A Associação Asteriscos, com sede na antiga Escola Primária de Marvila, e a cooperativa FloresSer, anunciaram, no dia 11 de setembro, uma parceria estratégica para a reabertura daquele espaço icónico da freguesia da Barreira, no concelho de Leiria, a alunos do 1.º ciclo, a partir desta semana. O projeto visa devolver a função original a um edifício histórico, transformando-o num polo de educação inovadora e focada na comunidade.

Desde 2019, a Associação Asteriscos, entidade com estatuto de utilidade pública, tem dinamizado a Escola Primária de Marvila com projetos culturais, desportivos e sociais, como o clube de jogos de tabuleiro Boardgamers de Leiria, o clube de desportos de combate e rugby Lobos de Leiria e o projeto de danças multiculturais Danças de Segunda. Agora, a instituição une-se à cooperativa FloresSer, conhecida pela sua abordagem ao ensino e à solidariedade social, para dar um novo e significativo passo na sua missão.

Raul Testa, presidente da Associação Asteriscos, salienta o papel fundamental da educação na sociedade. “Reabrir escolas é a melhor garantia da mobilidade social e a única forma sustentável de formar melhores cidadãos”, afirma. “A educação não é apenas a transmissão de conhecimento; é a semente do espírito crítico e científico, do civismo e da capacidade de sonhar. Trazer a educação e crianças de volta a este espaço com o objetivo de formar melhores cidadãos é o pináculo de todo o nosso trabalho na Asteriscos e um investimento direto no futuro da comunidade de Marvila, da Barreira e do concelho de Leiria.”

O projeto educativo, que será gerido pela cooperativa FloresSer, terá um modelo pedagógico alinhado com a sua filosofia cooperativa e solidária. Ana Ines, presidente da FloresSer, explica a visão por detrás do projeto: “A nossa filosofia é a de FloresSer em comunidade, onde cada criança é vista como um ser integral em crescimento, interligado com a natureza e com os outros. A escola será um espaço de aprendizagem colaborativa, onde o currículo formal se funde com atividades de expressão artística, contacto com a natureza e desenvolvimento de competências sociais e emocionais. Queremos que as crianças aprendam a ser cidadãos ativos e conscientes, capazes de transformar o mundo à sua volta.”

A reabertura da Escola Primária de Marvila representa não só a recuperação de um património, mas também a afirmação de um novo modelo de educação, baseado na cooperação e no desenvolvimento integral dos mais novos.