Com um financiamento de 1,47 milhões de euros do Erasmus+
Projeto para academia europeia de formação de professores em inovação social e educação democrática já foi aprovada
2025-01-10 00:19:54
A Universidade Europeia – Regional University Network (RUN-EU), coliderada pelo Instituto Politécnico de Leiria, conquistou um financiamento de 1,47 milhões de euros do programa Erasmus+, para a implementação do projeto ‘EU-SIDE – Academia Europeia de Professores de Inovação Social e Educação Democrática’, que visa a promoção da inovação social e da transformação digital e ecológica através da formação de docentes dos ensinos primário, secundário e profissional. O projeto, que envolve 31 instituições de seis países europeus, está previsto arrancar no início de 2025, decorrendo até ao início de 2028.
O EU-SIDE foi submetido pela RUN-EU no âmbito do convite para a apresentação de candidaturas ao programa ‘Erasmus+ Teacher Academies’, em que apenas 14% dos projetos tiveram financiamento aprovado em 2024.
“É de realçar e enaltecer que a candidatura da RUN-EU recebeu uma boa avaliação e foi aprovada não só em virtude do trabalho que nos propomos realizar nestas regiões periféricas, mas também pela cooperação geográfica, pelo número de entidades envolvidas e pelas metodologias pedagógicas que serão utilizadas neste projeto de inovação social inter-relacionado com os valores europeus, o pensamento crítico e o compromisso com a sociedade nas áreas da inclusão, integração, bem-estar e saúde, sustentabilidade e digitalização”, destaca Carlos Rabadão, presidente do Politécnico de Leiria.
O projeto é coordenado pela Universidade de Burgos (Espanha), em conjunto com o Politécnico de Leiria (Portugal), Häme University of Applied Sciences (Finlândia), NHL Stenden University of Applied Sciences (Países Baixos), Howest University of Applied Sciences (Bélgica), Technological University of the Shannon (Irlanda), Politécnico do Cávado e Ave (Portugal), e ainda o Agrupamento de Escolas Henrique Sommer (Portugal) e o Centro de Formação de Professores e Inovação Educativa de Burgos (Espanha). O consórcio conta igualmente com 21 parceiros associados do setor da educação, num total de 31 instituições envolvidas de seis países europeus.
“Queremos chegar junto dos professores para que os mesmos, na sua atividade profissional e nas aulas, possam dar uma resposta capaz às dimensões da inovação social e da educação democrática”, começa por explicar Pedro Morouço, diretor da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Politécnico de Leiria e responsável pela área de disseminação do projeto.
O EU-SIDE visa promover as regiões em que cada membro da RUN-EU e cada parceiro estão inseridos, através da formação de, pelo menos, 1.000 professores dos seis países europeus, através de oportunidades de aprendizagem internacionais (virtuais, físicas e híbridas) e mobilidades presenciais, com diferentes formatos: Programas Avançados de Curta Duração, Programas Intensivos Combinados e Cursos Online Abertos e Massivos, seguindo uma abordagem de investigação baseada na conceção, que permita promover a inovação social e os valores europeus, e criar sinergias e redes de colaboração entre os participantes e as suas partes interessadas.
“O mínimo que estabelecemos é a formação de 1.000 professores nos seis países, no entanto, estamos confiantes que vamos chegar muito mais além. É uma temática que claramente captará o interesse de muitas escolas e professores. A partir do momento em que o projeto estiver ativo e começarmos a divulgá-lo, creio que muitos profissionais e responsáveis, como diretores de escolas, vão reconhecer a importância de se associarem ao mesmo”, refere Pedro Morouço.
A primeira etapa do projeto consiste na delineação e construção dos conteúdos pedagógicos, nomeadamente através da revisão de literatura e do contacto com stakeholders internacionais e outros projetos relacionados com as temáticas da inovação social e da educação democrática.
“Em seguida vamos criar iniciativas-piloto que darão indicações importantes para analisarmos a efetividade da prática que estamos a aplicar, com o intuito de otimizar e melhorar o processo, até chegarmos a uma etapa de larga escala e aplicação no terreno das estratégias identificadas como as melhores práticas, para levarmos a cabo a formação dos professores”, explica o diretor da ESECS do Politécnico de Leiria, adiantando estar previsto que as primeiras atividades junto dos professores tenham início no segundo ano do projeto (2026).
De acordo com Pedro Morouço, o objetivo é que, após seis meses das primeiras atividades, o projeto possa ser aplicado numa maior escala. “O terceiro ano (2027) será aquele em que o projeto estará a funcionar em pleno nas 31 instituições envolvidas, e quem sabe ainda além destas 31. Por fim, teremos uma etapa fundamental e um dos nossos grandes objetivos, que é analisarmos todo o impacto do projeto e sermos parte interveniente nas recomendações públicas daquilo que são as diretrizes emanadas pelos diferentes países para o ensino destas temáticas.”
Fonte: On-It!
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