Edição: 300

Diretor: Mário Lopes

Data: 2025/11/15

45.º aniversário viu formalização do pedido de conversão em Universidade

Politécnico de Leiria aumenta número de alunos e alcança os 15 mil estudantes matriculados

Ministra da Educação, Ciência e Inovação. Fernando Alexandre

Entre os vários ciclos de estudos de licenciaturas, mestrados, doutoramentos e cursos técnicos superiores profissionais, o Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) tem já matriculados 5.125 novos estudantes, mais 340 estudantes que no ano letivo anterior, perspetivando-se que alcance, este ano, os 15 mil estudantes. Os números foram revelados no dia 5 de novembro, pelo presidente do IPLeiria, Carlos Rabadão, durante a sessão solene de abertura do ano académico 2025/2026, que assinalou também o 45.° aniversário da instituição, e que contou com a presença do ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre.

“Este ano, recebemos o maior número de novos estudantes de sempre no Politécnico de Leiria, num sinal inequívoco da confiança que a sociedade deposita na qualidade da formação que aqui ministramos”, afirmou Carlos Rabadão.

Recordando a formalização, em abril deste ano, do pedido de transformação do Politécnico de Leiria em Universidade de Leiria e Oeste, Carlos Rabadão salientou que se tratará de uma “universidade pública, fortemente ancorada no território, orientada para o desenvolvimento regional e com uma clara vocação internacional”.

“A futura Universidade representará muito mais do que uma mudança de designação: será o reconhecimento da maturidade, da qualidade e da capacidade de inovação que o IPLeiria tem vindo a afirmar ao longo dos anos. Será uma universidade moderna, inclusiva e aberta ao mundo, profundamente ligada ao território e orientada para o conhecimento aplicado, a inovação e a empregabilidade”, realçou o presidente.

Carlos Rabadão destacou o trabalho desenvolvido pela Estrutura de Missão para o Desenvolvimento do Ecossistema da Região de Leiria & Oeste, que apresentou este ano o estudo ‘Prospetiva 2035’, um exercício coletivo e participado que identifica nove chaves estratégicas para acelerar a coesão, a inovação e a sustentabilidade desta região na próxima década.

“A concretização desta estratégia passa, inevitavelmente, pela criação de uma universidade plena e de fronteira, capaz de potenciar a produção e a aplicação do conhecimento, afirmando o território como um polo de talento, inovação e desenvolvimento sustentável, com relevância nacional e projeção europeia”, defendeu o presidente, sublinhando que “a importância desta nova universidade vai além da dimensão regional”.

Segundo Carlos Rabadão, o “compromisso com o território reforça também a missão nacional: promover a coesão, a inclusão e o progresso coletivo através do conhecimento. E a futura Universidade de Leiria e Oeste representará também um ativo estratégico para o país, reforçando o sistema público de ensino superior e contribuindo para uma rede universitária mais equilibrada e coesa, capaz de gerar conhecimento, inovação e talento com impacto em todo o território nacional”.

“Ampliará o alcance do ensino superior português e projetará a sua qualidade no espaço europeu e global. Estamos convictos de que esta evolução natural traduz o caminho de excelência que temos vindo a trilhar, sustentado na qualidade da nossa investigação, na forte ligação ao tecido económico e social, e na formação de profissionais altamente qualificados. Estamos certos de que esta mudança reforçará o papel do ensino superior público no desenvolvimento do país e consolidará o contributo da nossa instituição para uma sociedade mais competitiva, inclusiva e inovadora.”

Dirigindo-se ao ministro da Educação, Ciência e Inovação, Carlos Rabadão realçou que foi “com espírito de confiança, compromisso e sentido de futuro que foi submetido à tutela o pedido de transformação institucional, convictos de que o IPLeiria reúne todas as condições e está preparado para dar este passo decisivo”.

Convidado a proferir a oração de sapiência, o ministro Fernando Alexandre começou por parabenizar o Politécnico de Leiria pelo “percurso feito ao longo destes 45 anos, em que se afirmou como uma das principais instituições de ensino superior do país, em múltiplas áreas”. “Seja na formação dos estudantes, seja na investigação e seja também naquela que é uma marca muito distintiva desta instituição: a forma como se relaciona com o território e contribui para o desenvolvimento, o que também se reflete nos números muito impressionantes que têm de parcerias com empresas e com entidades externas. Estou certo que os próximos 45 anos serão ainda mais transformadores e com um impacto ainda maior nesta região e em Portugal.”

