Edição: 300

Diretor: Mário Lopes

Data: 2025/11/23

Convenção Quadro das Alterações Climáticas teve lugar em Belém, na Amazónia

Os Verdes classificam COP30 de “oportunidade perdida que culminou num falhanço”

O presidente do Brasil, Lula da Silva, ladeado pelo presidente da COP, André Corrêa do Lago, a ministra do Ambiente, Marina Silva, e a primeira dama do Brasil, Janja

A realização da COP 30 na Amazónia, em Belém do Pará, no Brasil, constituía um cenário de partida motivador para a importância de agir de forma determinada para mitigar a emissão de gases com efeito de estufa (GEE) e promover um processo de adaptação às alterações climáticas.

As COP (Conferências das Partes da Convenção Quadro das Alterações Climáticas) criam sempre uma certa expectativa, tendo em conta a intensidade que os efeitos das alterações climáticas revelam por todo o mundo, com extremos climáticos bastante destrutivos. Contudo, segundo o Partido Ecologista “Os Verdes”, a COP 30 chegou ao fim e, mais uma vez, verificou-se que as expectativas saem sempre frustradas. A COP 30 foi mais um falhanço e uma oportunidade perdida.

Segundo o PEV, o fracasso revelou-se, sobretudo, em dois aspetos cruciais:

Na incapacidade de se traçar um caminho e um plano para o fim da utilização progressiva de combustíveis fósseis.

Na insuficiência de financiamento público, designadamente para promover um urgente processo de adaptação nos países em desenvolvimento que têm uma enorme vulnerabilidade em relação aos efeitos da mudança climática.

O PEC critica também a postura da União Europeia, que apesar de se dizer sempre “na vanguarda na resposta à crise climática, foi vergonhosa, nomeadamente no que concerne à retração e bloqueio das negociações em termos de financiamento às ajudas ao desenvolvimento dos países mais pobres.” Este facto levou mesmo a Climate Action Network a atribuir o prémio negativo «Fóssil do Dia» à União Europeia, a par da Arábia Saudita.

Com estas posturas, assim como com a desvinculação deste combate por parte dos EUA (o maior emissor global de GEE per capita), vai ser mesmo muito difícil cumprir o Acordo de Paris.

O PEV continuará a juntar a sua ação aos cidadãos, movimentos e organizações de todo o mundo que continuarão a exigir e a pressionar para a tomada de medidas eficazes para combater o fenómeno climático com que o mundo se confronta. Continuaremos a lutar pelo equilíbrio do Planeta e pela justiça ambiental e social.

    Fonte: GI|PEV

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