Edição: 288

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/11/21

Novo espaço da ESECS tem impressoras 3D, óculos de realidade virtual e robôs

Primeiro Laboratório de Pensamento Complexo em Portugal criado em Leiria para potenciar as aprendizagens

Laboratório foi inaugurado pela Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Politécnico de Leiria

É o primeiro Laboratório de Pensamento Complexo em Portugal e, através do recurso a tecnologia e inovação, como impressoras 3D, óculos de realidade virtual, robôs de programação e quadros de escrita, pretende ser um espaço para construção de ideias a partir de problemas, potenciando e incentivando o pensamento complexo da comunidade académica. O laboratório foi inaugurado pela Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Politécnico de Leiria na segunda-feira, 14 de março, dia do Pi, podendo vir a afirmar-se como um importante espaço para estudar e avaliar novos modelos de sala de aula.

«Pretendemos que, a partir de agora, comecem a ser dinamizadas algumas aulas neste espaço. Quem sabe não será um espaço com tanta procura que nos obrigue a repensar as salas de aula existentes e a transformá-las neste tipo de oferta. Estamos em crer, cada vez mais, que o ensino com os estudantes sentados em cadeiras virados para um professor não será o processo ótimo de ensino-aprendizagem. Nesse formativo, o grau de expositivo versus indutivo fica totalmente nas mãos do professor. Assim, agrupando disciplinas e tratando os assuntos através de diversos ângulos, cremos que os estudantes serão impelidos a um melhor processo pedagógico», afirma Pedro Morouço, diretor da ESECS.

O laboratório visa estimular os estudantes a desenvolverem uma estratégia de pensamento que não seja redutora nem totalizante, mas reflexiva, perante objetos multidimensionais, interativos e com componentes aleatórios, na linha do que é defendido pelo sociólogo Edgar Morin. «Promovendo a interdisciplinaridade, pretende-se edificar um espaço rico em interações com partilha e valorização do conhecimento. Cada vez mais a sociedade precisa disso», defende Pedro Morouço.

O espaço, sito no Bloco A da ESECS, conta com distintos equipamentos e recursos tecnológicos, à disposição de estudantes, docentes e técnicos. «Cada vez mais a tecnologia é inseparável da educação. Assim como o inverso também pode ser verdade. Nesse sentido, as potencialidades dos recursos que colocámos são inúmeras e atravessam todas as nossas áreas de formação. Quer no domínio da Educação, quer no domínio das Ciências Sociais, é fácil perceber as dinâmicas de grupo que podem ser criadas para, por exemplo, ultrapassar um desafio linguístico com recurso a tecnologia robotizada», exemplifica o diretor da ESECS.

«Decidimos chamar-lhe Laboratório de Pensamento Complexo, tentando ilustrar a importância de uma reforma de pensamento que segue em direção a um pensamento complexo e que concede assistência para uma interpretação da realidade de modo mais contextualizado. Quiçá, no futuro, todas as salas de aula da nova ESECS sejam assim. Queremos ir por partes, e vamos tentando perceber do que precisam. Quer os docentes, quer os estudantes. Como tal, o laboratório será sempre um espaço inacabado», afirma.

O laboratório será também um “embrião” para estender as suas potencialidades junto de outros atores, como entidades parceiras, estando já a ser avaliadas e idealizadas algumas atividades e iniciativas para potenciar o espaço. «Acreditamos que uma sociedade mais criativa é melhor… Logo, é nossa função contribuir para isso», conclui Pedro Morouço.

A inauguração teve lugar no dia do Pi, celebrado a 14 de março, que coincide com o Dia Internacional da Matemática e com a data de nascimento de Albert Einstein. Desta forma, antecedendo o descerrar da placa, teve lugar uma palestra no auditório da ESECS, proferida pelo professor Carlos Fiolhais, que, perante uma plateia composta por estudantes e docentes, falou sobre “Movidos pela Criatividade: ontem e hoje”, deixando rasgos evidentes da importância da curiosidade para o amanhã.

      Fonte: Midlandcom

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