Na manhã de 7 de agosto, a sede da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM) foi palco de um momento simbólico: a primeira colheita de hortícolas da horta vertical urbana ali instalada. O evento contou com a presença dos presidentes dos municípios da região, assinalando o arranque oficial de uma iniciativa que alia sustentabilidade, inovação tecnológica e compromisso com as pessoas.

As cinco torres aeropónicas da Up Farming, com capacidade para 44 plantas, foram cuidadosamente preparadas ao longo das últimas semanas. Este sistema inovador permite cultivar hortícolas frescos sem recurso a solo, sem pesticidas e com um consumo mínimo de água, representando uma abordagem sustentável e eficiente à produção alimentar em contexto urbano. Os produtos colhidos foram distribuídos internamente, numa prática que se pretende manter de forma regular e sustentável, promovendo a consciencialização ambiental.

“Estamos a colher muito mais do que hortícolas. Estamos a colher um novo paradigma de atuação pública, em que damos o exemplo, otimizamos recursos e envolvemos as pessoas em soluções concretas para um futuro mais sustentável”, afirmou Paulo Simões, secretário executivo da OesteCIM.

O projeto “Hortas Verticais” insere-se na 2ª edição do Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular da Região Centro, iniciativa à qual a OesteCIM aderiu como entidade signatária. Alinhado com os princípios da economia circular, o projeto promove uma lógica de produção local – de quilómetro zero – sem necessidade de transporte, embalagens ou armazenamento. Tudo o que é colhido é consumido a nível local, garantindo uma pegada carbónica praticamente neutra.

“Acreditamos que é possível transformar pequenos gestos em grandes mudanças culturais. Este projeto é uma semente para isso: envolve tecnologia, respeito pelos recursos naturais e responsabilidade social”, destacou ainda Paulo Simões.

Mais do que uma infraestrutura agrícola inovadora, as hortas verticais afirmam-se como uma ferramenta pedagógica e um ponto de encontro entre inovação e cidadania ativa. Neste sentido, a OesteCIM pretende dinamizar workshops sobre literacia alimentar, promovendo a partilha de conhecimentos e a consciencialização para o valor do alimento e da sustentabilidade no dia a dia.

Este é apenas o início de um compromisso mais amplo por um território inteligente, sustentável e inclusivo, onde as pessoas estão no centro da governação e as boas práticas ambientais caminham lado a lado com a inovação e a proximidade. Com esta iniciativa, a OesteCIM reafirma o seu papel enquanto motor de mudança, impulsionando comunidades mais verdes, resilientes e conscientes.

   Fonte; OesteCIM