Edição: 281

Diretor: Mário Lopes

Data: 2024/4/20

Deputado do PSD considera que Governo está a falhar na proteção dos doentes

Hugo Oliveira questiona ministra da Saúde sobre tempos de espera de consultas em Leiria e Oeste

Hugo Oliveira

O deputado do PSD Hugo Oliveira questionou, no dia 10 de fevereiro, a ministra da Saúde, Marta Temido, na audição regimental realizada na Assembleia da República sobre o desempenho do Governo na gestão da pandemia e sobre os tempos de espera excessivos para consultas

“Vivemos momentos difíceis, no último ano foi possível perceber que inicialmente ninguém estava preparado para isto, mas tenho que lhe dizer Senhora Ministra que para a segunda e terceira vaga já são poucas as desculpas que pode aqui colocar em cima da mesa, pois a falta de planeamento e de pulso nesse seu ministério está bem à vista de todos”, referiu na sua intervenção.

Por isso, “não deve ser fácil para si Senhora Ministra carregar na sua consciência a realidade de ser a ministra que fica nos anais da história como alguém a quem faltou arte e engenho para impedir esta taxa de mortalidade”, acrescentou.

Hugo Oliveira fez questão de salientar que não falava só de COVID, mas também nos efeitos colaterais resultantes da suspensão da atividade programada, nomeadamente, do distrito de Leiria onde “o Centro Hospitalar de Leiria e o Centro Hospitalar do Oeste são bons exemplos de centenas de utentes que desesperam por prosseguir os seus tratamentos, por conseguir as suas consultas por ter uma réstia de esperança de que para além da pandemia também há vida e quem lute por a manter.”

Segundo o deputado do PSD, as listas de espera no Centro Hospitalar de Leiria atingem números pornográficos, com o tempo máximo de resposta garantido a chegar aos 278 dias em cirurgia geral, mas em algumas especialidades como a neurologia, a atingir os 769 dias.

“Estou cansado de ler tanta propaganda do “Não Paramos – Estamos On”, quando na realidade se falamos dos utentes não COVID estamos pelo contrário parados e estamos Off”, acusou Hugo Oliveira, que perguntou a Marta Temido: “que plano tem para estes utentes abandonados  à sua sorte na esperança que o seu destino seja bem diferente de tantos outros?”

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