Edição: 289

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/12/22

Análise de indicadores compara o primeiro semestre de 2019, 2020 e 2021

Centro Hospitalar de Leiria aumenta atividade e reduz lista de espera para cirurgias e consultas

Atividade assistencial do Centro Hospitalar de Leiria aumentou mesmo comparando com o período pré-pandemia

O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) diminuiu a lista de espera para cirurgia em 13,4% e para primeira consulta em 5,9%, e aumentou em 23,8% o número de cirurgias e em 34,3% o número de consultas realizadas no primeiro semestre de 2021, em comparação com o período homólogo de 2020. Face ao período pré-Covid, correspondente ao primeiro semestre de 2019, em 2021 verifica-se igualmente uma diminuição da lista de espera para cirurgia em 23%, estando a lista de espera para primeira consulta em linha com 2019, apenas com um ligeiro acréscimo de 0.6%. Comparativamente ao primeiro semestre de 2019, o CHL registou também um aumento em 14,4% do número de cirurgias e em 27,9% do número de consultas realizadas em 2021, em período homólogo.

«A análise de indicadores compara o primeiro semestre de 2021 com o de 2020, mas também com o primeiro semestre de 2019, anterior à pandemia, para termos uma clara perceção da retoma assistencial que temos vindo a concretizar, graças ao empenho dos nossos profissionais, porque falamos de um período deste ano que engloba a terceira vaga da Covid-19, que teve um impacto muito significativo no CHL nos primeiros meses. Há uma evolução positiva, que se revela crucial para os nossos utentes, já que nos permitiu dar resposta, mesmo em momentos conturbados da pandemia», destaca Licínio de Carvalho, presidente do Conselho de Administração do CHL.

O CHL reduziu 982 utentes na lista de espera para cirurgia, tendo registado a 30 de junho de 2021 6.349 utentes inscritos, em vez dos 7.331 verificados a 30 de junho de 2020, e o número de utentes inscritos com mais de 12 meses de espera para cirurgia ficou reduzido para 62, em comparação com os 341 na mesma data de 2020. Face ao primeiro semestre de 2019, também se verificou em 2021 uma redução de 1.900 utentes em lista de espera para cirurgia, e o número de utentes com mais de 12 meses de espera passou de 581 para 62, uma diminuição de 519 utentes.

Ainda no que respeita à lista de espera para cirurgia, o CHL registou no primeiro semestre de 2021 um aumento do cumprimento dos tempos máximos de resposta garantido (TMRG), com um acréscimo em 22,7% de utentes em espera dentro dos TMRG, que passou de 60,3% para 83%, face a igual período de 2020. Em 2021, comparativamente a 2019, o aumento do cumprimento dos TMRG foi de 18,7%, tendo passado de 64,7% para os 83%.

Relativamente às consultas externas referenciadas pelos Cuidados de Saúde Primários, o CHL regista igualmente uma redução com 12.867 utentes em espera, em detrimento de 13.677 registados no ano passado no mesmo período, o que revela que 79,5% dos utentes em 2021 estão dentro dos TMRG.

Fazendo o comparativo entre os dados de 2021 e de 2019, verifica-se que o número de utentes em espera no primeiro semestre de 2021 está em linha com o número verificado no período pré-pandemia, tendo passado de 12.794 para 12.867. A percentagem de utentes que estão dentro dos TMRG, aumentou em 23,5% entre 2019 e 2021. Os utentes inscritos para consulta com mais de 9 meses de espera também diminuíram entre junho de 2020, em que eram 2.524, e junho de 2021, em que se registaram 846. Porém, comparando junho de 2019 e junho de 2021, houve um aumento neste ano, com mais 270 doentes inscritos registados, face aos 576 em junho de 2019.

No final de junho de 2021, o CHL totalizou 206.984 consultas médicas e não médicas, das quais 65.026 foram primeiras consultas, em comparação com o primeiro semestre de 2020, em que o centro hospitalar totalizou 154.114 consultas, sendo 44.150 primeiras consultas, e com o primeiro semestre de 2019, em que foram registadas 149.147 consultas, das quais 45.033 eram primeiras consultas.

«No âmbito das cirurgias, conseguimos realizar quase 1.800 operações a mais neste primeiro semestre do ano, com um total de 8.983 cirurgias, face ao mesmo semestre do ano passado, em que concretizámos 7.253 cirurgias, e mais de 1.200 intervenções face a igual período de 2019», destaca Licínio de Carvalho.

