Edição: 289

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/12/3

Empresa de Porto de Mós avança para a última fase de construção do ITER

Blocotelha participa no maior projeto mundial de energia de fusão nuclear

Estrutura da Blocotelha no ITER

A Blocotelha foi uma das empresas portuguesas subcontratadas para fazer parte da construção do ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor), considerado o maior projeto mundial de energia de fusão nuclear.

A empresa de Porto de Mós, uma referência europeia em construções metálicas, anuncia a entrada na que será a última fase da sua participação no projeto de construção do ITER, que consiste na finalização dos edifícios pelos quais a empresa está responsável (B71, B75, B34 e B37) e das pontes Cryoline, Busbar M1 e Busbar M2, estando prevista a sua conclusão antes do final do ano.

O projeto, que teve início em 2020 para a empresa de Porto de Mós, foi adjudicado por um valor superior a 15 milhões de euros e tem previsto o fornecimento e montagem de mais de 2.000 toneladas de estruturas metálicas, 11.000 m2 de coberturas e 17.000m2 de revestimentos.

O ITER está a ser construído no sul de França, concretamente em Saint-Paul-lès-Durance, com a colaboração de 35 países. O projeto visa a construção do maior Tokamak do mundo, um dispositivo de fusão magnética criado para provar a viabilidade da fusão como uma fonte de energia em grande escala e livre de carbono, com base no mesmo princípio que alimenta as estrelas e o Sol.

Sofia Filipe

Enquanto parceira do consórcio europeu, a Blocotelha tem 20 profissionais alocados ao projeto com a responsabilidade de fornecimento e montagem das estruturas metálicas, revestimentos e coberturas dos quatro edifícios (B71, B75, B34 e B37) e das três pontes (Cryoline, Busbar M1 e Busbar M2). Depois de praticamente concluída a montagem da estrutura metálica dos edifícios, e com mais de 70% dos revestimentos colocados, serão iniciados os trabalhos de elevação da última ponte (Busbar M2) ao mesmo tempo que são finalizadas as restantes, já elevadas.

Sofia Filipe, responsável de Qualidade e Coordenadora de Soldadura na Blocotelha, comenta: “A construção do ITER apresenta diversos desafios técnicos significativos, inerentes à complexidade do projeto e aos requisitos envolvidos na criação de uma instalação de fusão nuclear. A construção de uma instalação tão complexa requer planeamento detalhado, coordenação eficiente entre equipas multidisciplinares e resolução de problemas em tempo real. O ITER é um projeto de grande escala, uma obra que se distingue pela grande exigência ao nível da qualidade e da segurança”.

“O projeto ITER apresenta-se, e é na realidade, um grande desafio. Mas, ao mesmo tempo, é muito gratificante podermos contribuir e colaborar com peritos de todo o mundo, num projeto com impacto tão significativo no futuro da energia e no mundo”, acrescenta Erico Ferraria, Chief Commercial Officer, Blocotelha.

Desenvolvido pela primeira vez no final dos anos 1950, o Tokamak foi adotado em todo o mundo como a configuração mais promissora do dispositivo de fusão magnética. O ITER será o maior tokamak do mundo, com o dobro do tamanho da maior máquina atualmente em operação, com um volume da câmara de plasma dez vezes maior. A Europa é responsável pela maior parcela dos custos de construção do ITER (45,6%), estando o restante dividido igualmente por China, Índia, Japão, Coreia do Sul, Rússia e Estados Unidos.

     Sobre a Blocotelha

Fundada em 1976, a Blocotelha é uma das empresas que compõem a holding Mekkin SGPS. Com sede em Porto de Mós, Leiria, a Blocotelha é atualmente um dos principais players na Europa em construção, oferecendo soluções de alta tecnologia para construções metálicas, coberturas, fachadas e revestimentos, numa ampla gama de indústrias, sendo as principais: Industrial, Infraestruturas, Logística, Nuclear, Ambiente, Escritórios e Habitações. Com projetos realizados em vários países, a Blocotelha tem 3 fábricas em Portugal, 1 fábrica em Marrocos, e sucursais no Reino Unido, França e Argélia.

Saiba mais em: https://www.blocotelha.com/

      Fonte: BBConsulting

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