O PCP interpelou, no dia 12 de dezembro, pela voz do deputado municipal António de Lemos, na Assembleia Municipal de Alcobaça, o presidente da Câmara sobre o projeto de “habitação jovem acessível” e sobre a falta de um Projeto de Habitação para todos que dela necessitam e não têm condições económicas, dado o aumento exponencial das rendas.

Segundo o que o PCP apurou, “a promessa de Habitação para Jovens de 2021, na Quinta da Conceição em Alcobaça, terá, em 2026, dotação disponível de apenas 200 mil euros. Com toda a certeza não será para construir casas. Quanto ao concurso para o avanço do projeto será lançado apenas em 2027.”

Num concelho em que muitos dos trabalhadores ganham o salário mínimo ou pouco mais, há de certeza muitas famílias com dificuldades para pagar a renda da casa e muitas que não conseguem sequer arrendar casa. O que o PCP sabe é que em 2021 a Câmara solicitou um estudo sobre o tema, e encontrou mil famílias com problemas de habitação.

As informações que a Comissão Concelhia do PCP recebeu é que a Câmara apoiou a renda a cerca de 300 destas famílias, e assim sendo, 700 famílias alcobacenses, num concelho que se quer de felicidade, estão garantidamente infelizes, mesmo existindo no concelho um Pelouro da Felicidade.

Sobre esta matéria, o presidente afirmou que a Câmara apoiou a renda a cerca de 300 famílias, e apesar de ter referido que os problemas identificados nas restantes 700 famílias eram no interior das suas habitações, não conseguiu precisar pormenores e números.

O PCP entende que o projeto Habitação não pode ser só para jovens, nem só na cidade de Alcobaça. Exige coesão municipal e que todos os jovens e todas as freguesias têm de ter resposta urgente em matéria de habitação. Assim, pede uma resposta do Estado e da Câmara para habitação social e habitação a custos controlados, servindo todos os que dela precisam.