«Aumentámos as cirurgias de ambulatório: de 5.098 realizadas em 2019, e de 4.872 registadas em 2020, passámos para 6.405 em 2021; e tivemos um ligeiro incremento nas cirurgias convencionais, com 2.381 em junho de 2020 e 2.578 em junho deste ano, em linha com as 2.598 registadas no primeiro semestre de 2019, antes da pandemia», acrescenta.

A análise realizada também foca os episódios registados nas diferentes Urgências do CHL. A afluência ao Serviço de Urgência Geral, excluindo os utentes admitidos na Área Dedicada a Doentes com suspeita de Infeção Respiratória (ADR-SU), mostra um decréscimo do primeiro semestre de 2019 e do primeiro semestre de 2020 para o primeiro semestre de 2021 nas três unidades hospitalares do CHL: o Hospital de Santo André (HSA) registou 54.891 episódios (2019), 42.446 episódios (2020) e 39.695 episódios (2021); o Hospital Distrital de Pombal (HDP) contou com 12.694 episódios (2019), 8.244 episódios (2020) e 7.065 episódios (2021); o Hospital de Alcobaça Bernardino Lopes de Oliveira (HABLO) verificou 12.386 episódios (2019), 8.592 episódios (2020) e 7.164 episódios (2021).

No HSA, a Urgência Pediátrica aumentou ligeiramente a sua afluência no primeiro semestre de 2021, com um total de 11.807 episódios face ao mesmo período de 2020, em que se registaram 11.749 episódios, embora muito abaixo dos 20.550 episódios registados em 2019.

A Urgência Ginecológica/Obstétrica, também localizada no HSA, teve uma diminuição na afluência nos primeiros seis meses de 2021 com 5.070 episódios, em detrimento de 5.286 episódios no mesmo período do ano passado, mas acima dos 6.496 episódios registados no primeiro semestre de 2019. A ADR-SU abriu no CHL a 3 de janeiro deste ano e registou, até 30 de junho, 7.260 episódios.

O CHL iniciou a atividade da Unidade de Hospitalização Domiciliária em junho de 2020, tendo registado no final desse ano a prestação de cuidados ao domicílio a 130 doentes. De janeiro a junho de 2021, cuidou de 228 doentes, tendo contribuído para este número o protocolo de colaboração com a Santa Casa da Misericórdia da Marinha Grande (SCMMG), entre 5 e 12 de fevereiro, que somou a utilização de 13 camas e 61 doentes tratados nessa instituição, permitindo nesse período uma lotação total de 18 camas.

A partir do mês de março, as camas da Unidade de Hospitalização Domiciliária no HSA passaram de cinco para 10. Quanto à atividade do Hospital de Dia, houve um acréscimo de 9,7% no primeiro semestre deste ano, com 10.066 episódios, face à mesma data de 2020, com 9.087 episódios.

Durante o primeiro semestre de 2021, no âmbito da colaboração com outros Centros Hospitalares, o CHL realizou 118 exames de cardiologia a utentes referenciados pelo Centro Hospitalar do Médio Tejo, Centro Hospitalar Cova da Beira, e Hospital Distrital Santarém, e 84 exames de pneumologia a utentes referenciados pelo Instituto Português de Oncologia de Coimbra e pelo Hospital Distrital de Santarém. Foram também intervencionados pelo Serviço de Oftalmologia do CHL sete utentes referenciados pelo Centro Hospitalar Tondela-Viseu.

Já no ano anterior, em igual período, foram realizados um total de 168 exames a utentes referenciados por outros Centros Hospitalares, sendo que 101 eram exames de cardiologia, prestados maioritariamente a utentes vindos do Centro Hospitalar do Médio Tejo, do Centro Hospitalar Cova da Beira e do Hospital Distrital Santarém. Os restantes 67 exames realizados neste contexto estavam afetos ao serviço de Pneumologia e foram prestados maioritariamente ao Instituto Português de Oncologia de Coimbra e ao Hospital Distrital Santarém.

Quanto ao número de doentes internados em 2021, o CHL registou um aumento de 4,6%, com 10.156 doentes, mais 448 relativamente ao primeiro semestre de 2020, embora, comparativamente a igual período de 2019, se tenha verificado em 2021 uma diminuição em cerca de 13,40% do número de doentes internados, que no período pré-covid, até junho de 2019, era de 11.726 doentes.

     Fonte: Midlandcom

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