Depois do Portugal Fresh e da VI Gala Viva Frutas e Legumes de Portugal, realizados no novo Panorama – Multiusos de Alcobaça no dia 14 de fevereiro, a fruticultura continua em grande destaque em Alcobaça, com mais dois eventos internacionais realizados esta sexta-feira, dia 27 de fevereiro.

De manhã, nas instalações do INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, realizou-se a Conferência sobre Inovação em Fruticultura, acolhendo 3 especialistas de renome internacional, oriundos do Chile, Itália e Espanha, numa sessão dedicada aos mais recentes avanços nas tecnologias de produção.

Esta tarde, esteve reunido no Your Hotel & Spa, o Grupo de Trabalho do EUFRIN (European Fruit Research Institutes Network – Rede Europeia de Centros de Investigação na Área da Fruta). A sessão foi dedicada à prática da monda e reuniu empresas, investigadores e professores universitários oriundos de 12 países: Espanha, França, Bélgica, Itália, Alemanha, Eslovénia, Polónia, Chéquia, Israel, África do Sul, Chile, Grã-Bretanha.

A sessão de abertura do EUFRIN contou com a presença do vice-presidente e vereador do Pelouro da Agricultura, Paulo Mateus, que deu as boas-vindas aos mais de 40 participantes: “a vossa presença aqui em Alcobaça enche-nos de muito orgulho e é um sinal do nosso crescimento enquanto referência internacional na área da fruticultura. Transformar o setor numa marca do nosso território tem sido uma das prioridades, trabalhando sempre em parceria com todos os agentes locais. Não foi fácil chegar a este patamar de excelência. Mas, hoje em dia, podemos afirmar que em Portugal quando se fala de Maçã fala-se de Alcobaça.”

Paulo Mateus frisou também o contributo da Maçã de Alcobaça e da Pera Rocha do Oeste para o aumento da produtividade agrícola a nível nacional, com recurso aos números mais recentes: “a Maçã de Alcobaça é uma das marcas agrícolas de maior sucesso a nível nacional e com índices de exportação notáveis, cerca de 15% de toda a sua produção, o que representa sensivelmente 10 milhões de quilos destinados, maioritariamente, ao Brasil, Espanha e mercados árabes. Em média, a Maçã de Alcobaça fatura 60 milhões de euros anuais numa produção de 60 milhões de quilos.”

“Outra das grandes marcas da nossa fruticultura, é a Pera Rocha do Oeste, com uma produção total de cerca de 115 mil toneladas, da qual 60% é para exportação. Em 2023, as exportações geraram receitas anuais na ordem dos 85 milhões de euros. Os seus principais destinos de exportação são Brasil, Europa e Marrocos”, acrescentou.

“A pujança da nossa agricultura contribui seguramente para os excelentes resultados que o setor tem registado a nível nacional. Os dados mais recentes do INE refletem um aumento de quase 15% na produtividade em 2024. São dados bastante animadores e que refletem também todo o desenvolvimento tecnológico e humano que agricultura tem vindo a beneficiar”, concluiu

O Prof. Dr. Guglielmo Costa, coordenador do Grupo de Trabalho do EUFRIN, agradeceu “toda a gentileza do Município de Alcobaça no apoio dado a esta iniciativa e a este grupo de trabalho dedicado ao desenvolvimento de novas técnicas químicas, mecânicas e manuais da monda.”

     Sobre o EUFRIN

EUFRIN é uma organização informal e voluntária de departamentos universitários e institutos de pesquisa especializados na investigação, desenvolvimento e extensão em culturas frutíferas temperadas baseadas em países da União Europeia, Suíça e Europa Oriental.

Formalmente criada em 1993, realizou a sua primeira reunião no mesmo ano em Bona na qual participaram representantes da Alemanha, França, Países Baixos, Reino Unido, Suíça, Bélgica, Dinamarca, Grécia e Itália. Desde então, muitos mais países foram convidados e aderiram à EUFRIN. O número atual de países representados é de 22 (membros e participantes na EUFRIN).

Fonte: GCRP|CMA