Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/27

No Oeste existem cerca de 6.678 AL que correspondem a 62% da oferta de camas

Empresários do Alojamento Local no Oeste alertam para risco de falências no setor

Posto de Turismo de Óbidos

Empresários do Oeste, organizados em torno da preocupação sobre os impactos na Economia Local das medidas anunciadas pelo Governo para o Alojamento Local (AL), estão a mobilizar-se para a concentração que vai ocorrer no dia 30 de março em Lisboa. Estes empresários temem o encerramento imediato de grande parte dos estabelecimentos de AL, bem como a falência de inúmeras atividades relacionadas, tais como lavandarias, limpezas, Transportes (Rent-a-Car, TVDE, Táxis, Transferes), animação turística, restaurantes, bares e pequeno comércio local.

São, na sua maioria, particulares ou microempreendedores preocupados com medidas que podem ditar o arrastamento de muitas famílias para o desemprego, cuja única fonte de rendimento será comprometida e depende dum sector tão importante como o Turismo para a região Oeste.

Os empresários alertam para a dupla-tributação, designada por Contribuição Especial sobre os estabelecimentos de AL (CEAL), que pode “ter um impacto ruinoso, estimando-se cerca de 3.000€ para um apartamento de 50m2 e cerca 18.000€ para um Hostel com 300M2. Esta penalização dita desde logo o fecho da maioria dos AL face ao valor exigido poder ser superior ao próprio lucro. Dar poder aos condomínios para encerrar os AL existentes sem qualquer motivo concreto e sem qualquer mediação camarária é outra medida com um potencial arrasador.”

O AL em Portugal representa cerca de 42% do total de dormidas e com impactos positivos diretos na Economia Nacional. No Oeste existem cerca de 6.678 AL que correspondem a 62% da oferta de camas e que estima-se gerarem 68M€ em receitas provenientes das dormidas. Este valor corresponde a apenas 25% de um total de receitas estimado de 272M€ em contributos diretos para a economia local através do turismo da região.

Têm decorrido ao longo das últimas semanas diversos contactos com entidades do poder local, nomeadamente presidentes de CM, instituições de formação e ensino superior nas áreas do Turismo, bem como com empresários das diversas atividades com relação direta ou indireta a este sector do turismo, em que se partilhou as preocupações sobre os efeitos nas famílias e a destruição do seu emprego, bem como nas empresas locais, fruto da perda significativa prevista das suas receitas.

Estes empresários criaram ainda um grupo WhatsApp designado por “AL Oeste”, onde promovem regularmente reuniões online e ações de sensibilização para as consequências desastrosas das medidas propostas pelo Governo contra o Alojamento Local. Para se juntarem nesta luta, fazem um apelo a que outros empresários se juntem ao grupo através do QR Code que aqui se partilha.

Fontes: INE, Travel BI – Turismo de Portugal, AIRDNA e SIG TOUR

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