Edição: 289

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/12/3

Elegendo um vereador, um presidente de Junta de Freguesia e mais um deputado

CDU considera históricas as últimas eleições autárquicas no concelho da Nazaré

João Delgado é o novo vereador da CDU

A CDU, no concelho da Nazaré, considera como históricas as últimas eleições autárquicas. Depois de 36 anos, a CDU volta a ter lugar no executivo municipal, aumentando para perto do dobro a percentagem de votos para a Câmara Municipal, relativamente às eleições de 2017.

De forma inédita, a CDU venceu na freguesia de Valado dos Frades com uma margem muito alargada para a segunda força mais votada, o PSD, e com mais do dobro dos votos em relação à candidatura do PS, que governou esta autarquia nos últimos 8 anos.

Para a Assembleia Municipal (AMN) também se registou uma subida muito significativa, com a CDU a conseguir mais um deputado eleito diretamente. Ficando agora a CDU a contar com 4 elementos no seu grupo político na AMN, uma vez que o presidente da Junta de Freguesia de Valado dos Frades é membro deste órgão por inerência.

Na Assembleia de Freguesia da Nazaré, a CDU continua a contar com um deputado, tendo-se também assistido a uma subida muito significativa da votação, facto que levou quase à eleição de um segundo deputado neste órgão.

A subida de votação para a Assembleia de Freguesia de Famalicão ainda não foi suficiente para eleger um deputado, que a CDU acredita ser possível já nas próximas eleições de 2025.

Para o Grupo de Trabalho da CDU da Nazaré, estes resultados só reforçam as suas responsabilidades e a necessidade de responder de forma afirmativa às expectativas e esperanças que as populações em si depositaram e, por isso, consideram que a sua grande missão é não defraudar quem acreditou no seu projeto político e no trabalho demonstrado.

No entanto, garantem, “o grupo que tem vindo a trabalhar há vários anos e os muitos que se foram juntando nos últimos tempos são a garantia de que não só não defraudaremos quem votou na CDU, como vamos produzir trabalho para que todos os que ainda não votaram nesta força política passem a fazê-lo. Continuaremos a trabalhar para demonstrar que somos quem melhor defende os seus interesses e a coesão do nosso território.”

A CDU afirma-se destacadamente como a terceira força política no poder local democrático, não só no país como no concelho da Nazaré, “rebatendo e desmontando todas as mistificações criadas e desejos escondidos de implosão eleitoral da CDU que, registe-se, no concelho da Nazaré foi a força política que mais cresceu em termos de votos e de mandatos.”

É ainda de assinalar nesta nota, a grande queda da massa eleitoral que o PS obteve, perdendo para a Câmara Municipal 29,68% dos votos (menos 1201 votos), e consequentemente um vereador, perdendo uma Junta de Freguesia (JFVF), bem como a maioria numérica na AMN.

Assim, a coligação PCP-PEV espera que “este PS saiba interpretar aquilo que as populações lhes quiseram mostrar e que só pode ter uma leitura: o fim da governação em roda-livre do PS, que geriu a autarquia de uma forma isolada, sem ouvir os seus munícipes, polarizando o debate, tentando diminuir as oposições e instalando um ambiente opressivo na comunidade. Em muito pouco contribuiu para resolver os problemas concretos do dia-a-dia dos seus cidadãos e em nada contribuiu para resolver os enormes desafios estratégicos que o nosso concelho encara.”

Segundo a CDU, “este ato eleitoral serviu também para desmontar lógicas de que campanhas despesistas, para além de serem uma afronta a quem vive do seu trabalho, servem para ganhar eleições. Como ficou claro, os colossais investimentos dos partidos que têm obtido maior expressão eleitoral neste concelho não conseguiram impedir quedas abruptas na votação como foi o caso do PS, nem garantir os objetivos traçados pelo PSD”, ao contrário da CDU que, “com uma campanha absolutamente modesta, mas com uma intervenção distintiva durante os quatro anos do mandato, conseguiu um feito histórico na democracia local.”

Outra nota importante prende-se com os níveis históricos de abstenção no concelho, nestas eleições foram (55,45%), o que, para a coligação PCP-PEV, “demonstra que quem tem governado o município não tem conseguido motivar as populações para a participação cívica e para o envolvimento nas decisões nos vários domínios da nossa vida coletiva. Basta dizer que relativamente à abstenção, e por comparação com a média nacional (46,3%), a diferença são mais de 9 pontos percentuais – o que é, de facto, muito preocupante.”

A CDU e os seus eleitos garantem que tudo farão para servir as populações durante os próximos quatro anos, denunciando aquilo que houver para denunciar e, fundamentalmente, propondo e executando políticas alternativas que possam ir ao encontro das necessidades dos trabalhadores e do povo deste território.

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