Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/27

Com nove abstenções

Assembleia Municipal de Alcobaça aprova relatório de contas com resultado líquido de 463 mil euros

Membros da Câmara Municipal e Mesa da Assembleia Municipal

A Assembleia Municipal de Alcobaça, na sua sessão de dia 29 de abril aprovou, por maioria, com 20 votos a favor e nove abstenções, o relatório de contas da Câmara Municipal referente ao ano de 2021. Segundo o documento apresentado, o município apresentou um resultado líquido positivo de 463 mil euros, sendo que a receita se cifrou nos 61.8 milhões de euros, a despesa total 41.9 milhões de euros, dos quais 9,1 milhões referentes a investimento. Já em relação ao endividamento registou-se uma redução de 386 mil euros. Na mesma sessão foram também aprovadas por maioria, as contas dos Serviços Municipalizados, que apresentaram um resultado líquido positivo de 633 mil euros.

As contas da Câmara Municipal foram aprovadas por maioria, com 20 votos a favor do PSD, CDS, Chega e da maioria dos presidentes de junta, tendo-se registado 9 abstenções, das bancadas do PS, CDU, Nós Cidadãos e Sérgio Rocha, presidente de Junta de Freguesia da Maiorga.

Segundo o relatório de contas apresentado, a receita total cobrada cifrou-se nos 61.8 milhões de euros. Relativamente às receitas correntes, estas ascenderam aos 35.8 milhões de euros, sendo que 16.3 milhões de euros são provenientes de transferências e 13.7 milhões de euros de impostos diretos. No que diz respeito às receitas de capital, o município arrecadou 5.2 milhões de euros, entre os quais 5.1 milhões de euros de transferências. De realçar que o município apresenta um saldo de gerência de 19,8 milhões de euros.

Pelo lado da despesa, o município de Alcobaça teve 41.9 milhões de euros de despesa total paga, sendo 27.4 milhões referentes a despesas correntes e 14.5 milhões a despesas de capital. De realçar os 11.3 milhões de euros gastos com a aquisição de fornecimentos e serviços externos, enquanto 10.9 milhões de euros destinaram-se a gastos com pessoal, sendo este valor justificado com as transferências de competências para o município.

Na ocasião, Pedro Guerra, deputado do PSD, salientou a “gestão equilibrada que o município tem conseguido”, destacando “mais uma redução da dívida” e acrescentando que “a gestão trouxe boa saúde financeira e deixa o município preparado para o futuro e com crédito financeiro”. Além disso, é uma Câmara que “paga aos fornecedores atempadamente, o que ajuda a economia”.

O deputado da CDU, António Raposo, questionou o executivo sobre os atrasos das obras municipais, que fazem com que a taxa de execução municipal seja mais baixa, tendo Inês Silva salientado que um dos “problemas maiores é os procedimentos concursais ficarem desertos”.

Inês Silva, vice-presidente da Câmara Municipal, também “elogiou a boa gestão financeira, mas chamou a atenção para outras obras que são invisíveis”, salientando por exemplo todos os arranjos nas diferentes escolas do concelho, alertando que “herdámos presentes envenenados”, ou seja escolas com “problemas muito graves”, como a Escola D. Pedro I, EB 2,3 Frei Estevão Martins ou a Escola Básica 2,3 de Pataias, entre outras. A autarca destacou também as grandes obras como o Pavilhão Multiusos, a requalificação da Avenida Vieira Natividade ou a ALE da Benedita.

      Mónica Alexandre

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