outras congéneres, freguesias, município, administração regional e nacional, me possibilitou um conhecimento mais aprofundado da cidade e igualmente a consciência da importância dessa participação cívica solidária. 

Porquê ser candidato?

Arriscaria dizer que a questão deverá ser colocada de outra forma. Como recusar essa possibilidade? Como dizer não, (afinal a resposta mais comum para muitos cidadãos cada vez mais desencantados com a política), quando permanecem por encontrar melhores respostas a problemas e desafios que se continuam a colocar com enorme urgência, para dessa forma se melhorar a qualidade de vida dos munícipes, de todas as pessoas.

Enquanto essas necessidades continuarem por resolver, e enquanto aqueles ao desabrigo de proteção social, e sem os meios necessários para tal necessitarem desse apoio, a única resposta só poderá ser afirmativa e estar presente. É esse o motivo da minha participação nesta candidatura como independente nas listas do Bloco de Esquerda. 

A qualidade de vida dos munícipes, naturalmente, acabará por ser a principal razão de todas as candidaturas. Não parece possível colocar as coisas noutros termos, Estamos certos disso!! No entanto, o que nos move para dar as respostas com mais qualidade às legitimas expectativas e ambições dos Caldenses, é por nós perspetivado com uma amplitude mais vasta: as questões e os problemas que urge equacionar e as propostas para ajudar a sua resolução são em muitos casos de natureza que vai além do local, extravasando, portanto, o concelho das Caldas da Rainha. Falamos designadamente de mobilidade e transportes, de clima e ambiente, ação social, habitação, saúde, cultura e juventude. Alguns exemplos apenas, que ilustram a nossa convicção de que um olhar sobre os mesmos não pode ser apenas circunscrito ao concelho.

Presente e futuro

Sou Professor. Sei bem o desafio em que consiste a interação constante com os jovens, com a forma como olham o mundo, os seus desejos, sonhos e projetos de realização pessoal e profissional. Não olho para eles como o nosso futuro ou de quem se espera serem capazes de um futuro melhor! Não! Eles não são apenas esse futuro, eles são o presente, o presente a quem é necessário dar voz e ouvir com total atenção e cuidado. 

Criar as melhores condições para que possam participar de pleno direito e ativamente na vida coletiva, expressando as suas ideias e conhecimentos e assim fazer a vida cívica respirar outra modernidade. É deles também a urgência em intervirem nas causas que importam a todos: o ensino e a empregabilidade qualificada; combate urgente à crise climática;  a inclusão e a inovação social;  as expressões artísticas e culturais;  valorização do desporto e da vida saudável; as novas formas comunicacionais e a digitalização; o combate a todos os tipos de discriminação, etc. 

Falar dos jovens não nos faz esquecer aqueles que já não o são. A inclusão não é uma palavra vã. Nesse sentido, as respostas que procuraremos dirigem-se a todas as gerações, porque em todas são necessárias respostas sociais que protejam na primeira linha as pessoas em situação mais precária. Não ignoramos as marcas da crise que muitas camadas sociais vivem, a que importa dar resposta para as mesmas saírem com mais igualdade e dignidade.

Consciência de um desafio

Todos os momentos da vida social, e no que à política em particular diz respeito, trazem consigo situações com implicações na vida das comunidades. Oportunidades que se perderam, outras que mereceram decisões menos acertadas dos decisores, outras que não podem ser desperdiçadas. Vivemos também um tempo em que há decisões que devemos saber avaliar e tomar sob pena de recair sobre nós, cidadãos, munícipes, a total responsabilidade. 

Este concelho tem uma história, tem marcas que a todos devem orgulhar, nas artes, na cultura, na indústria, entre outras áreas. Temos consciência plena de que as incumbências e as responsabilidades autárquicas não permitem a resolução de todos os problemas, mas precisamente por isso, devemos ser capazes de usar o saber, a inteligência, a capacidade de aceitar os desafios existentes para os transformar em respostas para uma vida melhor, respostas a colocar ao serviço de todos os munícipes. Esse é o nosso compromisso, que abraçamos coletivamente com empenho e dedicação. 

Não isolados ou fechados sobre nós mesmos, mas estabelecendo as pontes de diálogo ativo e participado com todos aqueles que estiverem interessados em fazer ouvir a sua palavra quando necessário e não apenas quando outros o decidem. 

Para responder a esse desafio, convidamos os cidadãos do concelho das Caldas da Rainha a juntarem-se a esta candidatura.

Biografia de Francisco Matos

Francisco Matos

rancisco Botelho Matos é o candidato do Bloco de Esquerda nas próximas eleições autárquicas à Assembleia Municipal. Reside em Caldas da Rainha desde 1986 e é natural de Lisboa. É professor de Educação Física desde 1999, sempre em escolas públicas, nas quais tem lutado pela dignificação social da profissão na sociedade. Nos últimos dezoito anos lecionou em diversas escolas desta região.

