José Carlos Marques tomou posse como diretor da ESECS do Politécnico de Leiria
Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria espera abrir cursos de doutoramento
2025-05-10 17:57:42

José Carlos Marques
“A excelente avaliação obtida por duas das unidades de investigação integradas pela Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) – o CICS.NOVA e o CIDESD – permite que os cursos de doutoramento submetidos recentemente possam, sem reservas, ser apreciados pela Agência Nacional de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior. Estamos esperançados que, em resultado do nosso labor investigativo, brevemente tenhamos a oportunidade de oferecer cursos de doutoramento nas áreas em que, reconhecidamente, detemos o capital humano necessário para o efeito”, afirmou José Carlos Marques, durante a cerimónia de tomada de posse como diretor da ESECS do Politécnico de Leiria, realizada no dia 7 de maio, em Leiria.
A avaliação atribuída pela Fundação para a Ciência e Tecnologia às duas unidades de investigação integradas pela ESECS e a submissão dos processos de criação e acreditação de dois doutoramentos, nas áreas da Mediação Intercultural e Intervenção Social e Atividade Física e Bem-Estar, foram também destacados por Pedro Assunção, vice-presidente do Politécnico de Leiria, que defendeu tratar-se de uma demonstração do “compromisso da Escola em aprofundar as suas atividades de formação e investigação, esperando-se a consolidação da sua oferta de formação graduada e pós-graduada, nomeadamente com a outorga do grau de doutoramento”.
Ainda na área da investigação, o novo diretor da ESECS afirmou que se “avizinham desafios”, sendo o principal o de “manter o nível de investigação que permita continuar a contribuir para, pelo menos, manter a qualidade alcançada. Para isso, é necessário encontrar recursos, quer humanos, quer financeiros, quer de tempo”.
“Quanto ao ensino, a oferta formativa encontra-se neste momento suficientemente consolidada. Espero que a ESECS, acredito que futuramente Escola Universitária de Educação e Ciências Sociais, seja um espaço de contínua reflexão, um campo de experimentação, um laboratório no sentido mais amplo do termo. Um lugar em que seja possível ensaiar novas ideias e outras formas de proceder”, afirmou José Carlos Marques, desejando ainda ser um espaço em que “a ação não seja refreada por constrangimentos orçamentais, como os evidentes na lei de financiamento do ensino superior, que em muito penalizam a atividade e que obrigam a esforços de ajustamento”.
Outro dos desafios mencionados foi o das infraestruturas, com José Carlos Marques a considerar que a Escola está a “atingir os seus limites”. “O aumento do número de formações que a ESECS oferece e o número de estudantes que acolhe, já absorveu os recursos de espaço disponíveis. É, por isso, urgente aumentar as infraestruturas.”

Cristóvão Margarido, Carlos Rabadão, José Carlos Marques, Pedro Assunção e Diana Aguiar Santo
“O espaço físico em que a ESECS desenvolve a sua atividade merece estar em conformidade com a qualidade das nossas práticas letivas, com a investigação que fazemos e com a colaboração que mantemos com a sociedade em que nos inserimos”, salientou o novo diretor da ESECS, que nomeou como subdiretores os professores Cristóvão Margarido e Diana Aguiar Santos.
O tema das infraestruturas da ESECS foi também abordado pelo vice-presidente Pedro Assunção, que referiu as obras de melhoria que estão a ser realizadas no atual edifício da ESECS e no campus, nomeadamente através da substituição do revestimento em fibrocimento.
“Pretende-se proporcionar à ESECS um espaço mais moderno e seguro, adaptado às atuais necessidades, disponibilizando maior conforto para todos os seus utilizadores. A obra encontra-se a decorrer a bom ritmo, pelo que, dentro de poucos meses, poderemos regressar ao normal funcionamento da Escola”, assegurou Pedro Assunção, adiantando ainda que a instituição está a aguardar a autorização final, por parte da tutela, para avançar com a empreitada de construção da nova ESECS, no terreno da Prisão-Escola, próximo do Campus 2 do Politécnico de Leiria.
Segundo o vice-presidente, “a construção da nova ESECS será um passo muito importante e estratégico para o Politécnico de Leiria, permitindo o crescimento e expansão desta Escola. Será uma nova etapa para a instituição já que, ao aproximar-se a ESECS das restantes Escolas em Leiria, constituirá igualmente o caminho para o desenvolvimento de um novo campus universitário na cidade”.
A cerimónia contou também com a intervenção da diretora interina cessante, que afirmou terem sido quatro anos de “crescimento, concretizações e afirmação da ESECS, tanto na comunidade académica, como na região”.
“Ao longo destes quatro anos procurámos construir uma ESECS mais coesa, participativa e alinhada com os grandes desafios contemporâneos da educação e das ciências sociais. Definimos como eixos estruturantes a qualificação do trabalho pedagógico, a valorização da investigação aplicada, a consolidação das relações com a comunidade e a promoção de uma cultura de colaboração institucional”, destacou Dina Tavares, afirmando estar “certa que a Escola continuará em boas mãos e a ser uma referência nacional e internacionalmente”.
Também a presidente do Conselho de Representantes da ESECS, que agradeceu o trabalho da direção cessante, realçou tratar-se de um “momento de grande simbolismo, que marca o início de um novo ciclo e a renovação do compromisso assumido enquanto comunidade académica”.
Afirmando que o novo diretor da ESECS é uma “pessoa que conhece profundamente esta casa”, sendo “conhecido e reconhecido internacionalmente”, Ana Vieira sublinhou que a função é assumida num “momento especialmente relevante para o futuro do Politécnico de Leiria, em particular pelo pedido formal submetido recentemente ao Governo para a transformação do instituto em universidade”. “A concretização deste objetivo trará novas responsabilidades, mas também novas possibilidades, e a ESECS terá certamente um papel ainda mais central na afirmação da futura universidade.”
Fonte: On-It!
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