Edição: 282

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/5/1

Unidade realizou mais de duas centenas de cirurgias ao cancro de mama em 2023

ULS da Lezíria tem aumento significativo do número de casos de cancro de mama em mulheres com menos de 40 anos

Drª Madalena Nogueira

Em 2023, a Unidade de Patologia Mamária da Unidade Local de Saúde da Lezíria realizou 215 cirurgias para tratamento do cancro da mama. Durante o mesmo período, mais de 500 primeiras consultas foram realizadas na Unidade, resultando no diagnóstico de mais de 200 novos casos de cancro de mama. O aumento significativo do número de casos de cancro de mama em mulheres com menos de 40 anos é notável, especialmente se se tiver em consideração que muitas delas apresentam alterações genéticas.

Criada em 1998, a Unidade assume como missão a prevenção, o diagnóstico e tratamento da patologia mamária, com enfoque na patologia maligna, orientando-se por elevados padrões de rigor e qualidade, de modo a propiciar às utentes o apoio e a atenção necessários na sua jornada terapêutica. A unidade é composta por uma equipa multidisciplinar que integra ginecologistas, um cirurgião geral, imagiologistas, anátomo-patologistas, oncologistas médicos, radioterapeutas, dois cirurgiões plásticos com dedicação à Senologia, enfermeiras senólogas, uma secretária clínica, entre outros profissionais de outras áreas complementares.

De acordo com Madalena Nogueira, coordenadora da Unidade de Patologia Mamária, em 2023, 60% das cirurgias realizadas ao cancro da mama foram conservadoras, constituindo-se como objetivo em 2024 atingir os 70%.

Equipa de senólogos da USL da Lezíria

A Unidade tem sido pioneira em diversas áreas destacando-se na implementação do modelo “One Day Surgery” no tratamento cirúrgico do cancro da mama. Neste modelo as doentes são submetidas a cirurgia, conservadora ou radical, e têm alta no mesmo dia da intervenção ou antes de completarem 24 horas pós cirúrgicas.

Para além disto, o serviço de radiologia também tem demonstrado estar na vanguarda na deteção precoce e na avaliação de lesões mamárias suspeitas, com a introdução da mamografia espectral com contraste, em 2016, sendo o primeiro hospital a nível nacional a ter este tipo de exame inovador. Prevê-se, ainda, para breve a implementação de dispositivos com tecnologia radar que irá permitir a localização de tumores não palpáveis e a marcação dos gânglios axilares.

O serviço de anatomia patológica, impulsionado pelo seu espírito visionário, disponibiliza às utentes da Unidade a análise molecular do gânglio sentinela (OSNA) e a análise do genoma do tecido tumoral, realizada nos Estados Unidos. Esta última análise é crucial para determinar o risco de recorrência do cancro e prever a possível resposta à terapia hormonal e à quimioterapia, possibilitando uma abordagem personalizada do tratamento para cada paciente.

A Unidade de Patologia Mamária oferece uma variedade de opções terapêuticas, incluindo radioterapia e quimioterapia. O facto de ter estas ferramentas terapêuticas disponíveis no hospital não só proporciona comodidade às utentes, como também garante o acesso a cuidados de saúde de excelência.

Para Madalena Nogueira, a criação da ULS da Lezíria, que agrega cuidados de saúde hospitalares e cuidados de saúde primários, irá promover uma articulação mais estreita entre os médicos de família e a Unidade, facilitando o encaminhamento dos casos suspeitos.

Em 2022, a Breast Centres Network certificou, novamente, a Unidade de Patologia Mamária reafirmando a excelência no tratamento do cancro da mama neste centro. A Breast Centres Network agrega uma rede internacional de centros clínicos dedicados exclusivamente ao diagnóstico e ao tratamento do cancro da mama, incluindo as Unidades de Mama que preencham os requisitos para serem considerados centros de referência.

     Fonte: GCI|ULS da Lezíria

Comentários:

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Ainda não há comentários nenhuns.