O Município da Nazaré esteve na 32ª edição da Feira de Turismo de Espanha e Portugal, a decorrer na capital de Badajoz, até 5 de novembro, como convidado das Jornadas “Água e Turismo”.

O Município da Nazaré foi um dos convidados da Turiberia, evento dedicado ao turismo de Portugal e Espanha, que reúne, até ao próximo dia 5, mais de cem expositores, 50% dos quais portugueses, com a mostra de produtos, entre os quais, agrícolas, têxteis e artesanato.

Walter Chicharro, em representação do Município, foi um dos convidados das Jornadas “Água e Turismo”, uma das iniciativas deste evento dedicado ao turismo, para participar no painel “Do interior ao litoral: o que nos une e o que nos separa”, que contou, ainda, com António Correia, Coordenador da Rede de Estações Náuticas de Portugal e João Martins, diretor do Gabinete de Desenvolvimento e Responsabilidade Social da EDIA – Desenvolvimento Territorial Sustentável.

A influência do canhão submarino sobre a qualidade do pescado e a formação de ondas gigantes, cada vez mais uma referência obrigatória do surf mundial, foram alguns dos tópicos da apresentação do Presidente da Câmara da Nazaré, que referiu, ainda, a importância da organização de eventos desportivos, para a promoção da marca, dentro e fora de portas.

“De uma vila, quase exclusivamente piscatória, a Nazaré passou a crescer no turismo, nos negócios e nos investimentos em diversas áreas de atividade, nomeadamente por parte de multinacionais e empresas nacionais de diversos sectores.”

O impacto das ondas gigantes na economia da Nazaré “tem sido evidente”, tendo começado a notar-se mais entre 2014 e 2015, o que, segundo o autarca, foi visível “com propostas de instalação de projetos de hotelaria e de novos negócios”. Ao longo dos últimos 8 anos, o crescimento fez-se sentir, também, nos licenciamentos urbanísticos, para projetos hoteleiros e residências de particulares, nomeadamente para estrangeiros.

“A Nazaré gera mais notícias internacionais do que Lisboa. O maior volume de artigos sobre a Nazaré foi detetado nos EUA. Mais de 50 canais de televisão visaram a Nazaré. A liderança é esmagadora: dos 180 artigos que referiram destinos da região durante o mês de novembro (uma subida considerável, em comparação com os 106 do mês passado), 159 tinham a Nazaré como protagonista.”

A afluência de visitantes ao Forte de São Miguel Arcanjo, que oferece uma vista privilegiada sobre o mar e a zona onde o canhão submarino gera as ondas gigantes, é, também, uma evidência da atenção que a vila tem despertado sobre o turismo. Em setembro passado, o equipamento, gerido pela Câmara Municipal, atingiu os 2 milhões de visitantes.

O futuro “passará pela continuação de realização de eventos desportivos de mar e de praia, nomeadamente os torneios europeus, campeonatos de surf e ondas grandes, futebol e andebol de praia, cujo retorno tem sido, até ao presente, considerável, mas também pelos eventos culturais e artísticos, sem esquecer a captação de indústria para a Área de Acolhimento Empresarial de Valado dos Frades”, disse o autarca.

A qualificação do espaço público, tornando-se mais atrativo a vários níveis, tem sido outra das apostas da autarquia, que pretende manter este investimento que contribuem para projetar o concelho como um destino de qualidade, seguro e especifico, e na primeira vila portuguesa “carbono zero”, através de um dos primeiros projetos de raiz, no país, de mobilidade sustentável.

A água, um recurso natural importante, é um fator determinante para a atividade do turismo, e um dos seus maiores atrativos, sendo, também por isso, um forte aliado do setor.

As jornadas “Binómio Turismo e Água: a água como recurso turístico” debateram o desenvolvimento de produtos turísticos de forma sustentável com base nos recursos hídricos de cada local; qualidade da água para um turismo ativo, na hotelaria e restauração; geração de atividades; comercialização e exploração participativa (Público e Privados) e contributos para a economia.

A Turiberia 2023 deu especial relevância ao turismo de proximidade, “que permite disfrutar da riqueza natural, patrimonial e cultural dos lugares”, refere a organização.

    Fonte: SM|GCI|CMN