Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/26

Ministério da Saúde respondeu a uma Pergunta do PSD

Governo defende que taxa de ocupação de 73% do Hospital de Leiria não justifica ampliação

Hospital de Santo André

O PSD enviou uma pergunta ao Governo no dia 31 de janeiro de 2023, sobre a Ampliação do Hospital de Leiria. Em resposta, o Ministro da Saúde informou, depois de ouvido o Centro Hospitalar de Leiria, EPE (CHL), que a taxa de ocupação do CHL foi, em 2022, de 72,9%. Neste contexto, não faz parte da estratégia deste Centro Hospitalar a abertura de mais camas hospitalares, mas sim o incentivo à ambulatorização de cuidados e a uma maior polivalência na ocupação das camas.

Não obstante, está previsto no Plano de Atividades e Orçamento de 2023 (PAO23) a abertura em 2023 das seguintes camas: e 15camas no Hospital Distrital de Pombal (HDP), na nova Unidade de Convalescença, integrada na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, e 12 camas de cuidados intermédios cirúrgicos, nível Il, para apoio ao Serviço de  Cirurgia Geral e  5 camas na Unidade de Hospitalização Domiciliária, que ficará com uma lotação de 15 camas.

No plano de investimentos para 2023, que totaliza um montante de 17.025.383 euros, são incluídos cerca de 9.750.000 euros para a área de obras e edifícios, dos quais cerca de 8.400.000 euros com recurso a apoio de fundos europeus, (do Portugal 2020, e, possivelmente, do Portugal 2030) e do Plano de Recuperação e Resiliência.

Neste plano destacam-se os seguintes investimentos: a reabilitação estrutural do Serviço de Medicina Física e Reabilitação, as empreitadas de expansão do Serviço de Urgência Geral e da Consulta Externa do Hospital de Santo André (HSA), a reabilitação e expansão da Consulta Externa do HDP, a remodelação de um espaço inativo para à instalação do Serviço de Nefrologia e da Unidade de Ambulatório de Gastrenterologia, a expansão do Serviço de Sangue e do Serviço de Patologia Clinica, a expansão do Hospital de Dia Polivalente e ampliação do espaço dedicado à Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos no HSA, a instalação de sistemas automáticos de deteção de incêndios no HSA, e ainda obras estruturais para dotar os edifícios das três unidades hospitalares com melhores condições de eficiência energética e hídrica.

O CHL conta nos seus quadros com 274 médicos (268 a 31 de dezembro de 2021), 852 enfermeiros (850 em 31 de dezembro de 2021), 27 técnicos superiores (26 no período anterior referido), 145 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (versus 140), 9 informáticos, 169 Assistentes Técnicos e 560 Assistentes Operacionais (mais 6 que no período anterior referido). Não estão incluídos nestes números os médicos internos, nem médicos com contrato de prestação de serviço ou em estágio.

O CHL celebra contrato de trabalho ou de prestação de serviços com todos os médicos disponíveis para suprir as necessidades identificadas. Entre junho e dezembro 2022, foi possível celebrar contrato individual de trabalho (CIT) com seis novos médicos e contrato de prestação de serviços (CPS) com sete novos médicos. Apesar disso, por reconhecer que as suas equipas nem sempre conseguem estar dimensionadas para dar resposta ao elevado número de utentes que recorrem ao seu Serviço de Urgência, o CHL teve ao serviço, adicionalmente, mais oito médicos a tempo completo, com vínculo de contrato de prestação de serviços, a prestar serviço só no Serviço de Urgência.

Em relação aos doentes internados que podem ter alta hospitalar, o CHL tem, em média, cerca de 10 doentes com alta clínica a aguardar apoio social e/ou vaga na Rede Nacional de Cuidados Continuados, trabalhando diariamente com o intuito de diminuir, e até mesmo, evitar a permanência de doentes internados após alta clinica, recorrendo a várias metodologias para combater os protelamentos de alta por motivos sociais, que se enunciam:

– “Resposta aos pedidos de avaliação social, nas primeiras 24h/48h;

– Sinalização dos doentes para RNCCI, nas primeiras 24h, após formalização do pedido ao Serviço Social;

– Relatório diário de doentes, com alta clínica, referenciados à Rede Nacional de Cuidados Continuados;

– “Reuniões semanais com a Segurança Social para discussão das situações sinalizadas;

– Articulação direta com o Ministério Público, quando apropriado;

– Participação do Serviço Social, enquanto elemento ativo, na Equipa de Gestão de Camas;

– Articulação de proximidade com os parceiros da comunidade (reuniões frequentes, partilha de experiências, contacto direto/desburocratização);

-Articulação direta com a RNCCI no sentido de referenciar os doentes para qualquer prestador, sempre que as unidades de preferência manifestam incapacidade de resposta imediata;

– Papel ativo na formação de cuidadores de modo a capacitá-los nos cuidados ao doente no domicílio, com a realização de ações de formação.

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