Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/26

“Histórias da Ajudaris” contou com cinco textos de turmas cadavalenses

Livro apresentado na Biblioteca do Cadaval reverte a favor da rede de famílias apoiadas pela Ajudaris

A Biblioteca Municipal recebeu, no dia 20 de janeiro, o lançamento do livro “Histórias da Ajudaris 22”, no âmbito do 8.º Aniversário da Biblioteca Escolar (BE) de Pré e 1.º ciclo do Agrupamento de Escolas do Cadaval (AEC). Esta iniciativa anual, de âmbito nacional, contou nesta edição com a publicação de cinco textos redigidos por turmas cadavalenses.

Esta obra coletiva visa estimular o gosto pela escrita, leitura e arte, mas contém também uma vertente solidária, tendo em conta que o valor das vendas do livro reverte a favor da rede de famílias apoiadas pela Ajudaris, que já engloba mais de 40 mil pessoas.

A sessão de lançamento desta obra contou com a apresentação de Lucas Trindade e foi integralmente conduzida e transmitida em direto no Facebook pelos restantes membros da Rádio Escola Azul, composta por alunos do AEC numa parceria com a Rádio Miúdos.

A apresentação arrancou com a leitura dos textos elaborados pelas turmas cadavalenses, a saber: “A Água”, pela turma 19 (alunos do 1.º e 2.º ano) da Escola Básica 1 (EB1) Painho, da Prof. Ana Paula Melo; “Miguel e a Gota de Água”, pela turma de 4.º ano da EB1 Dagorda, da Prof. Ana Cristina Calado; “José, o desperdiçador”, pela turma 10 (4.º ano) da EB1 Cadaval, da Prof. Selma Oliveira; “Água”, pela turma 23 (1.º e 2.º ano) da EB1 Vilar, da Prof. Maria Isabel Melo; “Querida Amélia”, pelo 5.º A da Escola Básica e Secundária do Cadaval, da Prof. Mónica Mamede.

Seguiu-se o momento de discursos, iniciado por Lígia Gontardo, ilustradora solidária da Ajudaris desde 2012 e professora de Educação Visual no Cadaval. A docente começou por abordar o nascimento da Ajudaris e como se começou a envolver neste projeto. «A Ajudaris é uma associação sem fins lucrativos que nasceu no Porto com o apoio de voluntários que já desenvolviam algum trabalho no terreno, juntamente com a escola onde lecionava na altura (Pêro Vaz de Caminha)», afirmou. «A Ajudaris vive de doações, mas principalmente deste tipo de iniciativas, como este livro», embora também desenvolva ações de formação, seminários, workshops, entre outras iniciativas.

Alunos envolvidos na leitura dos textos

A sua participação nestes livros vem desde 2012 e deve-se ao facto de Lígia Gontardo ver «que aquele dinheiro ia para alguma coisa. Via pessoas irem à escola buscar alimentos e doações que são feitas a crianças com deficiência, como cadeiras de rodas e óculos, por exemplo. É uma boa causa e por isso é que tenho aderido todos os anos, mas também por ser um desafio para mim, tendo em conta que gosto desta área e sou professora de Educação Visual». Nesta edição a professora teve a oportunidade de ilustrar uma história escrita por alunos da escola onde leciona, no Cadaval.

A Coordenadora Intermunicipal das Bibliotecas Escolares, Paula Ribeiro, também marcou presença no evento e optou por destacar todas as sinergias criadas para o desenvolvimento deste produto final. Esta obra «implica uma série de trabalho em articulação, dos professores que conseguem motivar os meninos, dos meninos que respondem aos desafios e que trabalham de uma forma integrada o currículo e competências que são transversais, nomeadamente, a leitura e a escrita. Em torno de temas que contribuem para que eles sejam melhores cidadãos e nos ajudem a ser também melhores cidadãos», referiu a coordenadora.

Já Paulo Henriques, diretor do AEC, expressou categoricamente o «privilégio imenso» que é ser diretor de um agrupamento constituído por estes alunos e docentes, não deixando de agradecer e destacar o entusiasmo e alegria que sentiu de ambas as partes nesta atividade.

O diretor também pretendeu deixar vários agradecimentos, nomeadamente, à Prof. Celina, «que há oito anos é coordenadora da BE1. Acreditámos desde o início que iria fazer um trabalho fantástico. São oito anos à frente de uma dinâmica trabalhada todos os dias». Os agradecimentos de Paulo Henriques estenderam-se também ao Município do Cadaval, «que tem sido fantástico a todos os níveis connosco. Nem sempre é fácil gerir as dinâmicas do AEC e estar em sintonia, mas temos a felicidade de poder partilhar e dizer que as dificuldades são ultrapassadas em conjunto e portanto, muito obrigado por ajudarem o AEC a alcançar aquilo que são os seus propósitos».

Atuação do Coro Juvenil da Associação Filarmónica e Cultural do Cadaval

Ao abordar a questão da mensagem de futuro que este livro tenta transmitir, Paulo Henriques referiu que o «AEC tem como um dos pilares do trabalho fazer com as crianças e jovens a construção de mentes de cidadãos conscientes para com aquilo que é o futuro. Porque o futuro se faz no presente», concluiu.

O momento de discursos foi encerrado por Dinis Duarte, Vereador da Câmara Municipal do Cadaval, que vincou o privilégio do Município em acolher este tipo de eventos, que «tocam em dois pilares muito importantes da nossa sociedade», o da solidariedade e o da preservação do meio ambiente.

A vertente solidária foca-se no «trabalho da Ajudaris, que é digno de realce e que tem um fim muito nobre». A vertente ambiental é enfatizada pelo próprio tema desta edição: A Água. «Trata-se de um tema atual, pertinente e muito importante. Hoje foram aqui ditas por vocês (alunos) muitas mensagens importantes sobre aquilo que se deve, ou não, fazer com a água. É um desafio que aqui vos deixo e que passa também por nós e pelas vossas famílias, o cuidado que devemos ter no tratamento que damos à água», salientou o Vereador do Ambiente.

Dinis Duarte não deixou de destacar o enorme orgulho que sentiu ao ver «cinco textos do AEC publicados neste livro» e o seu agradecimento à Prof. Celina por «todo o trabalho desenvolvido» ao longo destes oito anos na BE.

«O trabalho que desenvolvemos no Município não é mais que procurar satisfazer ao máximo as necessidades dos nossos munícipes, mas não somos mais do que facilitadores», referiu o Vereador, que ainda relembrou a total disponibilidade da Biblioteca Municipal para receber as iniciativas do AEC.

A sessão de lançamento encerrou com a atuação do Coro Juvenil da Associação Filarmónica e Cultural do Cadaval e com a divulgação do tema lançado pela Ajudaris para a edição do próximo ano: A Paz.

Quem é a associação AJUDARIS?

A AJUDARIS é uma associação particular de carácter social e humanitária de âmbito nacional, sem fins lucrativos, que luta diariamente contra a fome, pobreza e a exclusão social.

Foi fundada em Julho de 2008 e considerada de Utilidade Pública desde Outubro do mesmo ano. A AJUDARIS figura assim como uma IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social.

Foi fundada por um grupo de voluntários que, pontualmente, faziam Intervenção Social, no terreno, junto de populações mais carenciadas do Grande Porto. Perante os constantes apelos da comunidade apoiada, surgiu a necessidade de criar respostas mais regulares, organizadas e eficientes que visam o desenvolvimento de um trabalho multidisciplinar.

     Fonte: EGC|SCRP|CMC

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