Edição: 288

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/11/21

Sindicato de Médicos da Zona Sul alerta para falta de médicos de Medicina Interna

Urgências do Hospital de Santarém voltaram a estar novamente em rutura

Hospital Distrital de Santarém

O Hospital Distrital de Santarém pediu o desvio de ambulâncias com doentes urgentes de Medicina Interna entre as 21h00 do último domingo, 5 de fevereiro, e as 09h00 de segunda-feira, 6 de fevereiro, devido a constrangimentos neste serviço, denuncia o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS).

Os doentes que se deslocaram ao Hospital pelos seus próprios meios foram atendidos, mas foi feito o pedido ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) que ocorresse o desvio de ambulâncias para outros hospitais.

O SMZS alerta que as dificuldades existentes no Hospital de Santarém são cada vez maiores, nomeadamente no que toca à especialidade de Medicina Interna. O concurso de colocação de médicos no internato de Formação Especializada em Medicina Interna, no Hospital de Santarém, para o ano de 2023, ficou deserto. Realidade agravada pela saída de médicos desta especialidade do Hospital.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) – que o Sindicato dos Médicos da Zona Sul integra – tem apresentado um conjunto de propostas concretas ao Ministério da Saúde, na mesa de negociação, para reter médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente: revisão das grelhas salariais (os médicos perderam 20% do poder de compra no século XXI, aproximadamente), o retorno do regime de dedicação exclusiva, opcional e majorada; a redução do horário base semanal para as 35 horas, entre outras.

Além disso, “urge devolver a democracia aos serviços, nomeadamente através da eleição interpares dos cargos de direção ou coordenação de natureza técnico-científica, baseados em processos transparentes, democráticos e mediante respeito pela carreira médica, apresentação de curriculum e programa.”

O Governo tem tardado em implementar as soluções necessárias para salvar o SNS. A FNAM e o SMZS asseguram que não deixarão de as defender, pois não deixarão de defender o SNS.

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