Versando sobre o tema ‘O Ensino Superior e os Desafios do Futuro’, Fernando Alexandre abordou a evolução do ensino superior ao longo dos últimos séculos, a nível mundial, e refletiu sobre os atuais e futuros desafios deste sistema de ensino em Portugal, nomeadamente a importância de comunicar e transferir o conhecimento científico para a sociedade, a necessidade da qualificação e formação ao longo da vida, o impacto da adoção da inteligência artificial, a exigência de proporcionar uma cada vez maior e melhor integração dos estudantes no seio académico e no território, entre outros.

Também o presidente do Conselho Geral do Politécnico de Leiria, José Bulas Cruz, enalteceu a história da instituição que “soube, no passado e até hoje, articular-se com a região de uma forma extremamente harmoniosa, e crescer juntamente com ela”. “A região de Leiria e Oeste cresceu com o IPLeiria, e o IPLeiria cresceu com a região. Verificou-se sempre uma capacidade mútua de interajuda e de estímulo ao crescimento.”

Num olhar para o futuro, José Bulas Cruz considerou que “estão estabelecidas as condições para o instituto dar mais um passo importante de afirmação, de melhoria da qualidade e de internacionalização. O IPLeiria e as regiões de Leiria e do Oeste estão unidos nesta ambição de transformação em Universidade, o que será muito importante, não só para a instituição, mas também para o território e para o país”.

A cerimónia contou também com a entrega dos títulos honoríficos ‘Professor Honoris Causa’, a Acácio de Sousa, atual presidente da Assembleia Municipal de Leiria, e ao professor Jorge Arroteia, bem como a atribuição do Diploma de Instituição de Mérito, com a Distinção de Mérito Socioprofissional, à AIRO – Associação Empresarial da Região do Oeste.

No evento foram igualmente homenageados 63 colaboradores com mais de 25 anos de serviço, e entregues prémios, bolsas e distinções a atuais estudantes, diplomados, professores e investigadores da instituição, nomeadamente: ‘Prémios Politécnico de Leiria – Mérito Ensino Secundário’, ‘Prémio Ensino Magazine’, ‘Distinção da Ordem dos Engenheiros’, ‘Distinção Alumni Politécnico de Leiria’ e ‘Prémios I&D+i Politécnico de Leiria’.

Novo ano letivo marca a criação da Associação Académica do Instituto Politécnico de Leiria

Alunos do ensino secundário distinguidos pelo Politécnico de Leiria

Em representação dos estudantes, o presidente da Comissão Instaladora da Associação Académica do Instituto Politécnico de Leiria (AAIPLeiria), Joel Rodrigues, começou por referir que o início do novo ano letivo foi “marcado por desafios”, em virtude das obras que estão a ser realizadas em algumas Escolas, desejando que “as mesmas estejam concluídas até ao final do semestre”.

Para Joel Rodrigues, o ano letivo 2025/2026 fica também marcado “por algo mais importante: o nascimento da Associação Académica do Instituto Politécnico de Leiria”. “É um sonho antigo dos estudantes, agora tornado realidade. Uma estrutura que nasce da união das associações de estudantes e que será a voz única, forte e independente dos milhares de estudantes do IPLeiria. A criação da Associação Académica é mais do que um marco institucional. É um sinal de maturidade da nossa comunidade estudantil, e a prova de que os nossos estudantes estão preparados para assumir o seu papel político e social, dentro e fora do campus.”

Abordando a “legítima ambição do Politécnico Leiria em tornar-se Universidade de Leiria e Oeste”, Joel Rodrigues afirmou que “a criação da Associação Académica surge também para enfrentar este novo desafio, garantindo que neste processo de transição a voz dos estudantes é ouvida, respeitada e valorizada”.

“Queremos assegurar que a evolução institucional do Politécnico Leiria não é apenas uma mudança de nome, mas sim uma transformação sólida que responda às reais necessidades da nossa região”, sublinhou o presidente da Comissão Instaladora da AAIPLeiria, destacando ainda a vontade de “aproximar os estudantes de Leiria, Caldas da Rainha, Peniche, Torres Vedras e Pombal”.

Fonte: CA|On-It!

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