Em termos de atividade política é aderente deste partido desde 2013, tendo participado ativamente nas duas últimas campanhas autárquicas, bem como em diversos eventos nacionais. Nos últimos três anos é membro da Comissão Coordenadora Distrital do BE e tem lutado por defender e acarinhar as causas fraturantes no distrito, mas especialmente aquelas que lhe dizem respeito enquanto caldense.

Representando a cidade termal, tem pertencido a diversas coletividades, como atleta e treinador, das quais refere, pela mais longa ligação, o Sporting Clube das Caldas e a SIR “Os Pimpões”. Destaca, na sua carreira como atleta, os cerca de quinze anos no Voleibol (últimas três épocas a disputar a primeira divisão- série A2). Como técnico teve quase toda a sua carreira na formação de jovens atletas da cidade, maioritariamente no Voleibol mas também no Basquetebol. Como treinador-adjunto, representou o Sporting Clube das Caldas e a sua equipa de Voleibol na primeira divisão nacional na temporada 2016/17.

Intervenção de Francisco Matos

O meu nome é Francisco Botelho Matos. Sou natural de Lisboa e vim viver para as Caldas da Rainha em 1986, com dez anos de idade. Aqui estudei até ao ensino secundário, tendo depois feito o meu curso universitário em Lisboa. Assim que consegui trabalho nos arredores de Caldas da Rainha regressei a esta que é a minha cidade adotiva para me estabelecer definitivamente, residir, constituir família, e usufruir do dia a dia nesta cidade. 

Sou candidato à Assembleia Municipal de Caldas da Rainha em representação do Bloco de Esquerda, com o propósito de contribuir para a melhoria das condições de vida no nosso concelho. Pretendo debater ideias e apresentar propostas para novas soluções, nomeadamente em temas que podem até ser fraturantes, como o planeamento urbano, o número crescente de sem abrigo na cidade, com os problemas sociais inerentes a esta problemática, ou o regresso em pleno ao termalismo que sempre foi uma bandeira de Caldas da Rainha.

            A minha atividade política nos últimos oito anos, sempre ligada ao Bloco de Esquerda, deu-me a preparação necessária para representar o partido no órgão a que me candidato. Enquanto membro da Comissão Coordenadora Distrital do BE sempre abracei as causas distritais, mas em especial aquelas que nos dizem mais respeito, enquanto caldenses, de que são exemplo as dragagens da Lagoa de Óbidos, o Centro Hospitalar do Oeste ou a defesa da eletrificação integral da Linha do Oeste, que proporcionará viagens mais confortáveis e ecológicas para Lisboa e para norte.

            Quando for eleito para a Assembleia Municipal de Caldas da Rainha contribuirei para a discussão em busca de boas práticas e boas soluções, para os problemas do município, quer na cidade quer nas freguesias que compõem o concelho. Será com espírito democrático que abraçarei o cargo a que me candidato. Respeitarei, assim, o que a maioria dos membros da Assembleia Municipal decidirem, mas sempre com espírito crítico na discussão dos problemas que surjam e com abertura para ouvir as propostas dos outros partidos e procurar entendimentos naquilo que for mais correto e justo. Pretendo ser um membro da Assembleia Municipal facilitador da democracia e promotor de ideias concretas que visem sempre a melhoria do nosso concelho como um todo, sem nunca esquecer a parte rural que também o compõe.

            Já participei na Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, na substituição ocasional da deputada eleita pelo BE, o que me trouxe alguma experiência na área autárquica. Candidato-me, assim, convicto de que posso aliar a minha boa vontade com a experiência acumulada, o que me dá a segurança necessária para encarar com otimismo a candidatura à Assembleia Municipal das Caldas da Rainha.

Na participação num órgão colegial e alargado como é a Assembleia Municipal, onde participam todos os partidos mais votados e também os grupos de cidadãos, nas sessões abertas, dando a oportunidade de se ouvirem as mais diversas opiniões e levantarem problemas de toda a ordem, terei uma postura democrática e participativa, mas também crítica quando achar que haverá situações com as quais discordo.

Quero destacar algumas das propostas feitas pelo Bloco de Esquerda neste quadriénio: a transmissão on-line da Assembleia Municipal de Caldas da Rainha; a Moção “Por uma linha do oeste integralmente requalificada e funcional”; a atribuição automática da tarifa social da água e resíduos; a atribuição de verba a cada uma das duas Associações  de defesa dos animais de acordo com os gastos previstos pelas mesmas, tendo em conta o número de animais que as instalações que cada uma comporta; voto de repúdio pelos atos racistas no Futebol. 

Com esta candidatura proponho-me continuar o trabalho desenvolvido pelo partido, revelando motivação e empenho, assim como a noção plena de que este trabalho tem como objetivo final a garantia da melhoria da qualidade de vida dos munícipes deste concelho.

O compromisso que assumo quando for eleito será o de procurar detetar os problemas existentes no concelho e formular propostas que visem soluções que sejam boas para os munícipes.

Termino com um agradecimento especial aos meus camaradas do Bloco de Esquerda pela confiança que depositaram em mim quando me propuseram como candidato representante do partido a este importante órgão autárquico. 

    Fonte: DL|BE

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