Edição: 288

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/11/21

Iniciativa decorre em 15 concelhos do país

Batalha, Leiria, Torres Vedras e Tomar integram projeto “+ Acesso para Todos – Por Comunidades Mais Inclusivas”

João Paulo Pedrosa, Raul Castro e Joana Brogueira

Teve lugar no dia 21 de abril, na Sala de Sessões do Município da Batalha, a apresentação pública do  Projeto “+Acesso para Todos – Por Comunidades Mais Inclusivas” – iniciativa que se destina a sensibilizar para a necessidade de eliminar barreiras arquitectónicas em 15 concelhos do País. O referido projeto é desenvolvido pela Associação Salvador através da Candidatura Portugal Inovação Social. Na Região Centro, além da Batalha, participam os municípios de Leiria, Torres Vedras e Tomar.

Estiveram presentes na sessão, o presidente do Município da Batalha, Raul Castro; o diretor da Segurança Social de Leiria, João Paulo Pedrosa e a representante da Associação Salvador, Joana Brogueira.

O Município da Batalha é uma das 15 autarquias do país que integra este projeto inovador, que pretende tornar os territórios mais acessíveis, através da concretização de ações como a capacitação de jovens para esta temática, a realização de intervenções físicas que potenciem as acessibilidades e a criação de um Manual de normas de acessibilidades.

Para Raul Castro, esta iniciativa assume uma “importância significativa” e o que se “pretende é conseguirmos tornar os concelhos, as nossas urbes acessíveis para quem efetivamente tem dificuldades de mobilidade”.

O edil batalhense espera que “esta inclusão seja efetiva, vai demorar tempo, é um processo que se vai desenvolver mas esperamos que dentro de algum tempo possamos sentir algumas diferenças”, sendo que o “objetivo do município é continuar a abraçar projetos que nos permitam melhorar a qualidade de vida e o acesso das pessoas.”

Salvador Mendes de Almeida, presidente da Associação Salvador, que participou na sessão via on-line, referiu que o projeto “visa promover a inclusão das pessoas com deficiência motora na sociedade e melhorar a sua qualidade de vida, potenciando os seus talentos e sensibilizando para a igualdade de oportunidades”, uma vez que “ainda hoje sentimos muitas barreiras na nossa sociedade e nas cidades” e “não podemos esperar mais vinte anos para que as coisas mudem.”

Também Joana Brogueira garantiu que “nós não vivemos num país acessível” porque “mais de 70% das autarquias não têm planos de acessibilidades, não têm técnicos”, pelo que a Associação Salvador espera que “este projeto sirva de piloto para todas as autarquias a nível nacional”, para que “o tema das acessibilidades deixe de ser um tema”, sendo o objetivo final “uma melhoria de acessibilidades efetiva”.

Com o programa, a associação pretende contribuir para um país acessível e mais inclusivo, através de ações que vão ser desenvolvidas, ao longo do ano em 15 concelhos, a saber: Batalha, Leiria, Torres Vedras, Tomar, no Porto, Amarante, Maia, Gondomar, Guimarães, Santarém, Rio Maior, Grândola, Ourique, Almodôvar e Castro Verde.

A iniciativa será destinada às escolas, mas também à sociedade civil. Entre março e junho, decorrem ações de sensibilização dirigidas a docentes e não docentes das escolas e outras 25 ações para alunos. Assim, as turmas vão ser incentivadas a sair da sala de aula e a identificar pontos acessíveis a todos nos seus concelhos e registá-los numa aplicação disponível, explicou Joana Brogueira, responsável do projeto.

Entre março e dezembro estão previstas sete ações em cada concelho para a sociedade civil, envolvendo autarcas, empresas e associações locais, assim como a atribuição de um selo aos locais acessíveis. A iniciativa, apoiada pela organização Portugal Inovação Social, é financiada por fundos comunitários do Programa Operacional para a Inclusão Social e Emprego.

Mónica Alexandre

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