Edição: 288

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/11/23

Ministro este presente na assinatura do auto de consignação da empreitada

Modernização da Linha do Oeste entre Torres Vedras e Caldas da Rainha vai arrancar

Pedro Nuno Santos

Foi assinado esta terça-feira, dia 28 de junho, na Estação Ferroviária de Caldas da Rainha, o auto de consignação que dá início à empreitada de Modernização do troço da Linha do Oeste entre Torres Vedras e Caldas da Rainha. A empreitada é desenvolvida no âmbito do programa de expansão e modernização da Rede Ferroviária Nacional, Ferrovia 2020, e representa um investimento de 38,4 milhões de euros, comparticipado com fundos da União Europeia no âmbito do COMPETE 2020, tendo a obra uma duração prevista de 22 meses.

Estiveram presentes na cerimónia de assinatura do auto de consignação, o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos; o vice-presidente da IP – Infra Estruturas de Portugal, Carlos Fernandes; o presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, Vítor Marques e Bernardo Teixeira, representante do consórcio Ramalho Rosa Cobetar, Sociedade de Cosntruções, S.A./FCC Construciõn, S.A./Contratas Y Ventas, S.A.U., que irá executar a obra, entre outros representantes de entidades da região.

Segundo a IP, o investimento na modernização da Linha do Oeste entre Meleças e Caldas da Rainha tem como principais objetivos o reforço da capacidade e eficiência do serviço de transporte ferroviário, através da melhoria dos níveis de disponibilidade e da redução dos tempos de percurso. A primeira fase da obra já se encontra em andamento com a eletrificação e modernização do troço entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras, no valor de 61,5 milhões de euros, e a segunda fase, que se inicia agora, no valor de 38,4 milhões de euros, visa a modernização e eletrificação do troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha.

Carlos Fernandes

A empreitada de modernização da Linha do Oeste entre Torres Vedras e Caldas da Rainha consiste na eletrificação integral do troço e modernização da via numa extensão de 44 quilómetros, envolvendo igualmente a execução dos seguintes trabalhos: renovação pontual e retificação do traçado de via; construção de um novo traçado, variante à via existente em cerca de dois quilómetros, na freguesia de Campelos e Outeiro da Cabeça, concelho de Torres Vedras com o intuito de potenciar a circulação de comboios convencionais à velocidade de 140km/h.

A reabilitação dos edifícios e condições de acessibilidade em cinco estações (Torres Vedras, Ramalhal, Outeiro, Bombarral e Caldas da Rainha) e quatro apeadeiros (Paul, São Mamede, Dagorda e Óbidos), com a criação de acessos para pessoas com mobilidade condicionada às plataformas de passageiros e alteamento das plataformas de modo a facilitar a entrada e saída do comboio.

A construção de uma nova linha no Apeadeiro de São Mamede passando este a Estação Ferroviária; o reforço da Segurança Rodoviária e Ferroviária com a supressão de quatro Passagens de Nível e a automatização das restantes; a melhoria das condições de atravessamento rodoviário através da construção de quatro passagens desniveladas ao caminho-de-ferro, situadas nos concelhos de Torres Vedras (freguesia do Ramalhal e freguesia de Campelos e Outeiro da Cabeça) e Óbidos (freguesia de Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa), são alguns das obras previstas na empreitada.

Vítor Marques

Segundo Carlos Fernandes esta empreitada de modernização da Linha do Oeste “possibilitará a redução do tempo de viagem entre Caldas da Rainha–Lisboa e Torres Vedras–Lisboa em cerca de 30 minutos” e vai “permitir o aumento da oferta, das atuais 16 circulações para 48 (2 sentidos) no troço a sul das Caldas da Rainha”.

O vice-presidente da IP referiu também que no troço compreendido entre Torres Vedras e Caldas da Rainha estão previstas interdições de circulação de oito horas durante a noite e oito interdições alargadas de fim de semana, com 57 horas de duração, ou seja, oito fins de semana.

Carlos Fernandes admitiu que a IP pondera negociar o encerramento da linha entre Caldas da Rainha e Torres Vedras na mesma altura do encerramento entre Malveira e Torres Vedras, o que irá permitir “otimizar meios e antecipar a conclusão da obra”, frisou.

Vítor Marques, presidente Câmara Municipal de Caldas da Rainha, mostrou-se satisfeito com a assinatura do auto de consignação do troço Torres Vedras – Caldas da Rainha, lembrando as vicissitudes na execução da obra e apelando aos intervenientes que seja feito um esforço colectivo para “recuperarmos o tempo perdido e concretizarmos um velho anseio das populações de modernização da Linha do Oeste”.

Conferência de imprensa decorreu na Estação da CP

O autarca lembrou também os presentes que além desta modernização da Linha do Oeste até Caldas da Rainha devem também ser desenvolvidas diligências para a continuidade da modernização da Linha até Coimbra/Figueira da Foz, bem como haver “a preocupação de remodelação de estações e apeadeiros” e a “necessidade de promover o planeamento e a operacionalização da intermodalidade em transportes públicos, junto das estações ferroviárias” para que “funcionem interfaces rodoferroviários nos horários de chegada/partida das composições”, realçou.

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, admitiu que “é difícil de compreender como foram tantas as décadas em que nós deixámos de investir na ferrovia, encerrámos linhas e nos focámos quase exclusivamente na rodovia”, garantindo que a Linha do Oeste “já não está ao abandono e ao esquecimento”.

Segundo Pedro Nuno Santos, este investimento irá pôr fim “aos atrasos na linha que não são de meses, nem de anos, são de décadas”, garantindo que o próximo ciclo Ferrovia 2030, contempla a modernização da ferrovia até ao Louriçal.

O ministro Pedro Nuno Santos, afiançou que a região Oeste e o distrito de Leiria “beneficiará de um dos maiores investimentos ferroviários que o país já alguma vez já conheceu”.

      Mónica Alexandre

Comentários:

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Antonio

e quando acaba estes trabalhos que tanta poeiras e fendas nas casas vem

gestor ribeiro

mais vale tarde do que nunca, a modernizaçao da ferrovia do oeste até leiria e uma ligaçao da malveira a loures é de grande importancia e nao é muito despendiosa depois de eletrificada, podendo ainda os trains serem preparados com intercambiadores, para a linha europeia 1.4, importa no entanto salientar que os construtores dos trains, de preferencia nacionais ou com empresas conceituadas, quer a siemens a alstom, a hitachi a talgo ou a suiça, possam em qualquer momento fazer transformaçoes, para velocidades de 160km, para as vias mais antigas e de 220 a 250km/h ou mais para as vias mais modernas. a construir e evitando muitas curvas.